Lá em Casa

A hora do sono: a batalha continua

8 de janeiro de 2010

Desde os quatro meses de idade, a Manuela dorme a noite inteira. No início, era das 20h30 às 6h30 e agora ela pega no sono no mesmo horário e acorda sempre após as 8h da manhã (hoje, por exemplo, acordou depois das 10h). Reconheço que sou privilegiada por isso, pois muitas mães sofrem com crianças de um ano ou mais que ainda não dormem a noite toda, por diversos motivos que fogem ao controle delas.

Entretanto, nem tudo são doces sonhos lá em casa. A nossa luta tem sido para fazê-la dormir sozinha no berço. Afinal, uma coisa é carregar um bebê de oito meses para o quarto, outra é levar uma criança de quatro anos.

Eu sei que ela só tem um ano, mas se ela não aprender agora, quando será? Eu sou da opinião de que quanto mais permitimos um hábito, mais dificuldade teremos para mudá-lo posteriormente. É por isso, inclusive, que eu deixo que ela use chupeta apenas para dormir, mesmo sabendo que ela pode usá-la até os dois anos sem problemas.

Na questão da hora de dormir, a culpa é minha e eu reconheço. Por um pouco de preguiça e também de comodismo, sempre preferi fazê-la pegar no sono comigo na sala, enquanto eu assistia televisão. E quando eu resolvi que estava na hora de levá-la para dormir berço, foi uma batalha digna de filmes épicos…

A minha intenção era colocá-la no berço, ler uma história, cantar algumas músicas e, então, deixá-la para pegar no sono sozinha. Os especialistas afirmam que é necessário que você saia do quarto enquanto a criança ainda está acordada, pois, assim, ela não irá se assustar se despertar no meio da noite e você não estiver lá.

Como diria meu pai piadista: “bom foria se assim o sesse”. Bastava colocar a Manuela no berço e ela começava a chorar, gritar e esticar os bracinhos entre as grades para ver se conseguia me alcançar, sentada ali na poltrona, a apenas meio metro dela. As estórias foram deixadas de lado, pois quem consegue contar Monteiro Lobato a plenos pulmões? Para tentar vencer a choradeira, cantei as músicas nos tons e volumes mais altos conhecidos pela humanidade… Algumas vezes, funcionou. Noutras, ela venceu. “Venha dormir no colinho da mamãe!”

Felizmente, nessa última semana, descobri algo fantástico. Passei há algum tempo, a dar a mamadeira da noite para ela no berço. Quando acabava o “mamá”, eu dava a chupeta e ficava cantando até ela dormir, o que podia variar entre cinco e 20 minutos. Mas era muito importante que, para sair do quarto, eu tivesse certeza que ela já estava dormindo senão… o berreiro.

Em algum desses primeiros dias do ano, chegamos em casa tarde e muito cansados. Após acomodar a Manuela no berço com a mamadeira, fui tomar banho e pedi ao meu marido que desse a chupeta quando ela acabasse e a fizesse dormir (ou pelo menos tentasse…). Para minha surpresa (grata surpresa!), ele entrou no quarto, deu a chupeta e saiu. Logo pensei: “Ela deve estar muito cansada e dormiu mamando”. Não, não… Após dar a chupeta e um “boa noite, querida”, ele saiu do quarto e deixou-a acordada. Ela dormiu sozinha e feliz.

Isso já se repetiu por uma semana e acho que estamos vencendo a batalha! Mas é claro que ainda não tentei fazer isso, deixei para o papai. Vamos esperar ele desbravar bem essa terra desconhecida e, mais tarde, quem sabe, eu me aventuro a tentar.

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Quem sou

Sou Melina Pockrandt Robaina, filha de Deus, jornalista e mãe da Manuela (6 anos) e da Ana Júlia (1 ano)

Eu sou Melina, mas pode me chamar de Mel. Amo escrever, amo meu marido, amo minhas três filhas e, acima de tudo, amo Jesus. Moramos na Pensilvânia, nos EUA, e, sempre que consigo, gosto de falar sobre minhas experiências, aprendizados e desafios seja na maternidade, na vida cristã ou como imigrante.

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