Lá em Casa blog maternidade

A menina, o dentista e a intervenção materna

26 de agosto de 2015

Hoje mais cedo publiquei este post nas redes sociais e tive o apoio na minha preocupação de dezenas de mães (vocês podem ver os comentários ali).

 

Contextualizando, o que aconteceu foi que hoje a Manuela tinha consulta para colocar o aparelho e eu fiquei na sala de espera e ouvi que ela estava chorando.

A assistente da dentista, quando chamou a Manuela, disse que eu poderia aguardar e que ela logo me chamaria. Eu sei – porque já vou há algumas semanas nessa dentista – que se eu falasse que queria entrar, ela me deixaria. Nas outras consultas, sempre acompanhei. Por isso, nunca achei que trocar de profissional fosse uma opção. Se eu tivesse pensando nisso seria na primeira consulta (essa já é a 3ª ou 4ª – a colocação efetiva do aparelho).

Mas eu não pedi para entrar, por três motivos:

Tive que levar a Ana Júlia. Hoje não tive ninguém para deixar a bebê e seria inviável ficar lá dentro com ela. Além disso, cuidar da AJ me impediria de dar atenção total à Manuela lá dentro.

Mas mesmo que eu não estivesse com a Ana Júlia, pensaria duas vezes antes de pedir para entrar, pois sei que eu não ia poder fazer nada para “impedir o sofrimento” da Manuela. Eu conheço a pequena de outros exames e consultórios. Ela fica super nervosa e quer sair da cadeira para vir para o meu colo. Eu sei que a minha ausência permitiu que a dentista tivesse mais controle da situação. Eu sei que cada mãe e cada filho funcionam de forma diferente e eu respeito de verdade todo mundo. Mas, na minha casa, eu sei que a minha intervenção prejudica mais do que ajuda.

Eu assisti a todo o procedimento de longe, vendo o que estava acontecendo e, claro, com o coração na mão por causa do choro da Manuela. Mas sei – por experiências anteriores – que a minha presença não iria evitar este choro. Pelo contrário, poderia intensificá-lo.

A única coisa que realmente me arrependo era não ter sabido antes o que aconteceria na consulta, pois eu sempre explico para a Manuela o que vai acontecer para que ela esteja preparada e fique mais calma. Nunca menti para ela, falando que vacina não ia doer ou que só seria uma escovação no dentista. Isso faz com que ela fique mais tranquila durante as consultas médicas, com a minha presença ou sem ela.

Enfim, desculpe o alarde nas redes sociais. Em um primeiro momento realmente me desesperei, mas os quinze minutos que fiquei esperando realmente me fizeram refletir se a minha presença ali realmente ajudaria. Em outros casos, poderia ajudar. Com outras crianças, poderia ser essencial. Hoje, ali, com a Manuela, senti que atrapalharia mais do que ajudaria. No fim, ela mesma disse isso para mim,

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber novidades e dicas no seu e-mail

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

8 + 10 =

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber novidades e dicas no seu e-mail

Quem Sou

Sou Melina Pockrandt Robaina, filha de Deus, jornalista e mãe da Manuela (6 anos) e da Ana Júlia (1 ano)

Eu sou Melina, mas pode me chamar de Mel. Amo escrever, amo meu marido, amo minhas três filhas e, acima de tudo, amo Jesus. Moramos na Pensilvânia, nos EUA, e, sempre que consigo, gosto de falar sobre minhas experiências, aprendizados e desafios seja na maternidade, na vida cristã ou como imigrante.

Saiba mais

Maternidade Simples 2015 - 2024 - Todos os direitos reservados