Para Mães e Pais

Por que eu sou a pior mãe do mundo (ou pelo menos por que pensam assim)

19 de setembro de 2014

Fiz cesárea, dei fórmula para minha filha, ela dormiu no berço (e chorou para isso!), eu decidi voltar a trabalhar quando ea tinha oito meses. Sim, eu não consegui ficar em casa cuidando do bebê e senti muita falta de voltar ao trabalho. E não me arrependo. Agora, minha segunda filha vem para o escritório comigo desde que tinha 2 meses e meio. Hoje aos 4 meses, é saudável e sorridente.

A mais velha que (“tadinha”, diriam alguns) foi para o berçário em período integral aos 10 meses de idade e ficou na escola o dia inteiro até o ano passado, é um grude. Diz que me ama várias vezes ao dia e fala que quando crescer quer trabalhar na minha empresa ou na empresa do papai. Eu amo!

As duas cesáreas tiveram “desculpa”, mas no fundo, no fundo, fiquei aliviada porque não sei se daria conta de ter parto normal. Quase não tive leite, precisei dar fórmula. Para a mais velha insisti até os três meses; com a mais nova, não insisti para não repetir o mesmo sofrimento da primeira.

As duas dormem no berço desde que saíram da maternidade. Choraram sim algumas noites e eu deixei. Mas continuam sendo felizes, saudáveis e amadas. E dormindo bem, assim como eu também.

PIOR MAE

Eu não acho que você deve fazer cesárea!
Eu não acho que você deve fazer parto normal!

Eu não acho que você deve colocar seu bebê para dormir no berço, nem deixá-lo chorando!
Eu não acho que você deve fazer seu bebê dormir no colo e correr para acudi-lo assim que ele chorar!

Eu não acho que você deve trabalhar fora!
Eu não acho que você deve ficar em casa cuidando dos filhos!

Eu não acho que você deve fazer tudo para amamentar!
Eu não acho que você deve dar fórmula quando tiver dificuldade para amamentar!

A única coisa que eu acho é que as pessoas devem parar imediatamente de pensar o que os outros deveriam fazer. A maternidade não é fácil, não tem fórmula, não é matemática em que sempre 2+2 é igual a 4.

A verdade é que em cada casa a soma pode dar um resultado diferente e, por isso, nunca as experiências serão todas iguais. Eu disse NUNCA! Nem mesmo com filhos de uma mesma família.

Então, fique feliz, muito feliz mesmo com as escolhas que você fez! E fique feliz, muito feliz mesmo, com as escolhas que outras pessoas fizeram para elas. Como eu sempre digo, menos julgamento e mais amor. Menos palpites e mais fraldas!

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Comentários

  1. Leticia disse:

    Ahhh… Que bom ler isso!!! Eu sou a mais “culpada” das mães culpadas! Tudo ocorreu como não planejei! Minha filha já está com 1 ano e 2 meses e a culpa piora! Fiz cesárea por escolha [medo], não tive leite e, com 10 dias ela foi para a fórmula! Me sentia a pior de todas, só pensava que não teríamos ligação forte. Nunca fui dona de casa, trabalho com o marido, minha dieta foi péssima, trabalhei em casa e não curti nada. Já estava surtando ficar dentro de casa, como não amamentei, voltei pro trabalho asim que a dieta, enfim, terminou. Me culpo, me culpo todos os dias, sei que está muito bem cuidada na minha casa e pela minha mãe! Mas ainda me culpo, quando ela não quer meu colo e sim o do pai ou da avó. Dói muito! Aí já volta tudo de novo na minha cabeça: eu não amamentei, ela não sabe que eu sou a mãe dela, ela não vai ter ligação forte comigo, ela vai achar que a avó é a mãe dela! E sofro, muito!

    1. Maternidade Simples disse:

      Letícia, não sofra. Tudo isso passa! E vou te dizer porque a minha mais velha tem 6 anos. Passei uma situação muito parecida com a sua e ela é uma criança mega saudável, feliz, inteligente, um grude comigo!! Você vai ver. São fases e você continua sendo a melhor mãe que sua filha pode ter :)

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Quem Sou

Sou Melina Pockrandt Robaina, filha de Deus, jornalista e mãe da Manuela (6 anos) e da Ana Júlia (1 ano)

Eu sou Melina, mas pode me chamar de Mel. Amo escrever, amo meu marido, amo minhas três filhas e, acima de tudo, amo Jesus. Moramos na Pensilvânia, nos EUA, e, sempre que consigo, gosto de falar sobre minhas experiências, aprendizados e desafios seja na maternidade, na vida cristã ou como imigrante.

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