Para Mães e Pais

A hora certa de ter o segundo filho

1 de junho de 2020

Você já se questionou se é a hora certa de ter o segundo filho?

Nunca me imaginei mãe de um filho só. Sempre pensei em dois irmãos que me dariam trabalho, mas seriam amigos para todo sempre.

hora certa de ter o segundo filho

A Manuela nasceu e muito rapidamente a ideia de ter outro filho desapareceu. O cansaço, o estresse, o trabalho de ter um bebê em casa simplesmente dissipou toda e qualquer vontade de ficar grávida novamente. E assim foi por quase dois anos!

Além desta questão bem prática, eu ainda tinha uma pira de que eu amava tanto, tanto a Manuela que era injusto com ela ter que dividir esse amor com um irmão. É até ridículo de tentar explicar, rs, mas acho que as mães vão me entender um pouco.

Só depois do segundo ano, quase no terceiro, é que a hipótese voltou a rondar as conversas entre eu e meu marido. Quando a Manuela já estava com quatro, fazendo praticamente tudo sozinha, eu percebi que tinha que decidir. Se não fosse logo, desistiria. Assim, decidimos engravidar (já falei sobre isso aqui e aqui). Ainda que eu pensasse: será que é a hora certa de ter o segundo filho?

Ana Júlia nasceu quando a Manuela estava com 5 ano e meio. Uma diferença um pouco maior do que eu considerava ideal. Eu sempre pensei na diferença de 4 anos, no máximo, que era a que eu tenho com a minha irmã mais velha. Mas para isso acontecer, precisaríamos ter engravidado numa época que não era possível aqui em casa.

A HORA CERTA DE TER O SEGUNDO FILHO

Hoje que a Ana Júlia está com mais de um ano, consigo listar algumas vantagens em relação à diferença de idade entre irmãos.

IRMÃOS COM POUCA DIFERENÇA DE IDADE

(até 2, 3 anos no máximo)
– O mais novo racionaliza menos a chegada do irmão. É claro que vai sentir e ter ciúme, mas parece mais natural a aceitação já que tem pouca experiência de vida sozinho.

– Sei que cada idade tem uma dificuldade, mas as mais trabalhosas (não necessariamente as mais difíceis) tendem a acontecer até 2, 2 anos e meio: dormir a noite toda, alimentação, amamentação, desfralde, entrada na escolinha. Então, quando os dois passarem destas fases, esta parte passou definitivamente na sua vida.

– A afinidade entre os dois será enorme por conta da proximidade de idade e interesses compartilhados.

– É muito mais fácil ter tempo de qualidade com os dois ao mesmo tempo, já que as atividades, programas e brincadeiras podem ser as mesmas.

– Você não tem tempo para esquecer das coisas. Às vezes, não consigo lembrar como fiz que algo funcionasse com a Manuela e não consigo reproduzir com a Ana Júlia.

IRMÃOS COM MAIOR DIFERENÇA DE IDADE

(a partir de 3 anos)
– Menos trabalho junto. Um já sabe ir ao banheiro sozinho, já dorme sem problemas, ninguém precisa dar comida etc e tal. Aqui em casa, a única coisa que a Manuela não fazia sozinha, mas começou a fazer quando eu estava grávida da Ana Júlia foi tomar banho. Para mim, particularmente, essa é a principal vantagem. Não sei se eu daria conta de dois bebês ao mesmo tempo.

– O mais velho pode ajudar. É importante que ele não se sinta obrigado e solicitado toda hora (pois isso pode acabar irritando), mas em uma necessidade, o irmão pode dar uma mão. Aqui em casa, como meu marido viaja muito, às vezes acabo precisando que a Manuela me ajuda pegando alguma coisa que eu esqueci para o banho da Ana, por exemplo, ou até ficando de olho na irmãzinha enquanto eu vou fazer xixi.

– Apesar de o ciúmes poder ser mais intenso (porque o mais velho já tem memórias da longa vida de “rei” que teve, rs), é mais fácil conversar para ajudá-lo a compreender a situação e mostrar que o amor não muda etc e tal. A criança já consegue entender racionalmente um diálogo.

– Essa conversa vale ouro também para explicar algumas atitudes do mais novo. Não pensem que o ciúmes é unilateral… A Ana desde um ano mais ou menos tem um ciúme imenso da Manuela. Tenta tirá-la do meu colo, quer bater e empurrar. É claro que eu corrijo, mostro que não pode, mas eu tento explicar para a Manuela que vai passar e tudo mais. Agora uma criança de 1 ano e meio, 2 anos pode reagir de maneira mais agressiva e ficar com raiva do irmão.

– Você pode ser uma mãe mais tranquila em alguns aspectos, afinal já passou pelos anos iniciais (os mais trabalhosos) da vida de um filho e sobreviveu. E mais importante, ele também sobreviveu. Então, acaba tendo menos neuras comuns às mães de primeira viagem. Quando a idade é muito próxima, parece que não dá tempo de se sentir uma mãe bem-sucedida.

Enfim, é claro que isso é uma percepção muito pessoal. Ou seja, esse título (a hora certa de ter o segundo filho) foi só para te enganar, rs. Não existe diferença ideal porque depende de cada família.

De maneira geral, eu me sinto bem com a diferença de idade das meninas. A minha única ressalva é em relação às afinidades que são em sua maioria diferentes. Houve uma fase enquanto a Ana tinha a partir de 3 anos e a Manuela tinha entre 8, 9 que algumas atividades eram compartilhadas. Antes disso e depois disso, a diferença de interesses são maiores.

Hoje, Ana Júlia com 6 e Manuela com 11 têm bastante momentos juntas bem aproveitados. Eu não me arrependo da diferença mesmo!

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Comentários

  1. Adriane andrade disse:

    Boa noite! Já eu esperei demais, minha filha tem 15 anos e pede um irmão ou irmã todos os dias. Tenho quase 34 anos e meu esposo e pai da minha filha 37. No momento a pandemia me tirou do mercado de trabalho. Não sei se é o melhor momento, principalmente pela questão financeira, mas acho triste ela não viver essa experiência de ter um irmão (ã), eu tive um único irmão que já foi morar no céu, nossa diferença era de 1 ano e 3 meses. Quando me entendi ele já era meu irmão mais velho e eu amava ser a irmãzinha caçula dele.

  2. Joyce disse:

    Bom em relação a diferença de idade. Hoje em 2020 tenho um email de 9anos e 10 meses.. pode-se dizer 10anos . Porém ainda me sinto insegura para tentar uma segunda gravidez. Nacerdade acho que esperei demais. Fico penssantiva em comessar tudo de novo. Mas ao mesmo tempo não posso ser egoísta,ele já me cobra um irmão (a) ;já tempos e eu e meu marido estamos sempre adiando por questões de trabalhar tirar e ter mais estabilidade ,e sempre planejamento para os dois.
    Mas na verdade eu tenho um medo comessar tudo de novo. Rsrs ;mas se for da vontade de Deus acho que no momento certo acontecerá!

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Quem Sou

Sou Melina Pockrandt Robaina, filha de Deus, jornalista e mãe da Manuela (6 anos) e da Ana Júlia (1 ano)

Eu sou Melina, mas pode me chamar de Mel. Amo escrever, amo meu marido, amo minhas três filhas e, acima de tudo, amo Jesus. Moramos na Pensilvânia, nos EUA, e, sempre que consigo, gosto de falar sobre minhas experiências, aprendizados e desafios seja na maternidade, na vida cristã ou como imigrante.

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