Lá em Casa

Sem o luxo da dor

17 de fevereiro de 2010

Essa quarta-feira realmente foi de cinzas para mim!! Acho que é senso comum na maioria das casas que o dia da diarista ir acaba sendo uma calamidade de bagunça. Some isso ao fato de esse dia ser após quatro dias de feriado com marido e bebê em casa…

Agora, considerando como deveria estar a minha casa, imagine a minha felicidade ao receber o telefonema da minha diarista dizendo que não iria vir! Calculou? Espero que sim, pois não quero ter que descrever o quão pretinho esteve meu coração!

Graças a Deus, meu marido limpou a casa maravilhosamente bem, mas ainda sobraram as roupas para eu passar. Durante o trabalho, queimei meus dedos – sim, no plural!. E, sério, doeu demais!

Mas tive que continuar a passar pelo menos algumas camisas para meu marido trabalhar essa semana e as roupas de cama da Manuela (resolvi lavar ontem o edredom e as capas dos protetores de berço). Depois, ainda a preparei para dormir, lavei as mamadeiras que ela usou no final da noite e tive que revisar a revista do trabalho.

Mesmo que os dedos tenham continuado doendo durante todo esse tempo, só fui prestar atenção nisso de verdade, na hora do banho! Isso porque aprendi, a duras penas, que as mães não são completamente humanas! Não podemos nos dar ao luxo de sentir dor e, por isso, parar o que estamos fazendo.

Logo quando a Manuela nasceu, minha mãe me perguntou: “você já parou para pensar que agora você não pode morrer? Nem ficar doente? Depois que vocês nasceram eu sempre pensava que nada poderia acontecer comigo, pois não sabia quem cuidaria de vocês!”

Dramático, mas é um pouco verdade. A última vez que estava enjoada e vomitando o estômago (desculpe a expressão), agradeci a Deus porque pude ficar com a Manuela na casa da minha mãe, sabendo que ambas estariam bem cuidadas.

Mas não é só a dor que é um luxo para as mães, mas – para mim -, principalmente, é o sono! Definitivamente, mães não sentem mais sono. Chega uma hora que o cansaço estrapola o nível natural e sentimo-nos completamente amortecidas e “indescansáveis”… (que a atire a primeira pedra a mãe que nunca deitou na cama exausta e ainda sim não conseguiu dormir).

Mas tudo isso tem um lado bom! Li em uma revista que uma pequisa britância provou que mães têm mais neurônios que as pessoas “normais”. Esses neurônios são produzidos ainda durante a gravidez e aumentam a capacidade – já presente nas mulheres – de fazer várias coisas ao mesmo tempo, além de sensibilizar os sentidos. Só confirmou o que eu já desconfiava.

Mas agora vou parar de digitar… não porque meus dedos queimados estão doendo, mas porque preciso voltar ao trabalho. Às colegas mamães, parabéns por existirem!

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Quem Sou

Sou Melina Pockrandt Robaina, filha de Deus, jornalista e mãe da Manuela (6 anos) e da Ana Júlia (1 ano)

Eu sou Melina, mas pode me chamar de Mel. Amo escrever, amo meu marido, amo minhas três filhas e, acima de tudo, amo Jesus. Moramos na Pensilvânia, nos EUA, e, sempre que consigo, gosto de falar sobre minhas experiências, aprendizados e desafios seja na maternidade, na vida cristã ou como imigrante.

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