Durante a Gravidez meu bebê bateu. bebê bate no rosto o que fazer?

Sobre o “ninguém fala que a maternidade é difícil”

14 de junho de 2017

Comentei ontem no Facebook que fico meio chocada quando leio notícia do tipo: Fulana faz relato de maternidade real. “Ninguém fala como é difícil ser mãe”. Como assim? Na era da internet, o que a gente mais tem é lugares falando sobre a realidade sobre ter filhos: a maternidade é difícil! Quando a Manuela nasceu, há mais de 8 anos, não tinha DE VERDADE ninguém falando sobre isso.

Mas recebi muitos comentários de gente bacana contando a sua opinião, experiência e percepção sobre isso. E acho que vale a pena a gente discutir mais sobre o tema. E acho que são várias situações diferentes que muitas de nós passam ou passaram.

Quando a fonte é a família

A nossa família pode ser de uma ajuda incrível. Mas, em geral, as mulheres da nossa já tiveram filhos há muito tempo e isso pode afetar o julgamento delas na hora de aconselhar. A gente não pode negar: existe o fator amnésia biológica. A natureza nos ajuda a esquecer dos perrengues da maternidade senão a raça humana não sobreviveria.

Eu sempre comento que só pensei em ter um segundo filho depois dos três anos, três anos e meio da mais velha e quando a caçula nasceu eu não lembrava de algumas durezas dos primeiros dias do bebê. Eu sabia na teoria, mas não me lembrava com toda a intensidade.

Mães, avós, tias, às vezes, estão “sofrendo” dessa amnésia e, por isso, acabam lembrando mais das coisas boas de ser mãe e esquecem que a maternidade é difícil.

A teoria é diferente da prática

Também tem esse aspecto que já falei lá em cima. Se eu, que já tinha passado por isso, sabia na teoria as durezas da maternidade, mas tinha esquecido de alguns aspectos práticos; imagine que nunca viveu. Ainda que tenha a informação, a experiência é muito intensa. Mas dá, SIM, para ter informação sobre essa teoria antes. Tem muito lugar por aí explicando esse assunto e falando o quanto a maternidade é difícil.

A gente não procura as coisas certas

Na gravidez, a gente quer mais é saber sobre a lista de enxoval, significado de nome de bebê, alguns até pesquisam sobre tipos de parto e a amamentação. Mas pouco vão ler sobre sentimentos alheios. Na verdade, ouvir os dramas e confissões da maternidade não têm muito a ver com gravidez mesmo e só começa a fazer sentido quando a gente começa a passar pelas mesmas coisas. Mas os relatos estão por aí. Quem quiser vai poder ler.

As pessoas querem nosso melhor (e nem toda gestante consegue aceitar bem as coisas ruins)

Eu mesma – por incrível que pareça – não gosto de ficar falando dos perrengues maternos para minhas amigas grávidas (ainda que elas leiam o blog e saibam deles). Sempre fico um pouco receosa de ser a pessoa mala, estraga-prazeres. Então, no geral, quando eu posso e tenho um espacinho, tento falar de alguns aspectos, com muita delicadeza. A gente acaba sempre pisando em ovos. Se a gestante não perguntar e não for atrás, por conta, muitas não ouvirão dessa parte difícil porque há amigas que não sabem muito bem como abordar o assunto.

Principalmente porque já tem muita gente chata e sem limites que falam absurdos o tempo todo. Uma coisa é falar: “no começo você praticamente não vai dormir, mas uma hora seu corpo se acostuma”. Outra é o clássico “aproveita para dormir agora”. Gente, que chato! Sério!

Aqui no blog tem até alguns posts sobre isso:

“Você vai ver quando nascer” e outras bizarrices que as pessoas falam para as grávidas

6 coisas que toda grávida de primeira viagem deve saber

Conselhos para gestantes: o segredo é “como” você fala

O amor x a dor de ser mãe

Acho que o ponto mais delicado sobre falar dos perrengues durante a gestação é porque nós, mães, já vivemos esse equilíbrio perfeito entre a dor e o amor da maternidade. Uma coisa não afeta em nada a outra. Via de regra, reclamar e querer fugir de vez em quando não minimiza nosso amor. E o sorriso banguela e apaixonante do nosso bebê não faz ser menos chato passar a madrugada acordada. As gestantes ainda não estão vivendo isso plenamente e podem se sentir em crise quando essas duas coisas são colocadas lado a lado. Mas não há conflito, elas podem andar juntas!

Temas específicos

Também acho que existem alguns temas específicos que são os mais surpreendentes para as mulheres, como as dificuldades de amamentação e o puerpério. Às vezes, a gestante até se preparar para um, mas não para outro.

Cada um é cada um. Nem sempre a maternidade é difícil do mesmo jeito

Por fim, acho que o resumo de tudo é que cada mulher é de um jeito. Às vezes, o que foi a pior parte para uma amiga não foi para mim, e vice-versa. Assim, por mais que a gente tente e tente, é praticamente impossível se preparar 100% para a maternidade.

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Comentários

  1. Fernanda disse:

    Melina, nao eh por acaso que indico seu blog pra gestantes e puérperas com as quais convivo… a gnt sempre encontra informação boa por aqui. Bjs

    1. Melina disse:

      Ah, obrigada pelo carinho <3 <3
      Espero sempre ajudar! (:

  2. Olá Melina,

    Estou no último trimestre da gravidez e bastante apreensiva com a chegada do primeiro filho.

    Seu blog realmente ajuda a nós futuras mamães a compreenderem melhor esse momento.

    Obrigada!

  3. Helayne disse:

    Obrigada por este post!!

    Infelizmente no meu trabalho algumas pessoas me assustaram com seus relatos sobre a maternidade a ponto de eu ficar triste. Então procurei dar ouvidos às mães otimistas e com dicas eficazes.

  4. aqui disse:

    Gostei de seu relato,realmente é maravilhosos ser mãe, mas não é fácil, envolve tantas coisas que temos que superar.

  5. clique aqui disse:

    Quem diz que ser mãe é cem por cento alegria está mentindo, tem muitas angústias, sofrimento,principalmente aquelas de primeira viagem, são tantas informações,algumas desencontradas que dá um nó na cabeça. Ser mãe é bom porém tem compilcações.

  6. saiba mais disse:

    Encontrei este site na internet e gostei demais de postagens voltarei aqui mais vezes. parabéns me conquistou.

    1. Melina disse:

      Obrigada!! :) <3

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Quem sou

Sou Melina Pockrandt Robaina, filha de Deus, jornalista e mãe da Manuela (6 anos) e da Ana Júlia (1 ano)

Eu sou Melina, mas pode me chamar de Mel. Amo escrever, amo meu marido, amo minhas três filhas e, acima de tudo, amo Jesus. Moramos na Pensilvânia, nos EUA, e, sempre que consigo, gosto de falar sobre minhas experiências, aprendizados e desafios seja na maternidade, na vida cristã ou como imigrante.

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