Para Mães e Pais

7 necessidades básicas da criança #1: Sentido de significado

6 de julho de 2020

Sentido de significado é a primeira de sete necessidades que toda criança tem, segundo o autor John M. Drescher, autor de Sete necessidades básicas da criança (saiba mais sobre o livro aqui).

O que é sentido de significado?

O autor utiliza o termo para falar de uma criança que entende o seu valor pessoal. Ela precisa entender que é importante dentro do contexto em que vive. Crianças precisam ser notadas!

Crianças que não se sentem notadas podem desenvolver comportamentos negativos para que recebam atenção. Por mais triste que possa parecer, seu filho pode preferir uma bronca (ou mesmo uma surra) do que a indiferença dos pais.

A falta do sentido de significado na infância pode “criar” um adolescente ou jovem que busca chamar a atenção a qualquer custo (se não dos pais, dos colegas e turma de amigos). E pode chegar à vida adulta como uma pessoa que busca se sobressair nas rodas de conversa e tem um apetite desenfreado por sucesso profissional ou pela aquisição de bens.

Como essa necessidade de SIGNIFICADO pode ser suprida na criança?

Primeiro, o autor explica quais NÃO SÃO as maneiras de suprir isso na criança. Ele afirma que são três suposições faltas:

O relacionamento pai-filho têm prioridade sobre o relacionamento marido-mulher. Segundo o autor, isso é uma grande mentira. “Nada é mais importante para a felicidade de uma criança, assim como para seu sentido de significado, do que o amor dos pais um pelo outro (…) Quando os pais enriquecem sua vida conjugal, estão ao mesmo tempo enriquecendo a vida dos filhos e eles podem sentir isso.”

A criança tem o direito de ser o centro das atenções. Segundo o autor, se os pais constantemente vivem sua rotina ao redor dos filhos, o resultado são crianças egocêntricas. Eu sempre digo que a criança é PARTE da família e não o centro dela. Ela chega para complementar e deve ser inserida no contexto familiar, obviamente de acordo com suas necessidade, mas a família não deve viver em torno do que a criança demanda.

Crianças precisam amadurecer O autor diagnostica que temos uma incrível dificuldade em permitir que as crianças sejam crianças. Muitos pais insistem que as crianças tenham a vestimenta, tarefas ou brincadeiras mais “amadurecidas” do que realmente precisam. O resultado é um sentimento de inferioridade que pode surgir na criança que tenta sempre ser mais do que ela realmente é.

Alertas

O autor lembra que podemos deixar marcas sérias na autoestima da criança quando:

– A comparamos com os outros de modo a inferioriza-la. “Seu primo já sabe andar de bike sem rodinhas, por que você nem tenta?”

– Menosprezar a sua capacidade. “Ah, nem adianta tentar. Você não vai conseguir fazer esse desenho.”

– Ridicularizar suas atitudes. “Que brincadeira boba. Que quarto mal arrumado”

– Zombar de seus erros. “Você escreveu carro com um r só? Como assim??”

E como fazer?

– Deixe que a criança ajude em casa e elogie os pequenos “trabalhos” que ela faz desde pequena.

– Apresente seu filho a outros. Quando encontrar alguém, apresente: “Essa é a Manuela, minha filha mais velha!”

– Deixe que a criança fale por si mesma. Quando fizerem perguntas ao seu filho, não se atravesse para responder!

– Permita que a criança faça escolhas e respeite as suas opiniões sempre que possível. Sei que nem sempre dá, mas quando der, mostre que a opinião da criança conta. Nessa quarentena, mais de uma vez, deixei que as meninas escolhessem o cardápio da janta. E elas ficaram muitos felizes!

– Passe tempo com seu filho. Ouça de verdade, olhe nos olhos, deixe dispositivos eletrônicos longe nos momentos que você separou para brincadeiras. Outro dia, Manuela me chamou para assistir a um filme e falou: “mas daí você vai ficar mexendo no celular e nem vai ver”. Perguntei se aquilo a incomodava, pedi perdão e me comprometi a não fazer mais!

– Confie à criança responsabilidades ocasionais de surpresa. Peça algo que mostre sua confiança em seu filho, que exija uma responsabilidade grande. Isso demonstra dignidade.

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Quem Sou

Sou Melina Pockrandt Robaina, filha de Deus, jornalista e mãe da Manuela (6 anos) e da Ana Júlia (1 ano)

Eu sou Melina, mas pode me chamar de Mel. Amo escrever, amo meu marido, amo minhas três filhas e, acima de tudo, amo Jesus. Moramos na Pensilvânia, nos EUA, e, sempre que consigo, gosto de falar sobre minhas experiências, aprendizados e desafios seja na maternidade, na vida cristã ou como imigrante.

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