Para Mães e Pais como lidar com os avós

Deixe a vovó em paz!!!

18 de julho de 2015

Férias, final de semana… e aí, tem muita criança na casa da vovó? Como lidar com os avós e sua maneira de tratar as crianças?

Uma coisa que parece aterrorizar os pais e mães é a ideia de os avós “estragarem” seus filhos. Eu lembro quando a Manuela era pequena, eu ficava bem preocupada quando ela ficava com a minha mãe porque lá não tinha regra para dormir nem comer, era tudo festa!

Até que um dia, ela devia ter uns 2 ou 3 anos, a minha amiga – sábia amiga – Ingrid, mãe das gêmeas (que são um ano mais velhas que a Manuela), me disse uma coisa daquelas que mudou a minha vida: “Melina, quando as meninas estão na vó, seguindo ou não a rotina ou as regras que a gente estabelece, uma coisa é certa: elas estão muito bem cuidadas. E quando elas chegam em casa, sabem que não é como a casa da vó e voltam a seguir as regras e rotinas que estão acostumadas”.

E eu comecei a notar na minha casa: a Manuela sabia exatamente quais coisas só eram permitidas na casa da vó. E uma ou outra coisa que ela tentou reproduzir em casa, bastou um aviso e explicação e ela entendeu. Ainda muito nova. O que eu quero falar com este post são três coisas:

SEUS PAIS E SEUS SOGROS AMAM SEU FILHO

Via de regra, os avós amam seus netos de todo coração. Eles nunca fariam nada para machucá-los ou que fosse ruim para eles. Da mesma forma, eles não têm a intenção de magoar você.

Enquanto seus filhos estiverem na casa deles, pode ter certeza que estarão sendo bem cuidados, com muito amor, seguindo ou não suas regras que você tanto quer estabelecer. E casa de vó não é para ser reprodução da casa dos pais, é para ser lugar de lembrança divertidas, brincadeira e festa!

AS CRIANÇAS SÃO INTELIGENTES

Não tenha medo de que seu filho vai ser “estragado” por passar as férias ou um final de semana com os avós. As crianças entendem que a sua casa não é como a casa dos avós e que as regras são diferentes. Se eles não compreenderem isso automaticamente, explique. Talvez seja necessário repetir, mas eles vão entender. E mais: eles são inteligentes inclusive para reproduzir as suas regras se você disse que deve ser assim.

Por exemplo, quando a Manuela tinha uns três, quatro anos, minha mãe encontrou uma mamadeira antiga na casa dela e ofereceu o leite da noite na mamadeira. A Manuela logo disse que ela não tomava mais mamadeira e que “a mamãe ia ficar triste”.

Então minha mãe disse que eu sabia e deixava (de fato, ela já tinha me falado), então a Manuela abriu um sorriso e disse: “minha mãe deixou? Então tá!”. E ela não pediu para tomar mamadeira em casa depois disso.

No caso dos menores, a queixa geralmente é em relação ao colo e manias para dormir. Mas se você acha que seu bebê é inteligente o suficiente para acostumar a dormir no colo depois de apenas um dia com a avó, não seria ele suficientemente esperto para acostumar novamente da forma que você faz em casa?

CONVERSE COM OS AVÓS

Naquilo que for inegociável para você, converse abertamente com os avós. Pode ser em relação à alimentação ou alguma outra prática, seja sincera e diga que isso é regra em todo lugar. Aqui em casa, foi com a chupeta. A Manuela tinha parado de usar chupeta (por iniciativa nossa), mas ainda tinha uma “escondida” na casa da vó. Falei para minha mãe que não era para dar e ponto final. Minha mãe, por mais que não concordasse, aceitou e tudo ficou bem!

Se for algo muito importante para você, como por exemplo doces ou refrigerantes (que acabam sendo grande motivo de discórdia) e a avó não quiser ceder, sugiro um “boicote pacífico”, rs. Sem brigar nem discutir, evite que a criança fique sozinha com ela até que tenha idade para cumprir as suas regras por obediência (ou até que a avó perceba que é melhor concordar).

Mas se lembre de escolher suas batalhas. Para uma criança mais velha, vale a pena ficar brigando porque em um dia da semana ela come doce ou toma refrigerante? Ou vale a pena perder um passeio a sós com o marido por que corre o risco de avó que está cuidando do filho dar mamadeira ou fazer o bebê dormir no colo?

Equilíbrio, bom senso e diálogo são fundamentais.

Se os avós forem irredutíveis e não estiver dando para negociar nem relevar algumas atitudes, então cabe a você abrir mão do conforto do cuidado eventual deles. Mas não se esqueça de manter a diplomacia e o amor, afinal, eles são os avós de seus filhos e devem ser sinônimo de boas lembranças de infância.

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber novidades e dicas no seu e-mail

Comentários

  1. LIDIANne disse:

    Deixei minha filha 40 dias com minha mãe a 230km de casa… Uma necessidade combinada as férias … Fiquei confusa nos sentimentos.. Se estava fazendo ela ficar muito tempo… Mas ela não pediu pra voltar .
    . busquei ela e perguntei se ela queria ir pra vovó ela disse não (logo que chegamos em casa eu fiz a pergunta) fico pensando se com o t.empo ela vai querer ficar menos na vó e esse é meu medo… Ou se é pq ja estava com. Saudade de casa e logo sentirá saudades da vovó.. Não sei.
    . mas sempre preciso qur ela fique lá nas férias é o melhor pra ela. Queria uma opinião

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

5 × quatro =

Assine nossa newsletter

Cadastre-se para receber novidades e dicas no seu e-mail

Quem Sou

Sou Melina Pockrandt Robaina, filha de Deus, jornalista e mãe da Manuela (6 anos) e da Ana Júlia (1 ano)

Eu sou Melina, mas pode me chamar de Mel. Amo escrever, amo meu marido, amo minhas três filhas e, acima de tudo, amo Jesus. Moramos na Pensilvânia, nos EUA, e, sempre que consigo, gosto de falar sobre minhas experiências, aprendizados e desafios seja na maternidade, na vida cristã ou como imigrante.

Saiba mais

Maternidade Simples 2015 - 2024 - Todos os direitos reservados