Para Mães e Pais

O que não é bom para a mãe não será bom para o filho

1 de abril de 2019

“O que não é bom para a mãe não será bom para o filho”. Ouvi hoje essa frase da psicanalista Vera Iaconelli, durante o evento “Poder do Colo”, promovido pela Novalgina, em Porto Alegre.

Isso é algo que eu aprendi ao longo dos anos como mãe e que eu defendo com unhas e dentes: não adianta alguém dizer que algo é melhor para seu filho, se for um sofrimento para você.

Como bem falou a Vera, nenhum filho precisa de uma mãe maluca, acabada, exausta, desesperada. 

A gente deve se preocupar com o melhor para os nossos filhos? Sim e sempre! Mas oferecer o melhor para nossos filhos não pode significar abrir mão de si própria de uma maneira altruisticamente destrutiva.

Uma mãe exausta, maluca, acabada, desesperada nunca dará conta de oferecer aos filhos o afeto, atenção, paciência e cuidado de que eles realmente precisam.

Entrando num assunto polêmico, mas necessário. Com a Manuela, no primeiro mês de vida, eu fiz tudo o que podia e não podia para amamentar. Isso significava ficar com ela no peito por cinco, seis horas seguidas. Eu estava quase desistindo de amamentar e estava com os nervos à flor da pele. Foi quando o pediatra me indicou tentar a chupeta entre as manadas e tudo mudou, passei a curtir mais a maternidade e, inclusive, a amamentação. Isso foi para mim.

Ouvi uma pessoa esses dias contar que viveu a mesma coisa com o filho, mas ela amava ficar com ele no peito por horas seguidas. Isso foi para ela.

Ou seja, sempre precisamos buscar o melhor para nosso filho. Mas se aquilo tem acabado com você, é necessário rever. Talvez rever a estratégia, o método, a prática. Ou talvez rever a si própria, suas emoções, tentar procurar ajuda – até profissional, se preciso for.

O que não dá é para a maternidade se tornar um fardo. Se ela for um peso, um sofrimento sem fim, você nunca conseguirá oferecer para seu filho aquilo que ele precisa e merece – e nunca irá curtir tudo o que a vida de mãe tem para oferecer.

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Quem Sou

Sou Melina Pockrandt Robaina, filha de Deus, jornalista e mãe da Manuela (6 anos) e da Ana Júlia (1 ano)

Eu sou Melina, mas pode me chamar de Mel. Amo escrever, amo meu marido, amo minhas três filhas e, acima de tudo, amo Jesus. Moramos na Pensilvânia, nos EUA, e, sempre que consigo, gosto de falar sobre minhas experiências, aprendizados e desafios seja na maternidade, na vida cristã ou como imigrante.

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