Lemos a história, oramos, demos um beijinho de boa noite e tchau. Passam cinco minutos.
— Mamãe, me dá um abraço de boa noite.
Lá vou eu para o abraço. Passam mais cinco minutos.
— Mamãe, me dá um high five de boa noite.
Ah, não! Aí já virou palhaçada 😂
Vi outro dia no Instagram um pediatra falando que, quando a criança pede água à noite, não é porque está sempre com sede, mas porque tem uma necessidade inconsciente de checar se seus pais estarão lá para cuidar dela se precisar durante a noite. É a segurança de ter os pais presentes disfarçada de copo de água.
A hora de dormir tem mais valor para a conexão entre pai/mãe e filhos do que a gente imagina. São minutos preciosos para compartilhar, ensinar e demonstrar amor. Mas adivinha? A hora de dormir também costuma ser um momento de cansaço acumulado ao longo do dia.
Tem muitos dias que a gente não vê a hora de a criança dormir para, enfim, tomar um banho e se jogar na cama ou simplesmente sentar no sofá e curtir o silêncio da casa.
O que acontece, então? De um lado, uma criança precisando de atenção. Do outro, uma mãe com pressa. O resultado: a criança sente essa afobação e acaba ficando mais carente e manhosa. A mãe, por sua vez, tende a se irritar com a rotina.
Eu sei que isso não é matemática — crianças são crianças e têm seus dias e dias. Mas, em geral, quanto mais presente e intencional a gente for nesses 10 minutos dedicados à hora de dormir, mais amada, segura e tranquila a criança tende a se sentir. E, com isso, menos necessidades surgirão magicamente quando você sair do quarto.
Mas, é claro, não custa deixar uma garrafa de água no criado-mudo 😅
Eu sou Melina, mas pode me chamar de Mel. Amo escrever, amo meu marido, amo minhas três filhas e, acima de tudo, amo Jesus. Moramos na Pensilvânia, nos EUA, e, sempre que consigo, gosto de falar sobre minhas experiências, aprendizados e desafios seja na maternidade, na vida cristã ou como imigrante.
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