Vivemos num mundo em que a intolerância está por toda parte. Em prol de uma causa ou defesa de uma ideia, pedras são jogadas para todos os lados. É, literalmente, “sai da frente senão vou te derrubar”. E sobra até para quem estava de espectador na beira do caminho.
No caso da maternidade, é a disputa eterna entre as mães que trabalham fora e as que ficam em casa. É a guerra para ver quem amamenta por mais tempo ou quem teve o parto mais natural. É a fiscalização do cardápio vendo o que cada mãe dá para seu filho comer. Sem contar a polícia da criação, que quer confirmar a maneira que você faz seu filho dormir, como disciplina e que tipo de programa ele assiste na televisão. Ou melhor, “como assim você deixa seu filho assistir TV?”
O que mais me cansa nessa história é que todas somos mães. Em vez de perder tempo fiscalizando o filho alheio, cada uma não tem o próprio filho para criar? As minhas filhas me dão tanto trabalho que eu não dou conta de ficar conferindo se as mães que eu conheço estão fazendo tudo “certinho”. Aliás, longe de mim querer achar que eu sei o que é o “certinho”.
Muitas vezes sou criticada aqui no blog e nas redes sociais por algumas coisas que faço com as minhas filhas. E daí a minha vontade é acabar com blog, Facebook, Instagram e ir comer brigadeiro que eu ganho mais. Mas daí eu lembro que preciso manter a dieta e que a maioria das pessoas se identifica mais do que critica. E recordo a razão pela qual o blog existe: falar de vida real, sem julgamento, sem politicamente correto, sem perfeição… Oferecer tudo o que eu precisava quando me tornei mãe e não encontrei em lugar nenhum.
Mas você já tentou não ser politicamente correta neste mundo? Não dá. Está chato demais. Nesse mundo materno virtual, é preciso muita disposição para continuar porque a intolerância – entre os pares – está cada dia mais insuportável.
Eu sou Melina, mas pode me chamar de Mel. Amo escrever, amo meu marido, amo minhas três filhas e, acima de tudo, amo Jesus. Moramos na Pensilvânia, nos EUA, e, sempre que consigo, gosto de falar sobre minhas experiências, aprendizados e desafios seja na maternidade, na vida cristã ou como imigrante.
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