Lá em Casa

A vida social pós-maternidade

30 de janeiro de 2011

Definitivamente, TUDO muda após você ser mãe! Uma coisa que eu nunca achei que fosse mudar muito para nós, era em relação aos programas com nossos amigos. Isso porque com o nosso grupo de amigos mais próximos, os encontros eram basicamente os mesmos: ir comer na casa de alguém, jogar Wii na casa de outro, assistir filme em um terceiro. Programações completamente apropriadas para casais com ou sem filhos.
E, de fato, depois que a Manuela nasceu, as coisas não mudaram muito mesmo. Até um ano de idade, foi perfeitamente possível continuar com nossa agenda… Tirando os momentos em que eu estava muito cansada – nos primeiros meses – em geral, nossa vida social continuava a mesma. Quando as pessoas vinham aqui em casa, a Manuela demorava um pouco mais para dormir, mas logo ia para o berço e dormia independente das visitas. Quando era na casa de outros, sempre arrumava um quartinho em que ela dormia, caso o programa se estendesse.
Claro que isso só foi possível porque nossos amigos gostam de criança e da Manuela. Além disso, sempre foram muito compreensíveis em relação algumas mudanças nas quais a presença dela implicava como, por exemplo, conviver com o blábláblá durante os filmes ou diminuir o volume da conversa depois que ela fosse dormir.
Mas, agora (ela está com dois anos e um mês), as coisas são diferentes. Ela é muito mais ativa e eu fico meio receosa de incomodar as pessoas. Ontem, fomos na casa de um casal de amigos, junto com outras dez pessoas, e acabamos voltando assim que a Manuela falou pela primeira vez que queria ir para casa. Normalmente, nos estendemos até depois da meia-noite (mesmo com ela), mas dessa vez fomos embora antes das 22h30.
Todos que estavam lá gostam da Manuela, são atenciosos e bonzinhos com ela. Mas acho que todos cansam, né? A Manuela estava elétrica, falando, chamando a atenção de todos (ou melhor, pedindo a atenção de todos), pulando em cima de alguns tios e dançando com algumas tias. Isso tudo em meio a uma sessão de fotos de viagens, em que os anfitriões estavam nos contando sobre o passeio.
Como mãe, fico meio incomodada pela possibilidade de ela estar perturbando o momento e as outras pessoas. Começo a ficar inquieta. Afinal, acho que todo mundo já teve aquela experiência de estar com uma criança de um amigo ou parente, que fica pulando em você ou importunando, ainda assim, sorrir, pois não quer ser desrespeitoso, certo? A verdade é que nem todo mundo quer ficar brincando de cavalinho ou desenhando casinhas por muito tempo, né? Pois é! Então, como saber se os outros não estão fazendo isso por consideração, mas, na verdade, estão incomodados?
Além disso, a Manuela, apesar de obediente, é extremamente curiosa (alguma criança não é?) e quer ficar mexendo em tudo. Esse casal de amigos tem mil e um enfeites em casa, além de diversos aparelhos eletrônicos ao alcance das mãozinhas. Então, a cada dois minutos, eu preciso ficar falando “não, Manuela”. Não é que ela esteja desobedecendo, mas é que ela descobriu algo novo para ficar mexendo. Isso tudo cansa, né? E acredito que não cansa apenas nós, os pais, mas também os nosso amigos que, apesar de serem SUPER legais e compreensivos, não têm filhos, então têm uma outra visão dessa situação.
Às vezes, penso que sou muito estressada e que vejo coisas que não existem. Mas, nesse caso, prefiro encurtar a noite e sair enquanto “estamos ganhando” – todo mundo ainda amando a Manuela, boazinha e simpática e querendo nos convidar para outros programas – do que colocar a pequena em um limite desnecessário, incomodando todo mundo. Afinal, a noite só acaba com os amigos. Aqui em casa, continuamos na maior diversão, aproveitando a “eletricidade” da princesa, sem preocupações.

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Quem Sou

Sou Melina Pockrandt Robaina, filha de Deus, jornalista e mãe da Manuela (6 anos) e da Ana Júlia (1 ano)

Eu sou Melina, mas pode me chamar de Mel. Amo escrever, amo meu marido, amo minhas três filhas e, acima de tudo, amo Jesus. Moramos na Pensilvânia, nos EUA, e, sempre que consigo, gosto de falar sobre minhas experiências, aprendizados e desafios seja na maternidade, na vida cristã ou como imigrante.

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