Apesar de eu ainda precisar ensinar muita coisa, como disse no último post, a Manuela tem se mostrado uma mocinha de verdade. Estou quase ficando com ciúmes dessa independência toda. Calma, eu disse “quase”.
Outro dia levantei e – como é normal – a Manuela já estava acordada. Ela estava vendo desenho na sala (já faz quase um ano que ela não precisa de mim para ligar a TV e colocar no Discovery Kids) e, por cima do pijama, estava com uma blusa de frio. Achei que meu marido tivesse coloca nela e voltado a dormir, mas não: ela própria colocou uma blusa para se esquentar e dobrou a manga bem certinho porque estava muito comprida. Achei a maior fofura.
Como tem vezes que saio de casa antes de ela acordar, a Manuela já sabe que precisa fazer xixi logo que acorda, se trocar (eu deixo a roupinha separada), tomar o café da manhã (a minha ajudante prepara o Nescau, mas as comidinhas eu já deixo prontas) e escovar os dentes. Hoje, ela se troca, come, tira o prato da mesa, pega o suco na geladeira, dobra o pijama (ainda com dificuldades), vai para a sala na escola, vai ao banheiro e faz tantas outras coisas sem precisar da minha ajuda. É um orgulho, um verdadeiro prazer vê-la se virar sozinha.
Mas, no fundo no fundo, junto com o alívio de ter mais tempo para nós mesmas, não dá uma dorzinha de cotovelo de ver que não somos mais imprescindíveis para eles? Será que isso passa? Sou só eu que me sinto assim?
Eu sou Melina, mas pode me chamar de Mel. Amo escrever, amo meu marido, amo minhas três filhas e, acima de tudo, amo Jesus. Moramos na Pensilvânia, nos EUA, e, sempre que consigo, gosto de falar sobre minhas experiências, aprendizados e desafios seja na maternidade, na vida cristã ou como imigrante.
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