Para Mães e Pais

{Depoimento} A chegada do irmão

28 de agosto de 2013

No último mês, a minha enteada adolescente veio morar conosco. E a Manuela é super hiper fã da irmã, sempre amou de paixão e toda vez que ela ia embora nos finais de semana que nos visitava, era um drama e um chororô, um tal de “não quero que a Gabi vá embora. Por que ela não pode ficar aqui em casa?”. Só que uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa.

Quando a Gabi veio morar conosco, nos primeiros dias tudo era festa, mas a Manuela começou a ficar incomodada, sem nem entender os sentimentos que estava tendo. Algumas vezes, ela falou para mim e para minha mãe, bem envergonhada: “Não fala para a Gabi, mas eu não queria que ela morasse com a gente” ou “Eu não quero que o papai goste mais da Gabi do que de mim” e assim por diante. Além de falar essas coisas, ela passou a ter atitudes que NUNCA teve antes. Foram uns dois ataques de birra que nunca vi, ela chegou a nos responder de forma mal-educada algumas vezes e até bateu em duas amigas!! Coisas inimagináveis para a mocinha carinhosa que normalmente ela é.

Depois de muito papo e atitudes de afirmação, graças a Deus essa fase já passou. Mas ela ainda está se adaptando com as mudanças de rotina e algumas cenas de ciúmes ainda aparecem. Pensando nesse assunto, lembrei da minha amiga Débora. Ela teve a Alice princesa um pouco mais de um ano antes da Manuela (ou seja, ela está com cinco anos) e recentemente nasceu o Daniel, o irmãozinho. Aproveitei e perguntei para ela como estavam sendo as coisas na casa deles. Confira só o depoimento e algumas dicas bem especiais:

Daniel, 4 meses, e Alice, 5 anos, filhos da Débora. "Ela é uma super irmã, me ajuda bastante e adora brincar com ele"

Daniel, 4 meses, e Alice, 5 anos, filhos da Débora.
“Ela é uma super irmã, me ajuda bastante e
adora brincar com ele”

“Graças a Deus, a Alice sempre reagiu muito bem com a vinda do Daniel, até porque quem mais quis foi ela mesma. Durante um ano inteiro ela me pedia uma irmã, com a ajuda do pai eles me convenceram a ter o segundo filho.

A minha grande preocupação era: e se viesse um irmão e não a tão esperada irmã? Mas para a minha surpresa, duas semanas antes da ecografia, ela chegou dizendo que sabia que viria um irmão e que não tinha problema nenhum porque ela iria gostar dele do mesmo jeito. 

A Alice sempre funcionou à base da conversa. Toda mudança na vida dela nós começamos a conversar com ela um tempo antes. Foi assim para largar a chupeta, para sair das fraldas, para deixar a mamadeira, para ir à escola e com a vinda do Daniel. Durante a gestação toda conversei com ela e expliquei como seria a nossa nova vida com a vinda do irmão. Acredito que foi por isso que não tive problema nenhum em relação a isso.

Ela é uma super irmã, me ajuda bastante e adora brincar com ele. Todo dia quando acorda a primeira coisa que ela faz é dar ‘bom dia’ para ele; quando vai e volta da escola tem que dar um beijo e um abraço. Adoro ver o cuidado que ela tem com ele, cuidado de irmã mais velha mesmo.

Mas claro que além da conversa com ela, eu e o Guto tivemos algumas atitudes práticas. Como no início eu teria que dar mais atenção ao Daniel, ele ficou ‘responsável’ por cobrir esta atenção com a Alice. E nos momentos em que o Daniel dormia eu ficava com ela. As atividades de rotina dela eu tentei continuar fazendo, como levar e buscar da escola, fazer lição de casa, dar banho, almoço, trocar de roupa e tals. A família também ajudou muito, dando mais atenção para a Alice! Mas ela tinha um pouco de ciúmes quando vinha alguma visita aqui e ia direto para o Daniel, aí ela chamava um pouco de atenção.

Como resumo, posso dizer que minha experiência foi ótima. Acho que ela se adaptou a esta nova fase muito mais fácil do que eu, rs.”

A experiência da Dé dá uma esperança para as mamães que têm medo do segundo filho por causa dos ciúmes do primeiro, né? No próximo post, vou trazer as dicas muito importantes da psicóloga infantil Eliziane Rinaldi para lidar com essa situação.

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Quem Sou

Sou Melina Pockrandt Robaina, filha de Deus, jornalista e mãe da Manuela (6 anos) e da Ana Júlia (1 ano)

Eu sou Melina, mas pode me chamar de Mel. Amo escrever, amo meu marido, amo minhas três filhas e, acima de tudo, amo Jesus. Moramos na Pensilvânia, nos EUA, e, sempre que consigo, gosto de falar sobre minhas experiências, aprendizados e desafios seja na maternidade, na vida cristã ou como imigrante.

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