Há alguns dias, meu marido olhou para mim e disse: “A Manuela tem uma personalidade forte, né?”. Na hora, tirei um sarrinho, mas é verdade… Como pode, tão novinha (1 ano e 5 meses), já ter tanta vontade própria?
Ela sabe claramente o que quer, o que não quer e o jeito que deve ser… E nesse final de semana, aprendeu a deixar isso bem claro com o “não” – com direito a braço cruzado e tudo mais -, “paia” (para) e muita manha!
É claro que o “não” e o “paia” são seguidos de uma repreensão minha e do meu marido, mas, então, a manha é inevitável. E para mim, essa é a pior parte.
Não sei se essa é a definição oficial, mas eu considero a birra e a manha diferentes. A birra é seguida de todas as “má-criações” devidas: gritos, esperneios e tudo mais. E consequentemente, parece mais fácil de lidar – pelo menos de um ponto de vista.
Afinal, nós ficamos com raiva dessa situação e fazemos questão de educar e colocar um ponto final no comportamento (a questão é só saber fazer isso com sabedoria). Se dizemos “não” e a criança responde com mais intensidade, nós – temos que admitir – levamos para o lado pessoal e queremos que o nosso “não” seja respeitado.
No caso da manha (da Manuela), ao falar “não” ou repreendê-la, ela faz bico e chora muito sentida, parecendo muito magoada. Essa situação realmente “quebra as pernas” porque a vontade é abraçá-la, apertá-la, retirar o “não” e, se bobear, pedir desculpa!
Sei que está completamente errado e sei que ela, na verdade, não está magoada, apenas, como todo ser humano, já está aprendendo a manipular as pessoas… Mas na hora, a razão fica bem fraquinha perto das emoções e chego a duvidar do famoso psicólogo que disse que “quem ama educa”. Pode até ser verdade, mas que é uma tarefa difícil, é!
Eu sou Melina, mas pode me chamar de Mel. Amo escrever, amo meu marido, amo minhas três filhas e, acima de tudo, amo Jesus. Moramos na Pensilvânia, nos EUA, e, sempre que consigo, gosto de falar sobre minhas experiências, aprendizados e desafios seja na maternidade, na vida cristã ou como imigrante.
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