A mãe e nutricionista Camila Garcez Farias já nos deu orientações ótimas aqui no blog para ajudar a melhorar a alimentação dos nossos filhos. Hoje, reuni algumas dicas para as crianças comerem bem e tornar o momento da alimentação mais tranquilo, saudável e prazeroso (para pais e filhos).
“Quando eu era pequena minha mãe foi muito criativa. Ela fazia leite cor-de-rosa de princesa, que na verdade era leite batido com beterraba. Usava forminhas de bolacha para cortar as fatias de pão em formatos diferentes. Cortava frutas e arrumava no prato em formato de flor. São estas coisas que nos ajudam a ensinar nossos filhos que comer pode ser prazeroso e divertido.”
A internet é chega de dicas de comidinhas divertidas. Algumas parecem tão complexas, mas um monte de uva ou uma banana fatiada pode virar qualquer coisa que sua imaginação permitir! Se ser mãe é voltar à infância, aproveite a criatividade em todas as áreas.
“Outra forma de gerar interesse pelas frutas e verduras é levar as crianças à feira. Não gosto de levar meus filhos ao supermercado, pois levo muito mais tempo para fazer as compras e eles sempre querem encher o carrinho de guloseimas. Por isso, sempre deixo para comprar as frutas e verduras na feira com eles. Eles gostam muito de ajudar a escolher. Desta forma eles conhecem frutas diferentes e nos fazem comprá-las, o que é importante para sair daquela rotina de banana-mamão-maçã.”
Conhecer frutas, legumes e verduras in natura desperta a curiosidade das crianças e atraem para o alimento. Afinal, são tantas cores e formatos bonitos e diferentes que dão mesmo água na boca.
Segundo a nutricionista, chamar seus filhos para participar na hora de preparar a refeição também é muito interessante, pois desperta a curiosidade e o interesse pelo alimento que está sendo preparado.
“Quando o Caleb tinha menos de dois anos eu o mantinha sempre fora da cozinha e não o deixava entrar por ser um lugar muito perigoso. Aos poucos percebi que para despertar o interesse dele era necessário deixa-lo participar do processo, de forma segura. Agora eu pego os meus filhos no colo, mostro o alimento cru, mostro ele cozinhando na panela ou forno e mostro como ficou. Eles também podem ajudar a preparar bolos, bolachas, gelatina, dependendo da faixa etária. Para eles é como uma experiência científica, ou até mágica!”
Muitos dos nossos preconceitos alimentares nós também ensinamos aos nossos filhos. Quem daria alho cru para a criança comer? Ninguém, pois não comemos alho cru, só cozido nas preparações, não é?
“Um dia eu estava cortando alho e cebola para temperar o feijão e meu filho perguntou o que era. Eu disse que era alho e cebola. Ele disse ‘me dê um pouquinho’ e eu respondi: ‘é ardido, tem certeza que quer experimentar?’. E quis mesmo, então eu dei; Para minha surpresa, ele gostou! E também gosta de mostarda escura, curry, limonada, morango (sem adição de açúcar), comida japonesa e chinesa porque provou. Ele me surpreende”, conta Camila.
Da mesma forma, são os alimentos que os pais não gostam, afirma a nutricionista. “Muitas vezes deixamos de oferecer alimentos que nós não gostamos. São os nossos preconceitos e preferências que muitas vezes ensinamos a eles, não dando espaço pra eles experimentarem e descobrirem suas próprias preferências.” Eu mesma confesso esse meu erro. Não como nada que vem do mar, por isso, nunca tem peixe lá em casa. Outro dia a Manuela pediu para comer peixe e quando compramos, ela ficou na maior alegria. Às vezes, ainda vê o frango e comemora achando que é peixe…
Camila conta que quando criança, sua mãe gostava, mas não tinha o costume de cozinhar dobradinha, fígado, moela, língua etc e, por isso, não comia estes alimentos e nem lembra de ter experimentado na época. “Já adulta, tentei aprender a gostar, mas não consegui. Porém, acho importante que meus filhos provem estes alimentos desde pequenos. Por isto, mesmo não gostando de prepara-los para mim, quando minha avó cozinha bucho ou fígado eu levo meus filhos para comerem lá. Eles já aprenderam a comer fígado. Isto para mim já é uma vitória!”
Eu sou Melina, mas pode me chamar de Mel. Amo escrever, amo meu marido, amo minhas três filhas e, acima de tudo, amo Jesus. Moramos na Pensilvânia, nos EUA, e, sempre que consigo, gosto de falar sobre minhas experiências, aprendizados e desafios seja na maternidade, na vida cristã ou como imigrante.
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