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Pais e filhos: Mesmo jogo, regras diferentes

24 de setembro de 2020

Brincávamos com um jogo de perguntas e respostas e eu estava responsável por fazer as questões para a Ana Júlia. Isso porque eu olhava as cartas e sabia quais eram aquelas que seriam possíveis para ela responder. Além disso, algumas vezes, ela tinha uma segunda chance para acertar.

Não estava trapaceando. Estava tornando o jogo acessível para a criança, uma vez que ela tem seis anos e o jogo era a partir de 7 (mas tinha perguntas que nem eu sabia responder ?).

Quando brinco de algum jogo com a Manuela (11 anos) e a Ana Júlia (6 anos), algumas vezes temos a necessidade de fazer regras diferentes para que todos consigam cumprir a brincadeira e, de fato, se divertir.

Mas é claro que isso só é possível porque todo mundo sabe quais são as regras de cada pessoa!

Regras diferentes para pais e filhos?

Criar filhos é como jogar com eles, mas com regras diferentes. Ouvi essa expressão de um especialista em neurociência que lembrou que as crianças não são miniadultos e o cérebro delas funciona de maneira diferente do nosso.

Além de haver áreas do cérebro que ainda não estão formadas ou maduras, existem algumas limitações cognitivas de cunho fisiológico para as crianças. Porém, nós muitas vezes não nos damos conta disso. E o que fazemos?

Queremos que nossos filhos reajam como nós reagiríamos nas diferentes situações do dia a dia. O resultado é estresse para todos: para eles, que recebem uma carga com a qual não conseguem lidar, e para nós, que nos irritamos por eles não darem a resposta esperada.

Não precisamos ser neurocientistas, mas precisamos – ao menos – entender que a criança funciona de maneira diferente de nós. Isso significa que algumas coisas que elas pensam, sentem ou dizem não farão sentido para você. Assim como, algumas de suas expectativas não terão o menor sentido para elas.

“Mas então deixa a criança ser criança e fazer o que quiser?”

CLARO QUE NÃO. Mas ensina a criança, instrui e corrige, com clareza e persistência, sabendo que ela é um ser bastante emocional, que precisa de conexão, repetindo sempre que necessário, não levando as reações erradas para o lado pessoal… enfim, buscando ser um pai e uma mãe consciente de que, muitas vezes, eles só precisam de perguntas mais fáceis ou mesmo uma segunda chance.

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Quem Sou

Sou Melina Pockrandt Robaina, filha de Deus, jornalista e mãe da Manuela (6 anos) e da Ana Júlia (1 ano)

Eu sou Melina, mas pode me chamar de Mel. Amo escrever, amo meu marido, amo minhas três filhas e, acima de tudo, amo Jesus. Moramos na Pensilvânia, nos EUA, e, sempre que consigo, gosto de falar sobre minhas experiências, aprendizados e desafios seja na maternidade, na vida cristã ou como imigrante.

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