Benefícios dos limites e da autoridade na educação de filhos

Ela era uma agente da CIA com uma ótima chefe, mas por infortúnios da vida, foi transferida. A nova chefe, na primeira conversa, já veio com um bonito papo de “aqui não temos hierarquia, escolhemos as missões juntas, os agentes têm autonomia”.

Logo, a espiã começou a fazer missões. Ela ligava para a nova chefe e tudo o que ouvia era: “você acha que tem que fazer? vá em frente! Você que sabe. Você que decide.” O que parecia uma boa independência na verdade gerava uma profunda insegurança.

A antiga chefe dava ordens, direções, aconselhava e, no fim das contas, ajudava a limpar a bagunça das decisões tomadas caso fosse necessário.

Essa era a história de um seriado que eu assistia. Manuela me pediu para eu explicar o que estava acontecendo e eu contei exatamente isso. E completei: “ela está se sentindo insegura porque essa nova chefe não diz o que ela deve ou não fazer”. Aproveitei o ensejo e emendei um papo sério…

Benefícios dos limites e autoridade na criação de filhos

“É como pai e mãe, né, filha? Você prefere que eu deixe você fazer absolutamente tudo que quer do jeito que quer ou prefere que eu coloque regras, ordene os horários e instrua na forma de agir?” Ela logo respondeu: “prefiro que você me oriente”.

Tem gente falando que autoridade é ruim, que dar ordens aos filhos é ultrapassado, que limites e regras “podam” a criança, quando na verdade é o oposto. Limites, ordens e autoridade dão aos filhos um suporte e um guia para que eles cresçam na direção adequada. Aos poucos, eles vão seguindo o seu curso sozinho e esse andaime vai sendo retirado, com segurança, no momento certo, área por área da vida.

Não se deixe enganar: limites geram segurança aos nossos filhos e o bom exercício da autoridade confere proteção. Nem um nem outro impedem a autonomia, pelo contrário, promovem o bom e saudável desenvolvimento de nossos filhos!