No último feriado, fui para o escritório colocar em dia algumas tarefas do trabalho. O meu marido ficou com as meninas. Saí umas 9h e voltei depois das 12h30. Quando cheguei em casa, a primeira coisa que ouvi foi a Manuela falando “o dia está sendo difícil para o papai hoje”. A segunda coisa foi a Ana Júlia chorando.
Peguei a pequena no berço, cheguei na sala e brinquei: “Quero saber o que está acontecendo por aqui!”. Então meu marido começou a falar da Ana Júlia, da Manuela, delas brigando, delas incomodando enquanto ele queria fazer comida, do almoço que a Juju não quis comer, da roupa, do banheiro, da fralda… Gente, eu queria muito falar “bem vindo à minha vida”, mas me contentei em fazer um sorriso sarcástico que traduzia este sentimento.
Ele riu. Eu também! Mas em outros tempos acho que aproveitaria para jogar na cara a “vida difícil de mãe” que eu levo e que ele não daria conta. Mas hoje eu entendo que o fato de a maioria dos homens não darem conta dessa rotina frenética nossa não faz deles melhores ou piores do que nós. Apenas diferentes.
Acho que o grande segredo da convivência entre os casais é lembrar que somos diferentes! Salvo poucas exceções, homens são mais práticos, mulheres mais detalhistas. Homens são mais racionais, mulheres mais emotivas. Homens são focados e acham solução para problemas. Mulheres conseguem fazer várias coisas ao mesmo tempo e conseguem ter mais empatia pelos outros. As habilidades de um não precisam competir com as habilidades do outro. E a falta de alguma habilidade não é defeito, é apenas diferença.
Se a gente começa a ver os homens dessa forma, paramos um pouco com essa guerra dos sexos e passamos a aproveitar melhor o nosso parceiro, pedindo coisas de maneira que ele entenda, incluindo-o em situações que ele poderá resolver melhor do que nós, criando momentos que o valorizem, fazendo-o mais feliz. E de quebra, seremos mais felizes também, pois pararemos de ter expectativas irreais acerca dos nossos maridos e saberemos usufruir ao máximo de quem eles são!
Eu sou Melina, mas pode me chamar de Mel. Amo escrever, amo meu marido, amo minhas três filhas e, acima de tudo, amo Jesus. Moramos na Pensilvânia, nos EUA, e, sempre que consigo, gosto de falar sobre minhas experiências, aprendizados e desafios seja na maternidade, na vida cristã ou como imigrante.
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