Eu já contei aqui no blog como estava sendo para a Manuela a chegada da irmãzinha. Estava tudo belo e formoso, mas de repente tudo mudou! Este mês fizemos o chá da Ana Júlia e acho que, naquele momento, a irmã, que ainda era só uma ideia, se “materializou” para a Manu, que entrou em crise.
Tudo começou na véspera do chá, quando ela fez questão de ir me ajudar a arrumar as coisas da festa. Terminamos de colar o “ANA JÚLIA” na parede e ela falou: “Mamãe, acho que a gente não deveria fazer essa festa porque todo mundo só vai ficar ligando para a Ana Júlia, ninguém vai ligar para mim”.
Expliquei para ela que, na verdade mesmo, a festa era para mim e que todos iam brincar com ela porque a Ana Júlia não poderia interagir. Tudo pareceu se acalmar. Eu nem imaginava o que estava por vir.
Na hora do chá, ela não quis entrar no salão e depois de várias pessoas tentarem, eu precisei ficar uns 20 minutos na casa da minha mãe (o chá foi no salão do prédio dela) conversando e tentando acalmá-la. Ela chorava copiosamente e falava algumas coisas impressionantes para quem só tem 5 anos:
“- Eu queria estar feliz, mas não consigo”
“- Eu não quero que você cuide do bebê. Eu quero você só para mim”
“- Eu não quero uma irmã pequena”
“- Eu já tenho uma amiga!” – Essa foi a resposta quando eu disse que as minhas irmãs eram minhas grandes amigas…
Enfim, esses foram alguns dos argumentos, ou melhor, sentimentos que ela conseguiu discernir e colocar para fora. Tivermos uma conversa longa, muitos abraços, beijos e juras de amor, até que consegui convencê-la a descer comigo para o chá.
O drama maior passou, ela já voltou praticamente ao “normal” que ela estava antes disso, mas confesso que estou um tanto quanto preocupada de como será quando o bebê nascer. Temos tentado valorizá-la, mostrar sua importância como indivíduo e também como irmã, não fazer muito alarde com a chegada da Ana Júlia e ao mesmo tempo não deixar de falar dela. É um verdadeiro malabarismo… Mas derrubar as bolas não é uma opção, né?
Eu sou Melina, mas pode me chamar de Mel. Amo escrever, amo meu marido, amo minhas três filhas e, acima de tudo, amo Jesus. Moramos na Pensilvânia, nos EUA, e, sempre que consigo, gosto de falar sobre minhas experiências, aprendizados e desafios seja na maternidade, na vida cristã ou como imigrante.
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