Para Mães e Pais

As madrugadas da maternidade

20 de outubro de 2015

Dizem que depois que você se torna mãe nunca mais dorme. Acho que é bem verdade!

É claro que, falando sobre sono, a fase mais tensa é a do recém-nascido. Porque não é apenas à noite: o bebê demanda atenção o tempo todo. Engraçado é quando eu falo que um RN dorme cerca de 20 horas por dia, recebo muitos comentários falando “o meu não dormia isso tudo não”. Ele até dormia sim, a única questão é que as quatro horas em que ele tinha “direito de estar acordado”, ele fracionava em 24 vezes. Ou seja, demandava cuidado dia  e noite.

Mas essa fase passa e, logo (se tudo correr bem), o bebê começa a dormir a noite toda. Eu fui abençoada e consegui fazer com as meninas dormissem oito horas por noite desde os primeiros meses de vida. Mas longe de ter voltado a dormir como antes.

Quando a Ana nasceu, Manuela já tinha cinco anos e eu ainda trombava com madrugadas em claro. Algumas vezes por doença, febre, tosses tão intensas que a faziam vomitar; outra vezes, por medo de dormir sozinha.

Hoje Manuela tem seis anos e Ana Júlia, 1 ano e 5 meses. São 5:06 e eu estou acordada desde 2h14. Resolvi trocar os quartos de lugar e, por iniciativa da Manuela (com um incentivo meu), as meninas dormirão em um mesmo quarto, enquanto o outro se tornará lugar de brincar. Nessa mudança, resolvi desmontar o berço da Ana e, essa noite, as duas dormiram no colchão no chão.

Mas a Ana não se adaptou muito bem, acordou, chamou pela irmã. Eu, na ânsia de evitar que a Manuela acordasse, corri para acudir. Não adiantou. Agora, Manuela está na minha cama. Ana voltou a dormir, depois de trocar fralda e mamar há uma hora mais ou menos (não sem antes correr pela casa como se fosse manhã). E eu estou aqui no computador, tomando uma caneca bem grande de café porque amanhã um dia longo me espera.

A maior questão sobre o sono após a maternidade não é que você não vai mais dormir. Você vai dormir, sim! O ponto é a imprevisibilidade. O fato é que você não sabe quando, quanto ou como irá dormir. Lembram na época da escola, na adolescência, que na quarta ou quinta-feira você pensava: “estou muito cansada essa semana. Sábado vou dormir até meio-dia para descansar”? Pois é, isso não existe na maternidade. Você até faz planos, mas não sabe se conseguirá cumpri-los.

Uma febre, uma tosse, uma fralda vazada ou quem sabe apenas um bebê que queira brincar em vez de dormir. Isso tudo pode acontecer a qualquer hora de qualquer madrugada e transformar uma noite tranquila de oito horas em uma noite de mãe: alguns momentos em que uma mulher fecha os olhos rapidamente e é suficiente para carregar a bateria pelo menos no nível mínimo para aguentar mais um dia.

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Quem sou

Sou Melina Pockrandt Robaina, filha de Deus, jornalista e mãe da Manuela (6 anos) e da Ana Júlia (1 ano)

Eu sou Melina, mas pode me chamar de Mel. Amo escrever, amo meu marido, amo minhas três filhas e, acima de tudo, amo Jesus. Moramos na Pensilvânia, nos EUA, e, sempre que consigo, gosto de falar sobre minhas experiências, aprendizados e desafios seja na maternidade, na vida cristã ou como imigrante.

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