Há três semanas, as meninas ganharam um coelho de estimação. Foram dezenas de perguntas lá no Instagram, então vou responder aqui tudo o que aprendemos sobre ter um coelho como animal de estimação.
Antes de mais nada, é importante frisar que a Lola veio para nossa casa já adulta, com 2 anos e meio, aproximadamente. Isso significa que muitas coisas que estamos vivendo com ela podem ser diferente com um coelho filhote!
A Manuela está fixada pedindo um gato há uns três anos. A Ana Júlia queria um cachorro e recentemente pediu um coelho. Eu já tinha avisado que nós não iríamos ter animal de estimação tão cedo, até que eu quisesse cuidar!
Há uns três anos, nós compramos um hamster e elas não cuidavam a contento. Tivemos que dar para alguém mais cuidadoso. Então, elas não tinha muito crédito comigo.
Mas daí um casal de amigos estava precisando se desfazer da Lola e queria um lar conhecido para doá-la. Na hora eu pesquisei sobre os cuidados com a espécie/ raça e achei que poderia ser viável para nós.
Conversei com as crianças explicando todas as atribuições que elas teriam, caso eu dissesse sim e elas super assumiram o compromisso. Foi assim que optamos por pegar a Lola.
A Lola é um mini coelho lion head: tem um pêlo bem longo, especialmente atrás da cabeça.
Isso significa que ele precisa ser escovado todos os dias para não fazer nó. Ela veio já adulta sem esse hábito, os antigos donos a tosavam periodicamente – o que não é necessário segundo os criadores.
Mas como ela não tem o hábito de escovar, ainda não conseguimos fazer isso sem ela ficar nervosa! Provavelmente teremos que tosar uma primeira vez e, então, ir colocando o hábito.
Pelo que eu li, a nossa raça – lion head – não precisa tosar. Mas pode ser que outras precisem.
O coelho, em geral, não precisa dar banho porque ele mesmo se limpa, tipo gato.
Aqui solta um pouco de pelo, mas achei bem pouco.
Até agora, eu percebi que fedida é a gaiola suja. Se não limpar, fica fedido mesmo. Mas aqui tem sido limpa uma vez por semana e eu não sinto cheio.
A gaiola dela fica bem perto da minha mesa de trabalho e não sinto cheiro ruim!
Outra coisa importante que afeta o cheiro: a alimentação e como você forra a gaiola. Parece que se o coelho consome muitos legumes e frutas, a urina e as fezes ficam mais fedidas. Aqui, ela come bastante ração própria para coelhos. E uma vez por dia a gente dá alguma coisa extra: folha de couve, cenoura, etc. Outra coisa que ela come todos os dias é feno, que ajuda a regular o intestino.
Muita gente, inclusive, coloca o feno para forrar a gaiola, mas daí ele absorve o xixi, mistura o cocô e depois o bicho come? Não acho legal, além de fedido, rs.
Aqui a gente seguiu a dica dos antigos donos, colocamos aquele granulado de madeira tipo de gato no fundo da gaiola. Por cima, tem um daqueles tapetes/ grade higiênico, que é de plástico, furadinho. Assim o cocô desce e não fica sendo pisoteado pelo coelho. O xixi é absorvido pelo granulado e não fica cheiro forte.
Segundo alguns criadores, é possível treinar o coelho para fazer no lugar certo.
Aqui ela já veio adulta e está acostumada a fazer xixi no canto da gaiola. Mas aqui em casa ela tem mais espaço para ficar solta, então, ainda não sabemos se ela tem essa consciência de “voltar para a gaiola” para fazer suas necessidades. Aparentemente sim. Nunca pegamos xixi fora do lugar.
Sobre o cocô, ela faz bastante. Mas pela quantidade de tempo que fica solta, achei relativamente pouca às vezes que ela fez cocô fora do lugar.
O fator base que me fez decidir aceitar a coelha foi o que li em um site especializado: a gaiola é proteção para o coelho. Ele vai ficar solto em períodos do dia sob supervisão obrigatória!
Então, a gente libera ela vários momentos do dia, mas só sob supervisão. Depois volta pra gaiola. Eu não me sinto mal porque é comum a gente deixá-la solta, ela brincar bem pouquinho e logo ficar deitadinha num canto.
A gaiola é bem grande, mas a gente quer pensar num espaço um pouco maior. Estamos pensando nisso ainda.
Rói tudo o que você deixar ao alcance e der bobeira. Aí está a questão da segurança porque ela pode acabar roendo fios elétricos e acabar se machucando!
Aqui é médio! Um pouco. Bem menos do que a Ana Júlia queria por exemplo. Ela não gosta que fique pegando. Gosta de “cavocar”, então as crianças se assustam. E a gente ainda não teve coragem de pegar no colo porque ela rosna, rs. Inclusive já mordeu a gente, mas de levinho, nem dói. É mais o susto! Mas é para dizer que não está gostando de algo.
Eu sou Melina, mas pode me chamar de Mel. Amo escrever, amo meu marido, amo minhas três filhas e, acima de tudo, amo Jesus. Moramos na Pensilvânia, nos EUA, e, sempre que consigo, gosto de falar sobre minhas experiências, aprendizados e desafios seja na maternidade, na vida cristã ou como imigrante.
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