Para Mães e Pais após o parto

As coisas que as mães sentem após o parto

10 de janeiro de 2018

O pós-parto é um momento turbulento de adaptação para mãe e bebê. As mudança somadas à privação de sono e os hormônios do puerpério fazem com que nós, mulheres, tenhamos sentimentos confusos sobre aquilo que deveria ser o momento mais feliz de nossas vidas. Conheço mulheres que planejaram por anos terem filhos e, de repente, se encontram pensando “por que eu quis isso mesmo?”.

A boa notícia é que esses pensamentos são mais comuns do que a gente imagina. Mas se fala pouco sobre o tema porque muita gente se sente mal em verbalizar esses sentimentos: 1. por medo do julgamento e 2. porque a gente não consegue entender muito bem de onde ele vem. E verbalizá-lo parece que o tornará real.

Mas, porque sofremos caladas, acabamos levando outras mulheres a sofrerem por acharem que são as únicas nesse turbilhão de sentimento tão feios. Mas ninguém está sozinha nessa.

Então, se você é uma mãe de recém-nascido e tem se pegado pensando coisas que parecem ruins, tenho três recados para você:

1. Não é o seu coração falando. São os hormônios + a privação de sono. O seu amor não é medido pela presença ou ausência desses pensamentos.

2. Esses pensamentos se tornarão cada vez menos frequentes à medida que você se adaptar melhor à rotina que a chegada do bebê trouxe a você.

3. Se você se sentir presa nos pensamentos negativos sem achar forças para sair deles, procure ajuda médica.

Alguns dos pensamentos comuns à maioria das mulheres após o parto

– Por que eu quis ser mãe? O que eu fui fazer? Minha vida nunca mais será a mesma.
Você quis ser mãe porque é maravilhoso. E a sua vida nunca mais será a mesma de verdade. Vai ser melhor! Você vai aprender a lidar com toda essa rotina louca e diferente. Mas principalmente, vai aprender a amar essa rotina louca e diferente. Além do mais, logo essas crianças crescem e você volta para a agenda que a vida com filhos não poderia ter.

– Será que estou fazendo tudo errado mesmo? Já que todo mundo tem um palpite melhor para dar?
Os palpites sempre vão aparecer de todos os lados. Eles podem até ajudar, mas cabe a você avaliar o que acha relevante. O bebê é seu, você tem a capacidade de cuidar dele. Acredite mais em você! 

– Será que é normal ele chorar tanto?
Bebês choram e a gente fica meio desesperado quando acontecem as primeiras crises. É normal! Colo, carinho, amor e leite materno tendem a ser o melhor remédio. E mesmo assim o choro pode durar bastante. Vai dar tudo certo! Se algo parecer muito errado para você, procure o médico.

– Quero chorar!
Todas nós queremos – e choramos – muitas vezes. Quando estamos no banho, deitadas na cama, no quarto amamentando. A gente chora o cansaço, as dúvidas, as dores… E chorar faz bem!

– Não sei se já amo com todo aquele amor que as pessoas falam
Talvez você olhe para o seu bebê e pense “ok, eu o amo. Mas não entendi ainda esta história de incondicional e incomparável”. É normal. O amor vai crescer ao longo do tempo. Acontece com muitas pessoas!

– Não vou dar conta
Por mais que pareça que não, acredite: você vai dar conta, sim! Ser mãe te mostrará que você é mais forte do que jamais imaginou. Tem dias que você vai pensar “eu estou tão cansada que, se ele chorar de madrugada, eu não vou conseguir levantar” e mesmo assim você acordará e dará de mamar.  Quando você achar que chegou ao limite das suas forças, da sua paciência, da sua capacidade, verá que pode ir mais além, mesmo que seja difícil, você vai conseguir!

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Comentários

  1. Natália disse:

    Eu senti tanto meu pós parto, não me encontrava. Todos ao meu lado só sabiam dizer que eu tinha sorte pois meu bebê é lindo e meu marido é pai mesmo sabe. Mas o puerperio é isso mesmo, uma confusão de hormônios e sentimentos. Na época li o livro Maternidade Descomplica, seu conteúdo é as dicas do livro . Tornaram as coisas mais fáceis.
    Quem quiser o livro vou deixar o link aqui.

    https://bit.ly/3PVR0tJ

    Obrigada!

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Quem Sou

Sou Melina Pockrandt Robaina, filha de Deus, jornalista e mãe da Manuela (6 anos) e da Ana Júlia (1 ano)

Eu sou Melina, mas pode me chamar de Mel. Amo escrever, amo meu marido, amo minhas três filhas e, acima de tudo, amo Jesus. Moramos na Pensilvânia, nos EUA, e, sempre que consigo, gosto de falar sobre minhas experiências, aprendizados e desafios seja na maternidade, na vida cristã ou como imigrante.

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