Contei outro dia no instagram algo que vi aqui nos EUA – algo bastante comum aliás: crianças pequenas bem comportadas durante o culto.
“Culto? Como ensinar meu filho a se comportar na igreja?”
Em um dos primeiros cultos que fomos, sentou perto de nós uma família com 5 filhos. Casal jovem. Não deviam ter mais de 35 anos (acho que ainda menos). O mais novo, bebê, dormia no bebê conforto. Os demais estavam no banco com os pais: a menor deveria ter entre 1 ano e meio e dois anos; a mais velha não tinha mais que 5 anos.
Algumas coisas me chamaram a atenção:
1. As crianças estavam com os pais no louvor, mesmo a igreja disponibilizando salinha desde o início do culto. Ou seja, os pais OPTARAM por manter cinco crianças com eles naquele momento do culto.
2. Todas as crianças estavam em seus lugares. A menor era a única que a mãe estava “segurando” (ela não deixava sair para o corredor). Nenhuma criança subia nos bancos, corriam pela igreja, faziam bagunça, saiam dos lugares. Eles estavam participando. Os dois mais velhos cantavam as músicas, olhavam para o palco. Às vezes sentavam, às vezes de pé, mas participavam!
3. Eles não pareciam de maneira nenhuma infelizes. Eles estavam bem e alegres. E conectados aos pais amorosamente.
4. Mais tarde, a mãe saiu com três mais velhos para o ministério infantil. Eles foram todos de mãos dadas sem desespero, correria ou alarde.
5. A menina novinha que ficou com os pais no culto não fez bagunça durante a palavra inteira. Ela saia do lugar (ficava em pé em frente ao banco), mas ficou se divertindo quietinha com – pasme! (contém ironia) – um livro.
Eu ouço muita gente achando um absurdo que as crianças sigam regras de convivência em ambientes diferentes (como igreja, restaurante etc).
Sinceramente, não consigo entender. A gente acha que as crianças devem ter liberdade para fazerem “o que querem”, “serem criança”, mas depois ficam sofrendo com “meu filho não estuda”, “meu filho não quer ajudar com as tarefas de casa”, “não consigo fazer meu filho me ouvir”…
Criança merece ser criança. E ser criança significa ser imaturo e precisar de pais que ensinem como é o bem viver – seja na igreja, seja no parque, seja no restaurante, seja na sala de casa. É possível! E elas merecem!
Quando postei esse conteúdo lá no instagram, recebi muitas mensagens raivosas de gente que acha que criança não deve “ser obrigada” a ter determinados comportamentos em ambientes sociais distintos: como exigir silêncio na igreja ou que a criança fique sentada num restaurante (lembrei do post O engano por trás do “não obrigo meu filho a fazer o que não quer”).
Porém, a despeito dos comentários ofensivos e discordantes, recebi também muitas mensagens de gente sincera dizendo “eu concordo com isso, mas não sei como fazer”. Por isso, resolvi gravar um vídeo explicando um pouco do meu ponto de vista e como a gente pode começar a ajudar nossos filhos ainda pequenos dentro de casa.
Eu sou Melina, mas pode me chamar de Mel. Amo escrever, amo meu marido, amo minhas três filhas e, acima de tudo, amo Jesus. Moramos na Pensilvânia, nos EUA, e, sempre que consigo, gosto de falar sobre minhas experiências, aprendizados e desafios seja na maternidade, na vida cristã ou como imigrante.
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