Lá em Casa

Consumismo, comparação e ingratidão

12 de agosto de 2012

Gente, eu não sei se é uma fase ou se é consequência de algum erro, mas eu estou passando um momento complicado em que a Manuela parece estar sempre insatisfeita com tudo o que ela ganha ou tem.

Primeiramente, ela quer absolutamente TUDO o que ela vê nas propagandas de TV. E para vocês entenderem que eu não estou brincando, ela já pediu para mim até o Pato Gel Adesivo e o Vanish Poder O2, cujos comerciais também passam no Discovery Kids. Sendo assim, é claro que ela quer todos os brinquedos. Outro dia, viu uma propaganda do Hot Wheels e disse: “- Mamãe, vamos comprar para meu irmão”. Detalhe: ela não tem irmão.

Com tudo isso, eu constantemente busco ensinar que não dá para ter tudo, tento dar uma leve noção de educação financeira, de esperar, de escolher um presente para uma data especial etc e tal. Mas não é fácil. Principalmente, não é fácil para mim, como mãe, dizer “não” para um pedido dela. Entretanto, como até já falei em outro post, mesmo que eu tivesse condições financeiras de comprar tudo o que ela pede, eu não o faria por questões óbvias.

Nessa mesma onda consumista, a Manuela também quer tudo que as amigas têm. O que me tira do sério porque ela não percebe que assim como as colegas da escola têm brinquedos diferentes, ela também tem brinquedos que as coleguinhas não têm. Ou seja, há dois lados da moeda. Além disso, há brinquedos que eu simplesmente não quero que ela tenha, como é o caso dessas bonecas Monster High, que eu não acho que sejam uma boa ideia de brincadeira para a Manuela…

Se tudo isso não bastasse, há ainda a ingratidão. Parece que nada é bom o suficiente ou do jeito que ela queria. Comentei em outro post que a Manuela ganhou a tão desejada Barbie Vida de Sereia 2, que queria porque sua coleguinha da escola tem. No dia que ganhou o presente, brincamos na água e o cabelo da boneca ficou molhado. Acreditam que, depois de um tempo, ela pegou a Barbie e falou: “A Barbie da fulana  tem o cabelo sequinho”. Mesmo sendo exatamente o mesmo brinquedo, nem assim está suficiente para ela.

O último caso de ingratidão aconteceu essa semana. Ela tem uns bonequinhos do My Little Pony, pequenininhos, e outro dia comentou que queria a Twilight Sparkle. Eu comprei, quando ela abriu o pacote de presente, a primeira coisa que falou foi: “Eu queria grande para não perder”.

Sério, quase surtei. Falei que ela nem tinha agradecido, que a primeira coisa que falou foi uma reclamação e que, por isso, eu iria devolver o Pony para a loja. Ela chegou a pedir para eu dar para ela novamente e eu disse que como ela não gostou e não foi agradecida pelo que ganhou, o brinquedo não seria dela. Não sei se vai surtir o efeito desejado, mas essa foi a maneira que pensei em ensinar a Manuela a dar valor às coisas e ser agradecida pelo que tem e ganha… Tomara que funcione.

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Quem Sou

Sou Melina Pockrandt Robaina, filha de Deus, jornalista e mãe da Manuela (6 anos) e da Ana Júlia (1 ano)

Eu sou Melina, mas pode me chamar de Mel. Amo escrever, amo meu marido, amo minhas três filhas e, acima de tudo, amo Jesus. Moramos na Pensilvânia, nos EUA, e, sempre que consigo, gosto de falar sobre minhas experiências, aprendizados e desafios seja na maternidade, na vida cristã ou como imigrante.

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