Ah, a educação pelo exemplo!
Lembro até hoje do dia em que a Manuela, com pouco mais de 1 ano, estava quase engolindo uma presilha de cabelo. Levei um susto, tirei dela e fiquei confusa porque ela não tinha mais o hábito de colocar coisas na boca.
Alguns dias depois, entendi a situação. Flagrei-me segurando o tic-tac com a boca enquanto arrumava o seu cabelo. O exemplo sempre vai falar mais alto que qualquer regra, limite ou consequência.
É claro que sou fã dos limites e consequências. Tenho estudado sobre psicologia do desenvolvimento infantil e os teóricos clássicos da educação sempre apontam que o aprendizado vem pela interação da criança com o ambiente.
Ainda mais, os chamados behavioristas defendem que a resposta do meio à uma ação da criança funciona como um reforço positivo (fortalecendo o comportamento) ou negativo (ajudando na remoção do comportamento). Os cognitivistas reforçam que o acúmulo dessas respostas (a repetição delas) se reflete no desenvolvimento da aprendizagem.
Ou seja, sim: consequências para as ações ajudam a criança a aprender!
Porém, mais do que simplesmente “sofrer” por suas ações erradas, a criança pode aprender pelo exemplo, pela observação do ambiente! Albert Bandura, pesquisador da teoria da aprendizagem social/ observacional (ou seja, por aquilo que a criança vê os outros fazerem), falou uma frase que marcou muito por aqui – e reforçou ainda mais a importância de sermos ótimos modelos para nossos filhos:
“Lidar com as demandas da vida cotidiana seria penoso em excesso se só pudéssemos chegar às soluções para os problemas realmente executando as possíveis opções e sofrendo as consequências.”
Seja um bom exemplo para que seu filho te imite e as consequências de ações erradas sejam cada vez menos frequentes em sua casa.
Não porque elas não sejam educativas (são sim), mas porque não somos obrigados a aprender apenas com experiências ruins; podemos (nós e nossos filhos) aprender pela observação de outros, especialmente os que admiramos.
Com educação pelo exemplo, a vida fica muito mais leve para todo mundo!
Eu sou Melina, mas pode me chamar de Mel. Moro em Curitiba (PR), sou jornalista, empresária e mãe de duas meninas maravilhosas: Manuela, 11 anos, e Ana Júlia, 6 anos. Um dos meus maiores alvos é tornar a vida mais simples e leve todos os dias.
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