Filhos: os primeiros e (mais difíceis) discípulos

A Bíblia diz que nós devemos fazer discípulos de todos os lugares. Não pessoas que nos sigam, mas que sigam a Jesus e os seus ensinamentos. E os nossos primeiros discípulos são os nossos filhos. Eles são as primeiras pessoas que educamos e ensinamos no caminho certo! Mas ao mesmo tempo são os mais difíceis!

Afinal, é muito fácil fazer coisas certas e ser exemplo na frente de outras pessoas, mas quando a gente chega em casa é que o “bicho pega”. Ali, nós mostramos nossos principais defeitos, o novo verdadeiro caráter, quem somos sem nenhuma máscara.

Nossos filhos nos conhecem na nossa maior intimidade. Como gritamos quando perdemos a paciência; como somos grosseiros quando estamos de mau-humor; como administramos os recursos que temos (eles veem se separamos o lixo ou desperdiçamos comida). Quantos pais já disseram para seus filhos: “fala que eu não estou”? Tudo isso, a gente disfarça lá fora, né? Mas eles conhecem a essência! Por isso, ensinar nossos filhos o que é certo é o mais difícil, pois o exemplo fala mais que mil palavras.

Ao mesmo tempo, isso pode ser uma coisa boa. Pois, apesar de errar muito, a intimidade do lar também é o lugar para ensinar sobre o conserto: pedir desculpas, buscar reconciliação e perdoar. É um processo tão difícil que também precisa ser aprendido pelo exemplo constante.

Enfim, estou divagando sobre essas coisas porque precisei ensinar a Manuela esses dias sobre fidelidade: sobre fazer a coisa certa, mesmo quando eu ou papai não estamos olhando e não ficaremos sabendo. Ela foi à casa de uma amiga e assistiu a um programa que não achamos adequado. Essa semana (um mês depois), ela contou que assistiu e aproveitei a brecha para explicar sobre como devemos ser fieis aos princípios que aprendemos e nos quais acreditamos em todo o tempo, mesmo quando estamos sozinhos.

Não é fácil, mas ninguém disse que seria. Entretanto, estamos jogando as sementes e espero que ela possa colher os frutos disso ao longo de sua vida!