Existe uma expressão norte-americana que inspirou esse post. Trophy wife (esposa-troféu) é um termo pejorativo utilizado para falar sobre as esposas jovens e extremamente bonitas (mas nem sempre inteligentes), casadas com homens ricos e mais velhos. Segundo os usuários desse termos, esses homens escolheram essas mulheres, para poderem expô-las como troféus às pessoas de seu relacionamento.
Nós, mães, fazemos o mesmo com nossos filhos, mesmo que seja de forma não-premeditada. Pensamos em mil e uma formas de usá-los como nossos troféus. (E, se você parar para pensar, até que é justo pois qualquer mulher que passa pela gravidez e pelo parto merece ser chamada de campeã!).
Queremos sempre apresentá-los com as melhores roupas e impecáveis. Além de fazer o máximo para contar sobre cada conquista e habilidade adquirida. Mas, se quisermos prezar pelo equilíbrio emocional dos pequenos – e nosso também -, precisamos tomar cuidado com nossas atitudes.
Na nossa neurose com as roupas, por exemplo, ficamos censurando os nossos filhos quando eles se sujam ou “desmontam” a arrumação. Mas, sem querer remeter ao slogan do OMO, se sujar é coisa de criança e faz parte da exploração natural e descoberta das diferentes idades.
A Manuela ainda não se suja brincando por aí, porque não anda sozinha. Mas suja a roupa quando come e acaba me sujando também… E agora já estou desencanando disso. Quando ela era bem bebê, por outro lado, ela regurgitava bastante e eu ficava frustradíssima se sujasse as roupinhas lindas que ela estava vestindo. Por isso, gastei uma grana com babadores super lindos, que combinavam com os modelitos. Assim, quando um sujava trocava por outro ou deixava só com a roupa original, limpinha.
Só que, na verdade, poucas pessoas reparam ou dizem alguma coisa sobre a roupa que você lutou tanto para mostrar. E, pior, por causa dessa neura, deixei de usar muitas roupas que considerava “de sair”, pois quando apareceu uma ocasião oportuna, as peças não cabiam mais.
É claro que a gente tem roupinhas super especiais (e caras) que não queremos que sejam usadas para brincar em casa, mas precisamos ser equilibradas em tudo! As crianças precisam saber que são amadas e importantes por quem elas são e não pelo que fazem ou pelo que vestem.
Quando aprendermos que nossos filhos são nossas crianças e não nossos troféus e que não precisam de polimento constante, seremos mães mais felizes, reconhecendo o brilho natural de nossos pequenos e criando pessoas mais saudáveis emocionalmente!
Eu sou Melina, mas pode me chamar de Mel. Amo escrever, amo meu marido, amo minhas três filhas e, acima de tudo, amo Jesus. Moramos na Pensilvânia, nos EUA, e, sempre que consigo, gosto de falar sobre minhas experiências, aprendizados e desafios seja na maternidade, na vida cristã ou como imigrante.
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