Como contei em alguns posts, a Abigail começou a fazer acompanhamento com a fonoaudióloga porque achei que estava com um atraso de fala.
Segundo o CDC aqui dos EUA, o bebê aos 15 meses (1 ano e 3 meses) precisaria estar falando uma ou duas palavras além de “mama” ou “papa”. Com um ano, já deve estar chamando os pais com alguma palavra própria.
A Abigail, com pouco mais de um ano, ainda não tinha palavras intencionais. Houve uma época em que ela falava o mama, mas parou. E também teve uma fase do auau (para o cachorrinho de pelúcia), mas também teve fim.
Por isso, eu conversei com a coordenadora do programa de early intervention (aquele que atende ela com a fisioterapia, lembra desse post?) e ela disse que poderia incluir a fonoaudiologia para a Abigail. Fiquei muito feliz principalmente pela questão da frenectomia.
Depois que eu postei aqui e nas redes sociais sobre a frenectomia da Abigail, recebi algumas indicações de perfis de profissionais brasileiros que falam sobre o tema e comecei a acompanhar.
Com isso, percebi que houve uma falha por aqui depois que a Abigail fez o procedimento. Ao contrário do que esses profissionais estavam indicando (e faz o maior sentido), ela não fez nenhum tipo de reabilitação oral após a frenectomia (com a intenção de ajudar no funcionamento da língua). Eu vejo alguns “sintomas” que me incomodam, como o ainda excesso de baba, um pouco de engasgo enventual, movimentação da língua um pouco limitada (quase nunca coloca para fora), entre outros.
Então, eu li sobre todas essas questões e trouxe para a fonoaudióloga na consulta. Gente, se em português não é fácil quando lidamos com um profissional que não é especialista no assunto, imagina em inglês. Eu vi que ela entendeu minhas preocupações, mas, quando o tema é freio de língua, ou a pessoa entende e é atualizada ou parece papo de louco, rs.
Felizmente, ela realmente me ouviu e tem buscado observar a Abigail nas sessões e oferecer o melhor para ela. Sei que tem muita coisa que ela deveria fazer, mas que não tem o conhecimento. Então, eu faço o que posso como mãe, “cutuco” um pouco a profissional e busco fazer o melhor com o que eu tenho à disposição.
Atualização: a gente já finalizou as sessões quando a Abigail estava com 1 ano e 8 meses. A fonoaudióloga não ajudou com a questão da língua como eu gostaria. A Abigail até hoje – 2 anos e 1 mês – tem uma tendência a ficar de boca aberta e língua no posicionamento incorreto (no “chão” da boca). Com viagem programada para o Brasil, iremos fazer nova frenectomia lá e espero contatar um bom fonoaudólogo que entenda dessas questões para nos ajudar!
As sessões com essa fono são basicamente brincando e estimulando a fala.
Desde a primeira sessão, começamos a trabalhar “bó” para falar “bola” e “papá” com um sinal (linguagem de sinais). E na semana seguinte, ela já estava falando essas duas palavras.
Temos tentado expandir o vocabulário, mas a fono já notou algumas limitações em alguns fonemas. Também observou alguns dos sintomas que me preocupavam em relação à língua e tem tentado me ajudar com estimulação que eu devo fazer na Abigail diariamente. Além de alguns sons que eu preciso estimular também, especialmente do m.
Sério, gente, parece meme. Eu digo: “Abigail, fala mamãe, ma-mã, mã” e ela responde papai. Hahahahahahaha
Eu noto que ela está tentando, mas solta o som que consegue em substituição daquele que não consegue.
Depois de um mês com a fono, já temos um mini vocabulário de palavras/ sons intencionais que a Abigail está falando. Eu vou escrever aqui mais para registro pessoal mesmo (a vantagem de se ter um blog) o que ela estava falando assim que completou 1 ano e 3 meses:
Não, não temos mamãe ainda. Ainda bem que sou bem resolvida com essas coisas, rs
Atualização: depois de 1 ano e 6 meses, aproximadamente, Abigail evoluiu demais. Hoje, com 2 anos e 1 mês, já faz frases com 4 ou mais palavras. Consegue comunicar coisas que viveu, o que aconteceu quando alguém não estava presente, relembra fatos e entende plenamente o que falamos! É otimo, especialmente, nesse processo educativo dos “pode/ não pode” :)
Em relação à fala, tenho zero preocupação agora! Só realmente quero visitar uma fono especializada no Brasil para nos ajudar com a questão da língua pós-frenectomia.
Eu sou Melina, mas pode me chamar de Mel. Amo escrever, amo meu marido, amo minhas três filhas e, acima de tudo, amo Jesus. Moramos na Pensilvânia, nos EUA, e, sempre que consigo, gosto de falar sobre minhas experiências, aprendizados e desafios seja na maternidade, na vida cristã ou como imigrante.
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