Há algum tempo, aproveitamos um sábado para passear em Ponta Grossa com crianças, cidade que fica a mais ou menos uma hora de Curitiba. É um lugar com vários pontos turísticos naturais. Tínhamos como plano ir e voltar no mesmo dia e visitar o Parque Estadual de Vila Velha (arenitos e furnas), ver as Pinturas Rupestres e o Museu Arqueológico (lembram da fascinação da Manuela pelo tema, né?).
A parte das pinturas rupestres precisou ficar para outro dia. Provavelmente, irei só com a Manuela. Além de o lugar ser muito longe de Vila Velha – o que inviabilizaria a ida nos dois lugares no mesmo dia –, é preciso fazer uma trilha, o que será muito difícil com o carrinho da Ana Júlia.
Chegamos por volta das 10h. Primeiro, precisamos assistir a uma pequena apresentação sobre o parque. Depois podemos escolher o passeio que faremos. Por questão dos horários, optamos fazer primeiro Furnas, que dura cerca de 90 minutos. O ônibus nos leva até o local, passeamos por uma trilha onde podemos ver duas furnas com 50 metros de profundidade. Depois o ônibus nos leva até à Lagoa Dourada, lugar lindo que dá para ver o fundo. Ali, o passeio é bem rápido.
Era possível voltar ao centro de visitantes ou ir direto aos Arenitos, fomos direto. Esse passeio é mais longo e cansativo. A primeira parte dura cerca de 40 minutos de caminhada. A trilha passeia entre as construções naturais de pedra e é muito bacana brincar com as crianças de encontrar as figuras nos formatos exóticos das rochas.
Quem quiser pode andar mais um pouco numa trilha mais longa, mas a gente estava tão cansado e a Manuela já estava reclamando, por isso nem cogitamos esta hipótese.
Saímos do parque e fomos para o centro da cidade de Ponta Grossa, alguns quilômetros mais à frente. Almoçamos e fomos ao Museu, para alegria da Manuela. Ele é pequeno, uma casa com três cômodos, um para cada exposição fixa: Egito – vida e cotidiano, Egito – morte e religião e Povos Pré-Colombianos.
Eu achei muito bacana os objetos expostos, principalmente os que mostram o cotidiano, como os espelhos de bronze e a penugem usada para abanar o faraó. Na parte da morte, tinha múmia, sarcófagos e até um bilhete de um embalsamador falando que recebeu o corpo e dizendo o prazo para envio do trabalho final.
Para completar o ambiente, em frente à construção há um lago artificial com flor-de-lótus e plantas de papiro. A senhora que cuida do museu ainda fez questão de alimentar os peixes para que a Manuela pudesse ver. Imagina a alegria, né?
Apesar de a Ana Júlia já andar, não é um passeio que ela possa fazer caminhando (nem no colo). Todos ficamos muito cansados. Por isso, levamos o carrinho.
Na sede dos visitantes (a chegada do parque), há estacionamento e lanchonete, além de uma exposição de fotos do parque. Ali é tranquilo o tráfego do carrinho. O ônibus é adaptado para necessidades especiais, então dá para entrar com o carrinho e ficar na área de cadeira de rodas (se não houver nenhum cadeirante).
A parte das furnas é o lugar mais difícil porque há vários degraus que dificultam a passagem com o carrinho. Na Lagoa Dourada e nos Arenitos, é tranquilo, há trilha, sem degraus, de fácil circulação.
Não acho que a Ana Júlia tenha aproveitado. Ela praticamente dormiu o passeio inteiro e quando estava acordada queria sair do carrinho. Mas carregá-la no colo não era uma opção, devido ao peso, sol, cansaço etc e tal.
Mesmo com tudo isso, o passeio foi muito gostoso. A Manuela voltou para casa falando que foi “o melhor dia de todos”.
Eu sou Melina, mas pode me chamar de Mel. Amo escrever, amo meu marido, amo minhas três filhas e, acima de tudo, amo Jesus. Moramos na Pensilvânia, nos EUA, e, sempre que consigo, gosto de falar sobre minhas experiências, aprendizados e desafios seja na maternidade, na vida cristã ou como imigrante.
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