Lá em Casa minha filha prefere o pai

Minha filha preferiu que o pai (em vez de mim) fosse na apresentação da escola (e tudo bem!)

4 de dezembro de 2017

Manuela, quase 9 anos, teve a apresentação de encerramento da escola na semana passada. Como seria uma dinâmica em sala de aula, que tem um espaço limitado, a escola orientou que apenas um adulto fosse de cada família.

Ela chegou para mim e falou: “Mamãe, só pode ir um adulto por criança. Posso levar o papai?”

CLARO!

E sem ressentimentos. De verdade.

Compartilhei essa história no Facebook e muita gente comentou sobre o tema. Mas eu realmente não achei essa situação ruim.

Lááááááá atrás, quando a Manuela era pequenininha, eu tinha ciúme do meu marido. Hoje isso não acontece mais com nenhuma das duas filhas.

Na verdade, fiquei muito feliz com essa situação. Listo os motivos abaixo:

Minha filha ama a presença do pai

Quantas vezes o pai é tão chato que as crianças não o querem por perto? Ou tão ausente que não faz falta? Saber que o pai é querido por minha filha é um bom sinal, ao meu ver. Para mim, mostra que ele tem feito um bom trabalho.

Eu sempre estou presente

Nunca perdi nenhuma das apresentações escolares. Já meu marido perdeu até apresentação de Dia dos Pais por causa de viagens de trabalho. Deixe ele aproveitar quando pode, né?

O esforço dele foi lindo

O horário da apresentação era na mesma hora que ele sai do trabalho, ou seja, não era fácil para ele estar lá. Com esforço, ele conseguiu e ela se sentiu amada e honrada pela presença dele.

Graças a Deus temos celulares

A gente tem tecnologia, né? Ele gravou tudo e eu pude ver depois!

Um pouquinho de paz

Falando do lado “menas mãe”, eu tive a paz de não precisa sair correndo do trabalho (na segunda vez na semana – porque a apresentação da Ana foi dois dias antes) para ir à apresentação, rs.

Estou fazendo um bom trabalho

Toda essa situação me fez ver que estou fazendo um bom trabalho. Digo isso por duas razões. A primeira é pela tranquilidade com que a Manuela falou isso para mim. Ela não teve medo, vergonha nem ficou preocupada. Isso mostra que tenho transmitido para ela que tenho equilíbrio emocional (ainda que seja difícil atingir esse equilíbrio todos os dias, rs).

A segunda razão é: coloquei meu marido no lugar certo. A psicologia afirma que é a mãe que coloca o pai no lugar dele. A criança nasce com o vínculo natural na mãe, é responsabilidade da mulher afirmar para o filho, ainda bebê, a presença e importância do pai e, ao longo da infância, reforçar esse papel (que deve ser correspondido pelo homem, é claro!). Saber que minhas filhas respeitam, amam e gostam da presença do pai me faz entender que também tenho sido bem-sucedida nessa missão.

Ah, e para concluir, foi super legal ver a razão pela qual a Manuela quis chamar o pai: “Mamãe, a gente fez um jornal. E o papai ama jornal!” Fofa, né? Tudo bem que eu sou jornalista e ela ignorou esse fato! Hahahaha.

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Comentários

  1. luana disse:

    Olá, eu não sei lidar com uma situação desta. Minha filha prefere o pai. Eu choro muito com tudo isso. Até penso em procurar ajuda. Tudo que eu queria é que ela me amasse. Eu amo tanto ela, que meu coração chega a doer..Como pode ser assim, sou eu que faço tudo por ela, brinco, levo a escola, faço janta, dou banho, compro presentes, faço festa de aniversario, levo ao shopping, a natação..aff porque meu Deus ela escolhe ele..#muitotriste

    1. Melina disse:

      Agradeça a Deus que ela tem um pai legal, que é digno desse amor. É o pai que ajuda no desenvolvimento psicológico em vários aspectos das meninas. Por isso, essa relação é extremamente importante. Você não deve querer COMPETIR com ele, ela tem amor suficiente para todo mundo do próprio jeito dela. O que você faz para ela não é PARA ELA TE AMAR, mas porque VOCÊ A AMA. Não confunda as coisas. Você não pode precisar do amor e da aprovação da sua filha para se sentir amada, aceita, uma pessoa de valor. É o contrário!

  2. Dayana disse:

    Hoje o meu filho de 5 anos não quis entrar na escola comigo, desci do carro, peguei a bolsa, o chamei, meu marido vinha dirigindo e ele simplesmente começou a chorar sem descer, pedindo para o pai ir deixá-lo, entrei no carro novamente e meu marido foi deixá-lo na sala de aula, cai no choro, meu marido voltou eu estava desabando…ele achou isso uma besteira, eu não!
    Me senti péssima, rejeitada, excluída…

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Quem Sou

Sou Melina Pockrandt Robaina, filha de Deus, jornalista e mãe da Manuela (6 anos) e da Ana Júlia (1 ano)

Eu sou Melina, mas pode me chamar de Mel. Amo escrever, amo meu marido, amo minhas três filhas e, acima de tudo, amo Jesus. Moramos na Pensilvânia, nos EUA, e, sempre que consigo, gosto de falar sobre minhas experiências, aprendizados e desafios seja na maternidade, na vida cristã ou como imigrante.

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