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Sobre Momo, YouTube Kids e outras coisas mais

17 de março de 2019

Nos últimos dias, estão rolando, na internet e em muitos perfis maternos das redes sociais, as notícias acerca da aparição da boneca Momo em vídeos do YouTube Kids, ensinando as crianças a como cortarem os pulsos. Eu vi. E, como adulta, achei as cenas assustadoras.

É claro que esse é um alerta importante. Mas é só mais um alerta sobre como não podemos deixar nossos filhos sem supervisão, seja na internet ou mesmo na televisão.

Esse alerta já aconteceu há alguns meses, quando vídeos do YouTube Kids (a plataforma que deveria ser mais segura para as crianças) apresentavam cenas inadequadas para as crianças, como a porquinha Peppa cortando os pulsos ou Elsa e Homem-Aranha fazendo sexo.

Se voltarmos alguns meses ainda, tivemos outra polêmica: a de uma animação adulta que estava passando no canal de TV a cabo HBO, com conteúdo sexual e linguagem imprópria. E muitos pais ficaram indignados por esse filme estar passando durante o dia.

Talvez, esse último episódio que citei pareça desconectado dos dois anteriores, mas, para mim, está tudo ligado! Todas essas situações têm algo em comum: a necessidade de nós, pais, supervisionarmos o que nossos filhos assistem, seja na internet ou na televisão.

A gente instala o YouTube Kids achando que todos os nossos problemas acabaram e agora podemos deixar as crianças vendo seus vídeos sem se preocupar. Mas não é assim que funciona!

Por que tanta comoção com a tal animação infantil inadequada? “Porque é um desenho”, “porque estava passando de dia”. Crianças precisam de regras e supervisão!

Não, minhas filhas não podem assistir tudo o que querem. Tem canais infantis da TV a cabo que elas não são autorizadas a ver. E quando há programas novos nos canais que assistem, elas devem me avisar para que eu veja do que se trata.

E mesmo os programas que elas podem assistir não devem ser vistos sem supervisão. Eu já peguei cenas que vão contra os meus valores pessoais e familiares em desenhos liberados para minhas filhas. Com a supervisão, tive a oportunidade de falar sobre a cena com elas e discutir o que estava sendo passado. E isso acontece com frequência.

Você acha ok o Woody falar para o Buzz “cala boca, seu idiota”, no Toy Story? Eu não acho. Por causa da supervisão aqui em casa, eu posso explicar que não se deve falar assim com as outras pessoas. Esse é só UM exemplo. E bem simples e inocente.

Agora pense em quantas cenas nossos filhos têm visto por aí sem a gente estar por perto para filtrar e ensinar. É difícil fazer essa supervisão? É! Tem horas que falha aqui em casa? Sim. Mas precisamos buscar fazer o máximo que podemos e, na impossibilidade, não deixar as crianças na tela.

Precisamos fazer isso agora, na infância; para que, na pré-adolescência e adolescência, nossos filhos comecem a colocar em prática esses filtros nos conteúdos que vão assistir longe de nós e se protegerem quando não pudermos fazer isso por eles.

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Quem Sou

Sou Melina Pockrandt Robaina, filha de Deus, jornalista e mãe da Manuela (6 anos) e da Ana Júlia (1 ano)

Eu sou Melina, mas pode me chamar de Mel. Amo escrever, amo meu marido, amo minhas três filhas e, acima de tudo, amo Jesus. Moramos na Pensilvânia, nos EUA, e, sempre que consigo, gosto de falar sobre minhas experiências, aprendizados e desafios seja na maternidade, na vida cristã ou como imigrante.

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