Eu sempre fui da turma do “não adianta tomar vacina da gripe porque a gente vai ficar gripado de qualquer jeito”. Hoje eu sei que não é bem assim. Gripe é uma coisa (bem mais grave) e resfriado é outra. E a vacina protege alguns vírus que podem trazer complicações sérias. Então, para esclarecer sobre o tema, pedi para a Dra. Ana Paula Flora, gerente médica de vacinas da Sanofi Pasteur, a responder algumas questões sobre o tema.
A vacina trivalente contra a gripe protege contra os vírus Influenza A H1N1, Influenza A H3N2, e um tipo de Influenza B, de acordo com a recomendação anual da Organização Mundial da Saúde (OMS). Já a quadrivalente protege, além dos três tipos de vírus da gripe da trivalente, contra um tipo adicional de Influenza B.
A vacina da gripe pode e deve ser tomada a partir dos seis meses de idade. Como nenhuma vacina influenza pode ser administrada em bebês menores de seis meses, a vacinação de seus contatos é uma forma de protegê-los.
A aplicação da vacina da gripe pode causar pequena vermelhidão e endurecimento local ou dores musculares leves que geralmente desaparecem poucos dias após a injeção. Contraindicações: A vacina não deve ser administrada em bebês menores de seis meses e pessoas com reação alérgica grave às proteínas do ovo. Em pessoas com febre e infecção aguda, a vacinação deve ser postergada até a recuperação.
Sim, a vacina contra gripe para crianças acima de seis meses é segura e indicada pela Organização Mundial de Saúde. Lembrando que para uma vacina ser aprovada e chegar até a população, são realizados diversos estudos e pesquisas para comprovar sua segurança e eficácia.
Não. As reações no local de injeção são as mais comuns, tanto em adultos quanto em crianças.
A aplicação da vacina pode provocar um pequeno incômodo por conta da perfuração na pele e deixar uma leve dor local que deverá desaparecer momentos após a injeção.
O vírus causador da gripe é o Influenza, que possui três tipos (A, B, C), sendo os tipos A e B os mais comuns e frequentes. As infecções por vírus A e B são clinicamente indistinguíveis e, embora o influenza A seja mais identificado, as cepas B apresentam uma carga importante em crianças.
A vacinação é a forma mais efetiva para prevenir a infecção pela doença. Quanto mais pessoas forem vacinadas, menos o vírus influenza será disseminado e mais pessoas dos grupos prioritários e de risco, que podem ser atingidos de forma mais grave, estarão protegidos.
Nos Estados Unidos, pesquisadores acompanharam o nível da proteção da vacinação durante sete anos – 2005 a 2011 – e concluíram que a vacinação foi responsável pela redução de 1,1 milhão de casos[1] entre 2006 e 2007 e outros 5 milhões de casos entre 2009 e 2010. Já no quesito hospitalização, 7,7 mil internações entre 2009 e 2010 foram reduzidas no ano em que foi detectada pandemia e 40,4 mil entre 2010 e 2011. A proteção variou entre as faixas etárias, mas o programa de vacinação propiciou benefícios substanciais à população, reduzindo casos, consultas e hospitalizações.
A efetividade da vacina contra a gripe (ou sua capacidade de prevenir a doença e suas complicações) pode variar de uma temporada para outra. Também pode mudar dependendo da pessoa que recebe a vacina, de acordo com sua idade e estado de saúde e conforme a semelhança ou “compatibilidade” entre os vírus incluídos na vacina e aqueles disseminados na comunidade, no caso da vacina trivalente.
Apesar destas variações, estudos demonstram que, caso indivíduos vacinados contraiam a enfermidade, os sintomas são mais leves, além de diminuir o risco de hospitalização, especialmente no caso de crianças, idosos e grávidas, entre os quais ocorrem quadros mais graves e maiores índices de mortalidade.²
[1] Kostova D et al. Retrospective public health impact of a quadrivalent influenza vaccine in the United States. PLoS One. 2013 Jun 19;8(6):e66312
² Fonte: https://www.cdc.gov/flu/about/qa/misconceptions.htm. Acessado em 02/05/2017.
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Eu sou Melina, mas pode me chamar de Mel. Amo escrever, amo meu marido, amo minhas três filhas e, acima de tudo, amo Jesus. Moramos na Pensilvânia, nos EUA, e, sempre que consigo, gosto de falar sobre minhas experiências, aprendizados e desafios seja na maternidade, na vida cristã ou como imigrante.
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