A chegada do irmão pode ser preocupante e desencadear crises de ciúme. Por isso, pedi para a psicóloga Eliziane Rinaldi dar algumas dicas de como preparar o filho para a chegada do irmão.
Essas dicas foram muito preciosas quando fiquei grávida pela segunda vez. Inclusive, conto mais sobre isso em três vídeos específicos (para a gravidez, para o nascimento do bebê e para melhorar a relação entre eles). Os vídeos estão no final desse texto!
Dar tempo para a criança assimilar tanto a notícia da gravidez é fundamental, desde a gestação quanto o nascimento. Assim, não se pode forçá-la a fazer coisas que ela não queira ou não esteja pronta ainda. “O vínculo entre os irmãos é uma construção e isto precisa ser respeitado e aceito.”
Chame o seu filho para participar dos preparativos, da gestação e do nascimento. Por exemplo, escolher peças de roupa, brinquedos e outros detalhes do enxoval é possível.
Permita que a criança possa participar nos cuidados com o bebê, de acordo com a idade e possibilidades. Mas não force! Porque a criança pode não querer. Então, deixe-a ter liberdade de participar quando quiser.
Não mude muita coisa na rotina diária da criança. Não é momento de colocá-la na escola (ou trocá-la de escola), tirar as fraldas, chupeta ou mamadeira.
Conte para a criança como ela era quando bebê, mostre vídeos, fotos, conte como era seu jeitinho. Deixe bem claro que ela tem uma história e um lugar especial nesta família.
“Sentimentos de ambivalência (amor e raiva) são esperados. Conversar com a criança sobre eles e dar vazão para a expressão deles é muito importante.” Que tal fazer desenhos sobre o que está sentindo? Que tal combinar com a criança alguma sinalização que ela possa fazer para avisar aos pais o que está acontecendo com ela?
Carinha de feliz na porta quando estiver se sentindo feliz com a presença do irmãozinho ou carinha triste por estar com ciúmes, são alguns exemplos dado pela psicóloga. “Com estas dicas, estaremos abrindo a possibilidade da expressão de sentimentos, favorecendo o diálogo e preparando um terreno fértil para que o vínculo de amor na família se estabeleça.”
Brigar. Não é momento de brigar com a crianças. Ela precisa de ajuda para lidar com seus sentimentos e não castigos ou punições.
Comparar. Não compare seus filhos em hipótese alguma. Isso só aumenta o ciúme e a rivalidade entre os irmãos.
Presentear. Não há necessidade de que a criança ganhe presentes a cada presente que o bebê ganhar. A presença afetiva e acolhedora dos pais já faz o papel de preencher a criança.
Confira três vídeos que fizemos sobre esse assunto para nosso canal no youtube.
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Eu sou Melina, mas pode me chamar de Mel. Amo escrever, amo meu marido, amo minhas três filhas e, acima de tudo, amo Jesus. Moramos na Pensilvânia, nos EUA, e, sempre que consigo, gosto de falar sobre minhas experiências, aprendizados e desafios seja na maternidade, na vida cristã ou como imigrante.
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