Muitos pais reclamam (e outros só mostram) que seu filho não obedece. Isso é profundamente desgastante. Gosto de um Provérbio que diz que a criança disciplinada traz grande alegria e paz aos seus pais. Porém, não é isso que vemos por aí, não é mesmo.
Boa parte do desgaste de ser mãe e pai é porque estamos constantemente lutando para sermos ouvidos, compreendidos e obedecidos (lembrando, obviamente, que queremos que nossos filhos obedeçam porque estamos buscando o seu bem-estar e não, simplesmente, porque somos tiranos com necessidade de autoafirmação).
Mas se nossos filhos forem ensinados a obedecer, será muito mais fácil viver: tanto para eles, como crianças, quanto para nós, pais. Vamos falar sobre isso? Como ensinar o seu filho a obedecer.
Treine seu filho na obediência. Quando antes você começar, mais fácil será.
Lembrando que se você não concorda, ótimo! Não faça com seu filho. Nesse site, valorizamos e compreendemos a importância das autoridades instituídas e temos certeza de que a honra e obediência a elas produz benefícios diversos à criança e à estrutura familiar. Defendemos e continuaremos a defender que pais exerçam autoridade em suas casa, buscando ensinar como fazer isso de maneira saudável.
A primeira coisa que precisamos avaliar é se as ordens que estamos dando são adequadas à faixa etária e à capacidade da criança.
Às vezes, seu filho não obedece ou se “enrola” porque simplesmente não consegue fazer algo. Ou não entendeu a ordem. Então, avalie.
É muito importante ter certeza que a criança ouviu o que você falou. Já abordamos esse assunto no post “Meu filho não me escuta”, quando temos a impressão de ter que falar 50 vezes para a criança fazer algo.
Seu filho não obedece? Garanta que está te escutando. Conecte-se com ele, seja pelo olhar, tom de voz ou aproximação.
Porém, a criança também precisa ser treinada a ouvir. A voz do pai e da mãe não pode ser simplesmente ignorada (assim como a de um professor em sala de aula). Portanto, se o “não ouvi” se tornar frequente, medidas devem ser tomadas.
Aqui em casa, eu notei que elas “não me ouviam” quando estavam na televisão. Tirei a televisão como consequência da atitude errada e expliquei: “vocês não assistirão televisão mais durante o dia de hoje porque não é aceitável que não ouçam sua mãe por causa da distração”. No outro dia, assistiram televisão e ouviram as ordens!
É claro que é treino e, como todo treino, precisa ser repetido!
Deu uma ordem? Na primeira infância, precisamos ensinar a criança a obedecer. Pegue-a pela mão e leve-a para cumprir aquilo que você falou. Exemplo: precisa arrumar o quarto. Pegue a criança do sofá, leve-a até o quarto e espere até ela terminar de arrumar.
Não permita outra atividade – nem dê outra ordem – até que a primeira orientação seja cumprida. E não deixe que a criança “se enrole”. Mandou fazer? Ensine-a a obedecer na hora.
Os pequenos você pega pela mão. Os maiores, você vai até eles e reforça a ordem dizendo que deve ser realizada naquele momento. Não aceite que eles fiquem “só mais um minuto”. Estabeleça as consequências que virão por essa demora: ficar sem aquilo que o distrai é uma ótima consequência lógica (tirar temporariamente TV, videogame, celular).
Além de dar ordens que façam sentido para a faixa etária e também para a capacidade de seu filho, é importante ser inteligente e bondoso. Por exemplo, seu filho precisa tomar banho naquele minuto ou ele pode terminar de ver os 10 minutos do episódio que está assistindo? Se pode, então dê a ordem correta: “quando terminar esse episódio, você vai para o banho.”
Porém, também acho importante que ordens imediatas sejam dadas esporadicamente para esse treino da obediência…
Sempre verbalize, com amor e paciência (buscando que a criança realmente entenda em seu coração), o porquê você busca que ele seja obediente. Lembre que você ordena a vida de seu filho para o próprio bem dele e que, para a criança, submeter-se aos pais é função, mas também privilégio de ter alguém que cuida, zela e presta contas sobre.
Por isso, também, sempre avalie bem as ordens que você dá e a motivação por trás delas. Se é só para mostrar quem manda, fica difícil ter um filho que obedece de coração e com alegria.
A obediência se torna mais fácil quando a criança sabe que tem acesso a “apelar” para seus pais sobre a ordem. Se ela não quer cumprir aquilo, acha injusto ou não pode fazer naquele instante específico, pode contestar a ordem. Mas seus pais precisam ensiná-la a fazer isso com respeito. Como?
A desobediência sempre deve ter consequências. Lembrando que obediência demorada, com reclamação ou desculpas também é desobediência. Então, seu filho deve saber quais são essas consequências para a ação dele. Isso deve ser prévio e claro.
Porém, para que seja internalizado, os limites devem ser mantidos e as consequências aplicadas sempre. É a consistência de um ensino que faz com que ele seja aprendido.
Principalmente quando ele lembra da ordem das primeiras vezes sozinho, vale a pela elogiar! É importante que ele perceba que está sendo visto, notado e reconhecido. Esse reforço positivo é muito bacana!
Eu sou Melina, mas pode me chamar de Mel. Amo escrever, amo meu marido, amo minhas três filhas e, acima de tudo, amo Jesus. Moramos na Pensilvânia, nos EUA, e, sempre que consigo, gosto de falar sobre minhas experiências, aprendizados e desafios seja na maternidade, na vida cristã ou como imigrante.
Saiba mais