Lá em Casa adaptação escolar

Chororô na porta da escola

6 de agosto de 2013

Agora é oficial, as aulas voltaram. Acho que não tem mais escola de férias, né? E como está sendo para você? Tem criança chorando para ficar na escola? Eu achei que a Manuela ia fazer manha porque a última semana de férias foi um estresse todos os dias em que eu falava que as aulas iam recomeçar. Mas continuei falando porque uma coisa que eu aprendi é que se criança for avisada, a chance de birra é muuuuuito menor!

De qualquer forma, me surpreendi e foi tudo tranquilo. Mas nem sempre foi assim e se seu filho estiver chorando para ficar na escola, talvez minha experiência com adaptação escolar possa te mostrar uma luz no fim do túnel. Esse ano, quando a Manuela mudou de escola, as aulas já tinham começado tanto na escola que ela ia (e com a qual já estava acostumada) quanto na escola nova (onde os grupinhos de amigos já estavam se formando). Assim, por algumas semanas (sim, semanas!) ela chorava para ficar na escola, fazia cenas de me cortar o coração e deixar qualquer mãe se sentindo culpada o dia todo.

Um dia, encontrei a professora na entrada e ela me disse que a Manuela chorava bastante e que chegou ao ponto de um dia ela ter que brigar com ela devido ao escândalo que estava fazendo no pátio, até assustando outras crianças. Foi a gota d’água. Cheguei com ela em casa e falei bem séria: “Eu te amo, eu nunca faria nada de mal para você nem para te machucar. Eu sei que a escola que você está indo é um lugar bom, onde você aprende coisas boas e onde as pessoas cuidam de você e não te fazem mal. Sei que você tem ali tudo o que você precisa e você deve ir para a aula. Assim, eu não aceito mais que você faça manha e fique chorando para ficar na escola. Eu não gosto disso e ponto final”.

Foi difícil, mas fui firme. No dia seguinte, na hora que ela tentou começar a fazer bico para chorar, eu olhei para ela e disse: “eu não fico com pena, eu fico brava se você faz isso”. E ela não chorou. Nos dias seguintes, uma ou outra vez, ela tentou fazer bico e eu mudava minha expressão: tirava o sorriso e fazia cara de brava. Não foi necessária nem uma semana e o chororô passou, foi impressionante!

É importante lembrar que acredito que isso funcionou porque a Manuela já tem mais de 4 anos. Não acho que teria algum efeito em crianças menores, mas a partir dessa idade, acredito que a criança já tem “maturidade” para entender os nossos argumentos. Ela precisa compreender que nós sabemos o que é melhor e nunca a deixaríamos num lugar que não fosse adequado, seguro e saudável.

Por isso, é fundamental ter a certeza se de fato ela está bem: conhecer a escola, os professores e “sondar” com o seu filho se tem algum motivo real para ele não querer ir para aula. Mais uma razão para que a criança tenha uma idade mínima, ao menos, para saber expressar sentimentos, emoções e situações que vivencia. Além disso, ela já sabe entender o que significa você, mãe ou pai, ficar bravo em vez de com pena.

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Quem sou

Sou Melina Pockrandt Robaina, filha de Deus, jornalista e mãe da Manuela (6 anos) e da Ana Júlia (1 ano)

Eu sou Melina, mas pode me chamar de Mel. Amo escrever, amo meu marido, amo minhas três filhas e, acima de tudo, amo Jesus. Moramos na Pensilvânia, nos EUA, e, sempre que consigo, gosto de falar sobre minhas experiências, aprendizados e desafios seja na maternidade, na vida cristã ou como imigrante.

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