Lá em Casa

Decidindo ter um terceiro filho

19 de janeiro de 2023

Muitos dos meus amigos e parentes me ouviram falar que eu só teria um 3º filho se o próprio Jesus aparece para mim e disse: tenha! Sempre foi motivo de piada, mesmo sendo verdade absoluta no meu coração.

Porém, depois de um tempo, Jesus foi me incomodando a questionar: para quem mesmo eu entreguei a minha vida? Quem é o meu Senhor? Que direito eu tenho de decidir “fechar a fábrica” por capricho e vontade própria, sem questionar o Dono de toda vida?

Foram alguns meses sendo “mexida” por dentro com esse assunto. Coração em guerra comigo mesma porque eu sabia que meu desejo real é agradá-lo. Passei pela fase do “se o Senhor quiser, eu posso ficar grávida mesmo me cuidando”, obviamente. Mas Ele deixou claro que nunca tem a intenção de forçar NADA A NINGUÉM! Ele “quer que eu queira o que Ele quer”.

Nesse processo de crise interior, oração, reflexão, eu já estava muito propensa a dar esse sim para Deus. Só não tinha dito ainda em voz alta. Tinha algumas coisas que eu estava orando a Deus e dizendo “quando acontecer isso, daí nós iremos engravidar do terceiro”.

No dia seguinte a essa oração, encontrei um amigo que acabara de ter o terceiro filho e ele estava contando de todas as bênçãos que a família dele estava recebendo desde que decidiram engravidar pela terceira vez. E ele relembrou, numa conversa informal (sem nem imaginar as minhas crises internas), duas coisas importantes:

1) não há problema em ter 1, 2 ou 3 filhos; o problema é não perguntar a Deus quantos filhos Ele quer que eu tenha.

2) não dá para esperar que as coisas fiquem perfeitas para então dizer sim ao que Deus quer. Se Ele está direcionando, a gente dá nosso passo e Ele faz a parte Dele.

Resposta bem clara dada nessa conversa, eu sei. Mas ainda assim eu voltava pra casa, refletindo, pensando, analisando… overthinking é a melhor palavra, pena que não existe tradução exata no português.

Na minha última argumentação com Deus, eu estava falando sobre o medo real que eu tinha de voltar às coisas difíceis do começo, sabe? Madrugadas em claro, amamentação, aquele estado de alerta 100%… E, mais uma vez, Ele respondeu rapidinho.

Estava com um casal de amigos com bebê pequeno. Eles bem naquela fase de revezar o sono para um poder descansar enquanto o outro cuida da criança. De repente, ela olha para mim – no meio do turbilhão de quem acabara de falar que estava exausta – e diz: eu quero ter outro! E na hora, veio no meu coração como uma placa luminosa: ela está no meio do furacão e está pensando em outro!

Voltei para casa, conversei com meu marido e decidimos permitir que o terceiro filho viesse.

Obrigada, Jesus, porque eu disse “SIM” e a Abigail chegou.

Esse post foi escrito no dia em que descobri a gravidez da Abigail, minha terceira. Ficou guardado aqui para que eu sempre me lembre desse processo. Ah, detalhe: um dos meus processos de oração incluiu dizer para Deus que quando Ele abrisse as portas para a gente se mudar para os Estados Unidos, eu engravidaria de volta. Eu entendi que o caminho não era esse. Disse SIM. A porta se abriu antes de a Abigail completar um mês de vida.

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Quem Sou

Sou Melina Pockrandt Robaina, filha de Deus, jornalista e mãe da Manuela (6 anos) e da Ana Júlia (1 ano)

Eu sou Melina, mas pode me chamar de Mel. Amo escrever, amo meu marido, amo minhas três filhas e, acima de tudo, amo Jesus. Moramos na Pensilvânia, nos EUA, e, sempre que consigo, gosto de falar sobre minhas experiências, aprendizados e desafios seja na maternidade, na vida cristã ou como imigrante.

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