Já falei e não me canso de repetir: entrar no Instagram com o perfil @maternidadesimples me proporcionou (e continua proporcionando) coisas incríveis. Entre elas, as amizades que fiz. Já falei da Sica, mãe da Alice, e, hoje tenho mais uma amiga participando por aqui. A Cris, do perfil @fofuricesdemae, aceitou contar a experiência difícil que viveu quando a Isabela teve meningite, com pouco mais de mês de vida. Ai que dó de pensar em em um bebê com meningite.
“Lembro como se fosse hoje. Era dia 3 de janeiro de 2013 e minha primeira e única filha até o momento tinha 1 mês e 2 semanas de vida. Naquele dia, a Isabela acordou um pouquinho diferente. Eu falei com minha ajudante do lar que ela estava estranha. Depois que a gente se torna mãe entende, de fato, que as mãe têm pressentimento. Ao longo do dia observei a cabeça mais durinha e, com toda minha inexperiência, comentei como ela estava espertinha, mais durinha.
Ela também estava levemente quentinha, mas minha mãe, que havia chegado para me ajudar, disse que me acalmasse porque era somente o verão, o calor… A pequena tirou uma soneca à tarde e, quando acordou, a vovó a pegou no colo e me disse que eu tinha razão, ela estava com febre.
Liguei correndo para o pediatra, pois ele já tinha me orientado que era preocupante febre em bebê muito pequeno. Corri para o consultório. Após ele examinar garganta, ouvido, a região vaginal e ver que não tinha nada de diferente, me falou para levá-la direto a um hospital, onde poderiam fazer um exame de sangue urgente para diagnosticar o que estava acontecendo. E, após passar por exames, Isabela quase recebeu alta com diagnóstico de virose. Mas como Deus é extremamente maravilhoso, nos concedeu uma segunda chance e, após mudar o plantão, a médica que assumiu o caso veio conversar comigo e relatou que podia ser meningite.
A essa altura meu marido já estava no hospital comigo e, na mesma hora, eu falei com a médica que queria fazer a punção. Eu não sairia de lá sem ter certeza que ela ficaria bem! Foram 12 horas de agonia, até que às 4 da manhã, recebo a ligação do pediatra dela me dando a notícia: era meningite! Fiquei sem chão! Eu e meu marido ficamos internados com ela por 10 dias.
Foi muito difícil, eu me culpava, me questionava como havia acontecido! Quando a Isabela nasceu, eu recebi algumas visitas no hospital e em casa apenas uns 3 casais de amigos em dias diferentes. Ninguém a pegava fora nós, os avós e o pediatra. Havia álcool gel por toda a casa… Os médicos foram muito legais comigo, me consolaram, me explicaram que existem muitas pessoas com as bactérias que podem causar a meningite, mas que não manifestam a doença.
Sofremos demais. Após 4 dias perdemos o acesso venoso e tive que levá-la para o centro cirúrgico para fazer um acesso profundo na carótida. A medicação era um mix de antibióticos e cortisona. Ela ficou muito inchada. Para amamentá-la, eu tinha que tomar um cuidado enorme para não perder a veia. Para mudar de peito, então, era um sacrifício. Mas graças a Deus, após esse período internada, repetimos a punção e ela teve alta.
Falar sobre o assunto não é fácil! Descrever toda a história me emocionou demais! Mas a pedido dessa grande amiga virtual, o fato de pensar em ajudar tantas outras pessoas me fez hoje dedicar uns minutos a narrar e alertar: Mamães, temos como cultura visitas à maternidade, beijinhos, abraços e carinhos de todos, mas jamais devemos nos esquecer que um bebê não tem imunidade nenhuma. Aquilo que pode parecer frescura para alguns pode salvar a vida de outros. E qualquer sinal de febre ou qualquer dúvida, quando se tem um bebê, ligue e, se necessário, corra ao pediatra!”
Eu sou Melina, mas pode me chamar de Mel. Amo escrever, amo meu marido, amo minhas três filhas e, acima de tudo, amo Jesus. Moramos na Pensilvânia, nos EUA, e, sempre que consigo, gosto de falar sobre minhas experiências, aprendizados e desafios seja na maternidade, na vida cristã ou como imigrante.
Saiba mais
Muito importante o depoimento da Cris, principalmente pela insistência do diagnóstico correto, pq se ela tivesse se contentado com o diagnóstico de virose, a Brla
Poderia ter piorado. Parabéns pelo post.
Também tive meningite com 2 meses.. Hoje tenho 25 e uma filha de 11 meses e sei que, o que fez minha mãe suportar a mesma angustia relatada pela Cris foi a fé em Deus! Parabéns por sua linda família!
Importante informação de utilidade pública. Continue nesse mesmo intento de informar e dá dicas de saúde.
Boa tarde, minha filha foi diagnosticado com meningite bacteriana, mais gracas a Deus já esta melhor, já esta no quarto, tomando os antibióticos. Bom a minha duvida é se você e seu marido também preciso fazer algum exame ou tomar alguma coisa para não ter risco de ter contraído o virus ?
Oi, Pamella.
A história é de uma amiga minha, a Cris. Você pode encontrá-la no Instagram, perfil @fofuricesdemae.
Beijo!
Minha filha tbm teve meningite com 15 dias