A Daniela (instagram.com/danivmainardi) é minha amiga da adolescência e em 2017 teve sua primeira filha, a Eduarda. A Duda foi diagnosticada com Síndrome de Edwards ou Trissomia 18 e viveu 4 meses após o nascimento. E a Dani topou contar a história delas para compartilhar com outras pessoas que possam estar passando pela mesma situação.
Meu nome é Daniela e, a convite da Mel, gostaria compartilhar com vocês um pouco da história da minha primeira filha, Eduarda (a Duda), da nossa história, que é sobretudo uma história de amor…
Depois de quatro anos de casados, no ano de 2016, eu e meu marido (Fabiano, o papai da Duda) entendemos que era o momento de aumentarmos a nossa família. Assim, depois de alguns poucos meses tentando, descobrimos que estávamos grávidos em 14 de julho de 2016, quando eu há pouco tinha completado 34 anos. Foi uma grande alegria para nós e para nossas famílias!! A Duda era a segunda neta dos meus pais e a primeira dos meus sogros.
A gestação começou bastante tranquila, com exceção dos enjoos, mas que são bem normais e esperados….
Quando estava completando 20 semanas de gestação, eu e marido tivemos a oportunidade de fazer uma viagem de Babymoon, que foi muito especial e feliz para nós!!
Alguns dias depois de voltarmos de viagem, com 23 semanas de gestação, no dia 23 de novembro de 2016, numa quarta-feira no final do dia, fomos fazer a importante ecografia morfológica do segundo trimestre. E foi nessa ecografia que o médico observou e nos contou sobre a suspeita, em razão de vários indícios (como restrição de crescimento intraútero, hipoplasia do osso nasal, suspeita de cardiopatia – CIV – e polihidrâmnio leve), de a nossa filha ter uma síndrome genética rara e severa, chamada síndrome Trissomia 18 ou síndrome de Edwards ✊, que é a segunda trissomia mais comum, sendo a Trissomia 21 ou Síndrome de Down a mais comum… Foi bastante difícil saber… Ah, como foi…
A atitude do médico, graças a Deus, ajudou-nos a não nos desesperarmos… Ele foi direto, mas muito sensível. Na mesma hora, ele se prontificou a ligar para o meu médico ginecologista, indicou a nós a possibilidade de fazermos um exame (chamado amniocentese) para confirmação do diagnóstico e se colocou à disposição para ajudar no que precisássemos.
Lembro que, neste dia, ao chegarmos em casa, eu e marido choramos bastante juntos e oramos, colocando toda essa situação tão difícil e dolorosa diante de Deus. Também tomamos a decisão, por iniciativa do meu marido e que para nós dois foi uma sábia decisão, de não procurarmos nada na internet a respeito da, até então por nós desconhecida, Trissomia 18 ou síndrome de Edwards. Além disso, no mesmo dia, contamos por telefone a notícia aos nossos pais e irmãos.
Diante disso, eu e meu marido não fomos trabalhar nos dois dias seguintes e fomos, já na manhã seguinte, à consulta com o meu ginecologista, que foi mais um médico incrível e sensível que nos acompanhou durante dias tão difíceis… Também decidimos por já fazer o exame amniocentese (apesar de haver um risco de, senão me engano, no máximo 1% de aborto, razão pela qual alguns pais optam por não fazer). Mas, o resultado só sairia dali a 15 dias.
Na espera do resultado do exame, não criamos muita expectativa de a nossa filha não ter a síndrome, em razão de o médico ecografista ser bastante experiente e ter sido preciso ao apontar os indícios. Mas, claro, pedimos a Deus para que não fosse isso e para que, se fosse preciso, curasse a nossa filha milagrosamente. Depois de duas semanas, recebemos o resultado confirmando o diagnóstico.
Desde então, passamos a vivenciar a gestação de nossa primeira filha de uma forma diferente, não diria de modo mais triste, mas sim muito mais intenso. Passamos a viver um dia de cada vez… Eu, que até então não estava curtindo tanto as transformações no meu corpo, passei a amar ao perceber o crescimento da minha barriga, pois entendia como sinal de que minha filhota, apesar das suas limitações, estava crescendo.
Nesse período, eu e meu marido nos consultamos com dois médicos geneticistas, que nos explicaram, com base no resultado do cariótipo de células da Duda (feito pela análise do líquido amniótico coletado na amniocentese) que, apesar de ser uma síndrome genética, não era não hereditária no nosso caso, assim como não é na maioria dos casos. Ou seja, eu e meu marido poderíamos vir a ter outros filhos saudáveis.
Também eles nos informaram bastante sobre a síndrome e seus possíveis sintomas. Ficamos sabendo que a síndrome de Edwards ocorre em 1 a cada 6.000 nascidos vivos, que, em mais de 95% dos casos, o bebê falece ainda na barriga da mãe, que, nascendo com vida, são pequenas as chances de passar do primeiro mês de vida e depois do primeiro aninho.
A síndrome é caracterizada por múltiplas anomalias congênitas (má formação de órgãos), comumente no coração, atraso no desenvolvimento neupsicomotor (as crianças não falam e apenas algumas conseguem andar, mas com bem mais idade, como com 10 anos), dificuldade no ganho de peso, pelas mãozinhas sempre fechadas (por isso, o símbolo ✊), etc.
A gestação foi avançando e outro momento difícil foi a consulta com o médico pediatra, dia em que tive a certeza de que, no dia em que a minha filha nascesse, ela não viria para o quarto comigo, mas teria que ir para a UTI neonatal.
Na gestação, conforme orientação médica, eu continuei trabalhando, apenas diminuí um pouco o ritmo, delegando algumas atividades. À época, tinha mais duas colegas grávidas no meu trabalho e eu evitava conversar muito a respeito… Contei o que estava acontecendo para apenas duas outras amigas com as quais trabalho… Era difícil conversar com os outros sobre o que estava passando… Aos poucos, só o restante da minha família, nossos pastores e os amigos mais próximos ficaram sabendo e, na maioria das vezes, a notícia foi contada por mensagem…. Eu tinha bastante dificuldade em falar, porém, pelo menos, eu conseguia conversar bastante com meu marido sobre nossas expectativas, medos e outros sentimentos…
E, assim, sabendo da síndrome durante o pré-natal, pudemos, de certa forma, “preparar-nos”, se é que é possível se preparar para o incerto, o inesperado… Então, apesar do medo do que poderia acontecer, o amor pela minha filha foi aumentando a cada dia até que a Duda nasceu no dia 16/03/2017, com 39 semanas, parto cesárea agendado, em razão dos riscos e por ela estar sentada.
O dia em que a Duda nasceu foi tão especial!! Como era esperado, ela nasceu pequenina, com 42 cm e 2,115 kg, porém bem para um bebê com síndrome de Edwards. Ela precisou ser estimulada para respirar, mas tive o privilégio de ela vir pro meu colo ainda na sala de parto por alguns instantes, conhecer o rostinho da minha filha (algo que pedi bastante a Deus) e ver que ela estava bem!! Tudo o que queria era que ela estivesse bem!! O papai pode levá-la à UTI em seu colo, apresentando aos avós, aos titios, à priminha e a um dos nossos pastores que estavam lá nesse dia de grande milagre!!
Embora a Duda tenha nascido bem, como ela tinha uma má-formação no coração (cardiopatia grave) e tinha a questão neurológica decorrentes da síndrome, ela foi para UTI neonatal sem perspectiva de alta. Mas, graças a Deus, foi confirmado que a Duda não tinha má-formação em outros órgãos e membros e apresentava apenas mais algumas características físicas típicas da síndrome, como: orelhas mais baixas que o normal, choro fraco, boca pequena e triangular e encurtamento do dedão do pé, dedão que eu, particularmente, achava um charminho rsrsrs.
Depois do nascimento, demorou quase um dia para eu vê-la de novo, pois não tive uma recuperação muito tranquila da cesárea. Quando a reencontrei na UTI junto com o papai, foi muuuito emocionante!! Ainda que pequenininha e numa UTI, minha filha estava ali viva, uma guerreirinha, que já me enchia de muito amor, orgulho e força!! Nesse dia, já pude a pegar no meu colo!!
Fiquei mais dois dias no hospital e, então, chegou o momento de eu e meu marido voltarmos pra casa… Este foi um dia muito difícil. Como doeu voltar para casa sem a Duda junto… Chegar em casa e não a ter pertinho…
No mesmo dia, começou a nossa rotina de visitas… Eram três os horários de visita por dia (manhã, tarde e noite) por meia hora em que os pais podiam entrar e ficar juntos. Esses eram os melhores momentos!!! Também um de nós poderia ficar mais tempo depois por, no mínimo mais uma hora e meia (para evitar entra e sai da UTI) e aí eu e meu marido (que teve 20 dias de licença-paternidade, o que foi muito bom) nos revezávamos. Esse tempo a mais, que, pelo que sei, não é comum nas UTI, era especial para nós, afinal era mais tempo para passar amor, afeto e criar laços com nossa filha!!
A UTI neonatal era um ambiente completamente estranho para nós… Eu o considero um mundo à parte. Tinham lá profissionais muito queridos, que nos acolhiam, mas também tinham pessoas mais frias e alguns médicos, a meu ver, insensíveis. Nesse tempo, vivi um pouco do que muitas mães de filhos com síndrome de Edwards, infelizmente, passam desde a gestação… Tive contato com médicos que pensam e agem considerando principalmente que é uma síndrome incompatível com a vida.
Além disso, foi um tempo de realmente valorizar bastante os detalhes, de celebrar cada pequena conquista. Ver que a Duda ganhou um pouquinho de peso, que ela estava respirando sem muito esforço, perceber que ela estava tranquila num dia, poder pegá-la no colo durante a visita toda (nem todos os dias podíamos, porque às vezes não era o melhor para ela ficar no nosso colo), os dias excepcionais em que as auxiliares de enfermagem nos surpreendiam colocando uma roupinha nela… Tudo isso era motivo de grande alegria e gratidão para nós!
Para viver essa rotina de dias bons, dias difíceis e de dias muito bons, contei bastante com o apoio do meu marido (graças a Deus, a Duda nos uniu, o que sei que nem sempre acontece com os pais de filhos especiais), da minha família (especialmente dos meus pais e da minha irmã – como era importante pra mim ter a companhia da minha mãe e, às vezes, do meu pai e irmã nos almoços na casa dos meus pais durante a semana, assim como fazer aulas de pilates com minha irmã, que é fisioterapeuta), dos amigos queridos, com orações de pessoas da nossa igreja e continuei fazendo terapia que iniciei durante a gestação. E, claro, contei com a força que a minha filhota me dava todo dia ao vê-la e com a fé de que, mesmo eu e papai longe na maior parte do dia, ela nunca estava sozinha, pois acreditamos que Deus e seus anjos sempre estavam com ela!
Após um tempo que a Duda nasceu, também passei a acompanhar e encontrei amparo na Associação Síndrome do Amor (pelo Facebook, site, Whatsapp e Instagram, criada há mais de 10 anos em Ribeirão Preto por uma mamãe abençoada e abençoadora, que teve um filho com síndrome de Edwards), que dá apoio e orientação a famílias de crianças com síndromes genéticas severas com atuação em todo o Brasil.
Dessa forma, apesar de o mais provável ser que a Duda não passaria da primeira semana, do primeiro mês de vida, ela completou um mês num domingo de Páscoa muito especial e chegou a 118 dias, quase 4 meses de vida!!
Infelizmente (embora sempre tenha me consolado muito em pensar no melhor pra ela), no dia 12 de julho de 2017, quando cheguei de manhã para ver a Duda, ela não estava nada bem. O médico contou que, no meio da noite anterior, ela teve uma piora no quadro respiratório (que sempre inspirou bastante cuidado em razão da cardiopatia) e precisou ser entubada (pela segunda vez, sendo que, na primeira vez, ela havia se recuperado logo e ficou apenas 2 dias entubada). Quando entrei, já me avisaram que ela não estava bem, vi que não estava mesmo e liguei para o meu marido vir ao hospital, mas, antes mesmo de ele chegar, ela acabou falecendo…
Que dia difícil, muito difícil… Eu nem imaginava que este seria o dia de Deus a levar… Na tarde anterior, eu lembro bem de, como fazia quase todos os dias, ter tirado leite materno para ela (na esgotadeira, pois a Duda se alimentava por sonda e também eu não produzia a quantidade suficiente), de a ter pegado no colo, de, neste dia, ela estar tranquila, tanto que ficou bastante tempo no meu colo, respirando bem, e de, no final da visita, eu ainda a ter visto fazer fisioterapia (o que não era comum de ser feito enquanto eu estava lá, mas eu adorava, porque ela “sentava”, movimentava-se, nisso tudo fazendo caretas engraçadas e eu aproveitava para tirar fotinhos).
Porém, acredito que, por uma alguma razão que ainda desconheço, este foi o dia que Deus escolheu. Logo, o papai chegou no hospital, depois vieram os avós e tias… E, no mesmo dia, foi o velório e a cremação da Duda.
Foram 118 dias na UTI neonatal… de muito colo, muitas canções, louvores, muita oração, lágrimas e sorrisos… de dias difíceis, de dias bons… de dias excelentes, incluindo visitas dos vovôs e das vovós em todos os sábados, visitas esporádicas dos titios e titias e felizmente o carinho especial de algumas auxiliares de enfermagem, enfermeiras, fisioterapeuta e médicos… e, sem dúvida, todos foram dias de muito amor!!
Depois que a Duda partiu, os dias ficaram sem cor para mim (essa é uma sensação muito real num tempo de luto), sem graça… Nos primeiros dias, saber que ela não sofreria mais (o que às vezes acontecia, até que levemente considerando a síndrome, em razão da dificuldade de respiração) me consolava, mas, depois passei a lembrar muito mais dos bons momentos, do amor, e aí sentia uma saudade dela tão doída, especialmente dela no meu colinho. Realmente, eu achava que nunca mais me sentiria completamente feliz.
Para tentar superar o luto, depois de 10 dias, voltei a trabalhar, o que foi bem difícil no começo (nada parecia importante ou fazia sentido), continuei a fazer terapia, fui tentando voltar às minhas atividades e busquei muito consolo e conforto em Deus. Era sincera com Deus em minhas orações diárias, cheias de questionamentos, em que parecia que Ele estava longe e muito quieto. Porém o tempo foi passando, com os altos e baixos do luto, e fui aos poucos, bem aos pouquinhos me sentindo melhor, sentindo Deus mais perto como nunca, percebendo que Ele sempre esteve comigo, com nós três.
O amor e tudo o que a Duda ensinou sobre a vida foi ficando cada vez mais forte que a dor. Saudades? Sinto e sei que sempre sentirei, mas já não dói como antes… Hoje a saudade vem junto com o amor incondicional e especial que a Duda me mostrou.
Desde que descobrimos que a síndrome não era hereditária, eu e meu marido pensamos em depois ter mais filho(s), em a Duda ter um(a) irmãozinho(a)… E, sem ainda planejar, engravidamos novamente no início de 2018, mas, infelizmente, tive um aborto retido, que já ficamos sabendo na primeira ecografia. Mais uma dor, diferente é verdade, e dias de incertezas…
Porém, após termos superado isso e sermos “liberados” pelo médico, voltamos a tentar engravidar novamente e, já no segundo mês, recebemos a feliz notícia de que estávamos grávidos!! Hoje (2018 – Dani já tem duas filhas atualmente), estou com 16 semanas de gestação, grávida de mais uma menina, a Laura, maninha da Duda, que, graças a Deus, está se desenvolvendo muito bem. Sinto-me, de verdade, feliz novamente, pois sei que a Duda está bem e sempre estará no meu coração e que a Laura está a caminho para trazer ainda mais amor!!
Para terminar, queria dizer que sinto muita vontade de compartilhar isso tudo, porque gosto muito de falar sobre minha filha Duda, assim como muitas mamães gostam de falar e contar histórias sobre seus filhos… Como disse antes, nem sempre foi fácil falar do que vivi com minha filha. Mas, para mim, esse não é e nunca foi um assunto a ser evitado. Ao contrário, hoje em dia, adoro quando me perguntam sobre ela, adoro que ela seja lembrada, afinal com ela aprendi tantas coisas boas sobre a vida e seu valor e, ainda que não esteja presente fisicamente, ela sempre será a minha filha, a minha primeira filha, a maninha mais velha.
Também, imagino que pode ser importante compartilhar esse relato, até mesmo com pessoas que não são próximas a mim ou desconhecidas, pensando principalmente que você pode conhecer alguém, um familiar, um amigo, um amigo de um amigo, que esteja passando ou talvez venha a passar por isso ou algo semelhante, e, então, encorajar e repassar adiante que uma história como esta, apesar de muitas dificuldades e tristezas, pode ser sobretudo uma história de amor…
Dani tem duas filhas atualmente, em 2024. Caso queira conversar com ela, chame-a no Instagram: @danivmainardi
Eu sou Melina, mas pode me chamar de Mel. Amo escrever, amo meu marido, amo minhas três filhas e, acima de tudo, amo Jesus. Moramos na Pensilvânia, nos EUA, e, sempre que consigo, gosto de falar sobre minhas experiências, aprendizados e desafios seja na maternidade, na vida cristã ou como imigrante.
Saiba mais
Meu Deus que historia. Dia 16/03 é meu aniversario, e no dia 16/03/2017 mais ou menos as 18h fui assaltada no transito com uma arma apontada pra mim, vi pela foto a pulserinha com o horario do nascimento da Duda e me pareceu ser mais ou menos a mesma hora.
Quando aconteceu o assalto fiquei pensando na vida, em como ela é um sopro, poderia ter dado tudo errado e eu n estar mais aqui, (graças a Deus deu tudo certo).
Mais uma vez lendo o relato me emocionei em como Deus é maravilhoso e perfeito.
Parabens pela coragem em compartilhar sua historia, e sim, seu anjo está com vc e com a irmã sempre!
Obrigada por compartilhar essa história de luta e amor! Estou sem palavras… Que Deus abençoe muito sua família!
A Eduarda é uma neta anjinho que jamais esquecerei!!! Só Deus pra consolar!! A dor da perda é indescritível.????
Filha fiquei muito orgulhosa em ler este relato. ?da mãe que te amo muito!!????
Fui fisioterapeuta nos primeiros meses da Duda, saí durante o período de internação dela da maternidade e retornei recentemente. Fiquei muito emocionada com o texto da Daniela. Por favor, transmita a ela meu carinho e meu desejo de felicidades e bênçãos a ela e toda sua família, eu perdi o contato dela. Muita saúde a Laura!
Oi, Greicy querida!
Amém ?? e muito obrigada pelo seu carinho, principalmente por seu carinho e cuidado com a Duda e com a atenção e delicadeza que tinha comigo e com o Fabiano! ❤️
Uma das mais maravilhosas lembranças que tenho da Duda são as sessões de fisio com você e, principalmente, o dia em que pude registrar esse momento!! É algo realmente muito especial pra mim❣️
Deus te abençoe e recompense muito mais!! ??
Bjs, com carinho, Dani ?
Oi Dani , linda história de amor com Duda ,princesa ? tive uma princesa com essa síndrome me identifiquei com cada momento passei por isso minha Helena viveu 37dias a amei intensamente e a amo .pra sempre ? e vc como está seu bebê já nasceu a Laura ? espero q estejam bem Deus te abençoe grandemente
Compreendo cada uma de suas palavras. Minha Alice também tinha t18. Nasceu em 14/01 desse ano (2019), com 34 semanas e bem pequena (1130 e 36 cm). Foram 5 dias na uti neo, onde lutou bravamente me enchendo de orgulho. E em 19/01 foi descansar no colo de Deus. Os sentimentos ainda se confundem no meu coração, mas estamos tentando recomeçar, em especial pelo meu outro filho, de 4 aninhos, que precisa integralmente de mim.e do papai. Em todo nossa caminhada pude contar com o apoio de pessoas especiais q fizeram toda a diferença…alguns familiares, amigos e profissionais, mas sem dúvida o amor do meu marido, a Associação Síndrome do Amor (Marília, Ariane, Rita e a Viviane) e o acolhimento que recebi da minha obstetra dra Marcela Zambrotti foram o que me sustentaram, além da certeza de que Deus não iria nos abandonar….
Que lindo testemunho e com certeza hoje eles se alegram com a Laura e são gratos a Deus por todo cuidado e provisão sempre.Deus os abençoe
Que linda história, que bom que você compartilhou o que você vivenciou com a sua guerreirinha Duda. Deus abençoe você e sua família, e abençoe a todos que estão passando pelo mesmo momento hoje. Deus te permitiu conhecer um amor excepcional, permitiu que a Duda, que talvez teria horas de vida, vivesse um pouco mais, para ensinar esse amor e esse olhar a vida de diferente forma, que você diz que sente hoje. Hoje ela é um anjo lindo !!!
Daniela sou muito grata por suas palavras e história de amor com a Duda. Sou estudante de Psicologia e usamos seu relato para entender a vida real de uma família que viveu esta síndrome. Todo o grupo de trabalho, do qual fiz parte, ficou emocionado com suas palavras e nos fez entender o quando nossa profissão é importante e como devemos nos colocar no lugar do outro. Que a sua vida e de sua família seja sempre abençoada. Gratidão.
Que história linda! Que Deu, Nosso Senhor, proteja imensamente vc e sua família!
Que história linda que Deus abençoe sua família cada dia mais.
Eu tbm estou passando por este momento triste. Minha filha faleceu dia 4 deste mês de junho. É muito difícil dar adeus.
Que Deus console seu coração!
Estou passando por isso. Recebi a notícia hoje, desse diagnóstico. Não tenho forças para seguir,…
Me emocionei ao ler o sei relato, entendo perfeitamente o que vc descreveu. Minha primogênita e única por enquanto Sofia Gabriela também era portadora da T18.
Ela viveu dois meses e faz um ano q ela se foi. A Saudade é enorme. Espero um dia ser feliz mesmo com a ausência dela ??
Linda essa história, eu tbm tive um bebê com síndrome de eduads,meu Arthur nasceu com 34 semanas e viveu apenas duas horas, descobri com 16 semanas,e tbm vivi uma luta acreditando em um milagre, Com 31 semanas meu líquido aminiotico secou e fiquei internada até às 34 semanas pq os médicos queriam q ele falecesse dentro de mim, ele não queria, seu coração batia forte, e ele se movimentava mto, qdo chegou as 34 semanas eu não suportava mais aquela agonia , pois já não dormia pq não suportava pensar q ele morreria e eu não ia nem ver. Então falei prós médicos q ia morrer em casa não aguentava mais aquele sofrimento , eu estava com 37 anos e já tinha uma filha com 19 e outra com 14 e elas choravam mto.Entao com medo eles resolveram fazer a cesária fiquei o tempo todo acordada e fiquei com o bebê no colo das 19:00h até às 23:00h não queria larga- ló, tão lindo tão grande ,mais por fim entreguei ele a deus.hj 2 anos depois estou grávida de 10 semanas do meu bebê arco-íris, espero q Deus me conceda a graça de poder ter esse bebê e cria-lo.nao foi fácil viver depois do Arthur, mais hj não vejo minha vida sem a passagem dele por ela, mesmo q só por um momento meu filho será sempre meu anjo amado, e não o apagaria ele da minha vida se pudesse mesmo em meio a tanta dor.Me ensinou mtas coisas e de todas elas a q ser a mãe de uma criança especial não é o fim do mundo mais um previlegios, pq saber q seu filho está ali e vivo não tem preço, e daí se é diferente?? Eu daria tudo pra ele ainda estar aqui… Mais Deus esta no controle, e mesmo não entendendo eu confio nele,ele sempre faz o melhor pra nós,então q seja feita sua vontade.louvado seja a Deus que mesmo em meio a dor nunca me deixou só ….
Muito obrigado pelo seu depoimento. Que Deus abençoe a você e sua família.
Oi eu adorei essa história a minha irmã esta passando por isso ela está com 6 meses de gestação e descobriu agora que sua filhinha que por coincidência o nome dela é Laurinha esta com síndrome de Edward, estamos sem chão gostaria de seu contato pra gente conversar mais, vc e uma guerreira parabéns por compartilhar sua história com a gente vc vai ajudar muitas mães que estão passsando por isso.
Tenho 25 anos mãe de 1 menino e ficamos tão felizes com a notícia que estávamos esperando uma menina… falava de boca cheia:” um casal pra fechar a fábrica”, pois tínhamos agendado pra fazer laqueadura Minha gestação foi perfeita, todo o pré-natal perfeito,23/11/2020 39 semanas de gestação ela nasceu, tudo agendado que alegria… Então minha bebê nasceu, e não chorou e de imediato chamaram meu marido, e ali entre médicos falando pra não fazerem a laqueadura, eu bati o pé pra fazerem. Eu optei! Minha bebê nasceu pequenininha, com todas as características da Duda, até o mesmo peso, e com pezinho torto, me trouxeram ela e como eu a achei linda. Perfeita . Fui para o quarto achando que iam me levar ela e então falaram que ela estava na UTI. Comi chorei… Fui visitá-la no dia seguinte e quanto amor senti, não consigo descrever… só queria levá-la dali, sem saber que seria impossível por enquanto… eu olhava pra malinha dela e só sabia chorar inconsolavelmente. Comi doeu ir embora sem ela. Bebê conforto vazio! Estamos indo todos os dias vê-la, hoje ela está com 14 dias. Minha pequena grande guerreira. Na esperança de levá-la pra casa ?
Nossa que história, história de amor, um amor infinito. Me voltou um filme na cabeça, de tudo que vivemos com a nossa Vitória ❤️, já no primeiro trimestre descobrimos que ela tinha algo diferente, mas no segundo trimestre, veio a notícia através do exame cariótipo. Síndrome de Edwards. E ao contrário de vcs, nós buscamos saber de tudo. Graças a Deus, ela veio a nascer, e durou 52 dias, de luta, de amor , de esperança, e muita, muita oração ?, se não fosse pelas orações sabemos que nem era para ela ter nascido. Hoje faz um pouco mais de um ano que ela voltou ao Pai ??, mas o que ela nos ensinou vai durar pela vida toda. Obrigada pelo seu depoimento.
sua bebe esta bem
Olá ! Boa noite , tenho 43 anos . Tenho uma filha de sete aninhos. E para engravidar dela fiz vários tratamento de fertilização e no último para segura o bebê tive que tomar injeção toda os dias na barriga para que o sangue não coagulasse enfim . Minha filha nasceu no dia 19/12/2013 , nasceu saudável . Na época congelei os embriões . Em 01/01/2021 eu e meu esposo descobrimos que estávamos grávidos foi um felicidades pq o nosso bebê vez natural sem precisar passarmos por um procedimento de fertilização. Mas com 20 semana quando fomos fazer a ultrassom morfológica descobrimos que nosso bebê tem síndrome de Edwards 18, com a notícia perdemos o chão , o meu bebê foi tão desejado por nos e pela irmanzinha que pedia tanto por um irmão. Este momento está sendo muito difícil para todos nós já choramos muitos mas entreguei a vida do meu filho no alta e nos temos certeza que Deus está no controle de tudo falo com Deus tda os para que eu bebê vem perfeito e saudável mas que seja feita a tia vontade.
Muito lindo o depoimento e muito emocionante não sabia esse ano 2021 tô passando por esse momento mas PR Deus nada a e impossível muito bom ouvir isso agente se sente a acolhida
Gostaria de ter notícias de Dani ?
Aos 39 anos engravidei , foi uma gravidez planejada e muito desejada por mim e pelo meu esposo. Durante o pré-natal havia uma certa suspeita de um bebê sindromico, mais a médica não queria bater o martelo até o resultado dos exames chegarem. Com 32 semanas gestacional o resultado da cordocentese veio confirmando t18. Ismael nasceu dia 10/12/21, de parto cesáreo, foi logo pra UTI neonatal, permanecendo apenas 10horas. Cheguei a coloca-lo no colo e jamais vou esquecer o sentimento daquele momento, foi único e muito especial…. um amor indescritível. Dói muito … ainda em luto. Espero que essa dor passe logo. Hoje faz 18 dias que tive meu bebezinho nos braços e entreguei a Deus poucas horas depois . Eu tinha esperança que Ismael iria surpreender a todos, mais Deus fez a sua vontade. Eu tinha um plano e Deus um propósito.
Uns dos momentos mais felizes de 2021 foi ter ficado grávida de uma menina. Já tenho dois meninos, então foi uma felicidade indescritível. Segundo trimestre de gestação veio o diagnóstico de artéria umbilical única. Em seguida, problema congênito de coração, junto com restrição de crescimento. Daí pro fim da gravidez foi um calvário. O médico recomendou que fizéssemos o cariótipo, mas não fizemos, por pura falta de coragem. 39 semanas e 6 dias, 01/12/2021, nasceu minha Violetinha, com 42 cm e 2.110 kg. Numa cesárea de emergência. Foi direto pra uti. Minha filha se foi em 21/12/2021., viveu 20 dias. Fizemos a extração do DNA com a amostra de sangue dela que o médico guardou, mas ainda não tivemos coragem de enviar pro laboratório pra saber o que era. Pelas características que tenho visto, exatamente como as dela, tenho certeza que era T18. Muito difícil mesmo essa situação, pq, embora eu esteja bastante conformada, por ter uma visão espírita da morte, tenho muito medo de acontecer de novo, de engravidar e ter outro bebê com problemas…meu medo é tanto que penso nisso 24 horas por dia….força pra quem tá passando por isso. Lembrem-se de que nada é a toa, embora a gente não entenda as razões. Não estamos num barco à deriva, Deus está no controle de tudo.
Que história linda de Amor
A sua Duda brilha lá no céu ,tenho uma bebê com Síndrome de Eduards ela tem um ano e um mês tem uma civ grande já fez bandagem pulmonar com 8 dia de vida e se alimenta por Gtt ela tá bem graças a Deus
Deus trabalha no impossível ele faz o milagre
Valentina veio cumprir a missão dela e eu fui a escolhida e abençoado para ajudá-la nessa missão de amor ?
Que história linda de Amor
A sua Duda brilha lá no céu ,tenho uma bebê com Síndrome de Eduards ela tem um ano e um mês tem uma civ grande já fez bandagem pulmonar com 8 dia de vida e se alimenta por Gtt ela tá bem graças a Deus
Deus trabalha no impossível ele faz o milagre
Valentina veio cumprir a missão dela e eu fui a escolhida e abençoado para ajudá-la nessa missão de amor ?
Obrigada pelo relato, me ajudou a atender melhor o que minha sobrinha está passando. Ela vai ter uma menina em maio com essa síndrome. Você foi sensacional ao descrever o que sentiu e me fez mais confiante em Deus. O amor de mãe é incomparável e você me confirmou. Acredito que tudo tem um propósito e só Deus pode saber o nosso.
Um abraço e de novo, obrigada.
Que história que vc escreveu com tua BB eu e minha esposa tivemos nosso lindo Vitor Gabriel e não tivemos a mesma felicidade de vcs pq ele nasceu e ficou 55 minutos vivo eu vi nascer fui pra casa no outro dia fui ao hospital com as roupinhas e minha esposa me falou que ele tinha falecido devido essa doença síndrome de edwards mas Deus sabe o que faz abraço pra vcs fiquem com deus
Em lágrimas aqui. Uma história de amor! Certeza q Duda , em seu pouco tempo de vida, pôde sentir todo o amor manifestado por vcs. Obrigada por compartilhar sua história conosco!
Olá, Daniela! Gratidão pelo relato lindo e cheio de luz… estou gestante, 13 semanas, com suspeita de síndrome de Edwards… faremos amniocentese com 17 semanas… mta força e amor aos pais e familiares que estão passando por esse momento tbm… abraço