Para Mães e Pais tive trigêmeos

{Depoimento} Tive trigêmeos na minha segunda gravidez

3 de novembro de 2015

As coisas nem sempre saem como a gente planejou. Mas, muitas vezes, é bem melhor! No caso da Michele, foi três vezes melhor. Na sua segunda gravidez, vieram trigêmeos para completar a família, que já tinha a pequena Mônica. Uma história de encher o coração, que eu conheci lá no Instagram (@ostrigemeosdamichele) e hoje ela conta para nós.

tive trigêmeos

Eu nunca imaginei que fosse ter tantos filhos. Para minha vida, havia programado duas gestações. De fato elas ocorreram como programado. Uma perto da outra, os bebês nascendo mais pro fim do inverno e pegando o início da primavera, chegando ao verão já mais grandinhos. Mas quem disse que a gente consegue programar e organizar a vida como quer, né?

Já ao tentar engravidar pela primeira vez, me deparei com um grau 3 de endometriose. Foram dois anos entre o início das tentativas, a descoberta da endo, uma videolaparoscopia para tratamento da mesma, e o meu beta HCG positivo! Mônica nasceu em agosto de 2011, depois de uma gestação muito curtida e desejada. Foi um bebê maravilhoso e é uma criança muito especial.

Apenas 1 ano e 7 meses depois do nascimento da minha filha mais velha, me descobri grávida. Tudo bem, estávamos planejando o irmãozinho. Mas em nossa primeira ecografia levamos um grande susto! O exame mostrou dois sacos gestacionais! Três filhos? Mas eu só tinha planejado dois! A médica, ao nos ver assustados, explicou que, às vezes, um dos embriões é reabsorvido pelo organismo, então, deveríamos repetir o exame em dez dias. Passado esse tempo, descobrimos, então, que não eram dois embriões, eram três! Um dos embriões havia se dividido e eu tinha dois embriões idênticos em uma bolsa e outro embrião sozinho em outra. Eu estava esperando trigêmeos! Como assim? Quatro filhos? Pular de um para quatro, assim, de uma hora para outra?

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Meu marido e eu surtamos. Fiquei muito preocupada. Pensei em todas as coisas ruins que poderiam acontecer. Não pensei no lado bom, só no lado ruim. Afinal, pudera, não conhecia ninguém que tivesse passado por isso, por essa experiência louca de ser mãe de trigêmeos. Mais que um filho junto numa barriga não me parecia algo viável, natural, apenas uma gravidez de risco que resultaria, se bem sucedida, em dias intermináveis em uma UTI neonatal.

Pois eu surpreendi a mim mesma. Apesar de todos os poréns que existiram no início da minha gestação (dentre eles esteve a desconfiança de uma transfusão feto-fetal que poderia ter resultado em mal desenvolvimento ou até a morte dos fetos), tive uma gestação muito tranquila. Fizemos ecografias a cada 15 dias. Descobrimos que eram três meninos quando eu estava de 13 semanas. A partir das 25 semanas eu parei de trabalhar e fiquei em repouso absoluto. Os meninos nasceram de 34 semanas, pesando 2,070kg; 1,990kg e 1,950kg, pesos ótimos para trigêmeos. Depois de apenas 15 dias de hospital, pude trazer os pacotinhos para casa e cuidar deles com todo o amor e ajuda dos meus pais, além do marido super presente.

Consegui amamentá-los por seis meses. Nossa rotina era uma loucura! Imagine três bebês com cólica, três para mamar, três para dar banho, trocar a fralda! O carro precisou ser trocado por um de sete lugares. A cada saída (uma tarde na casa da vovó, por exemplo), era necessário levar oito mamadeiras, uma de leite e outra de suco para cada criança.  Por semana, corto 80 unhas (dos quatro filhos, nem estou incluindo nesse cálculo as minhas)!Hoje gastamos 15 fraldas por dia (cinco por criança). São cerca de 450 fraldas por mês. Mas já foi bem mais! Sem contar os pacotes de lenço umedecido, são mais de 10 por mês!

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Mesmo quando eles nasceram, não tinha a real noção do que é criar três bebês ao mesmo tempo. Às vezes, quando alguém me diz que seu filho vale por três, eu apenas sorrio. Ninguém sabe o que é cuidar de três bebês da mesma idade ao mesmo tempo, só quem passa por essa experiência sabe. Considerando isso, creio que aprendi a fazer do limão, uma limonada. Aprendi a olhar o lado bom e focar nele. Para mim, não adianta reclamar do trabalho que dão, afinal, isso não tem escapatória. Temos que fazer o nosso melhor e tornar os nossos momentos difíceis suportáveis. E foi pensando nisso que criei o blog Os Trigêmeos da Michele, para colorir minha vida e matar a curiosidade das pessoas sobre “o que é ter trigêmeos”, além de tentar ajudar outras mães que levaram o mesmo susto que levei.

Depois de dois anos tudo que eu posso fazer é agradecer. Obrigada, meus filhos, por terem me escolhido para ser sua mãe. Obrigada por fazerem meus dias mais loucos e felizes. Obrigada por todo o amor e trabalho que me dão, me fazendo saber o que realmente importa nessa vida. Obrigada, meus filhos, por terem vindo para mim.

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Quem sou

Sou Melina Pockrandt Robaina, filha de Deus, jornalista e mãe da Manuela (6 anos) e da Ana Júlia (1 ano)

Eu sou Melina, mas pode me chamar de Mel. Amo escrever, amo meu marido, amo minhas três filhas e, acima de tudo, amo Jesus. Moramos na Pensilvânia, nos EUA, e, sempre que consigo, gosto de falar sobre minhas experiências, aprendizados e desafios seja na maternidade, na vida cristã ou como imigrante.

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