Lá em Casa

Escolhas difíceis

2 de julho de 2010

Ser mãe que trabalha fora é fazer escolhas constantes… Não reclamo de trabalhar fora. Aliás, essa foi uma escolha que eu fiz e que – em breve – posso compartilhar. Admiro – e muito -, as mulheres donas-de-casa, “mães em tempo integral”, pois são verdadeiras heroínas e fazem um papel que eu não consegui assumir por muito tempo.

Mas, mesmo sendo uma opção minha, não é fácil trabalhar fora e conciliar as atividades profissionais com as exigências domésticas e maternais. Preciso sempre escolher porque não posso ter tudo ao mesmo tempo. Ou eu tomo café da manhã tranquilamente com a Manuela e chego mais tarde no escritório ou passo buscá-la mais cedo na escola para curtirmos mais tempo antes de ela ir dormir. Ou levo-a para a escola de manhã para poder ser a primeira pessoa que ela vê ao acordar ou deixo-a dormindo e volto para almoçar com ela em casa.

Infelizmente, a minha rotina não permite ter tudo: acordá-la, almoçar com ela, jantar com ela e fazê-la dormir todas as noites. São escolhas difíceis, mas que precisam ser feitas. E, quando paro para pensar, não me arrependo da primeira decisão que tomei: trabalhar fora.

Minhã mãe sempre trabalhou fora e desdobrava-se em um milhão para fazer tudo. Foi – e ainda é – um grande modelo para mim. Nunca senti que ela estava ausente ou afastada. Na verdade, ela é um exemplo de que dá sim para ser uma mãe trabalhadora com filhos felizes.

É claro que é difícil pensar friamente sobre tudo isso e dizer que estou 100% segura de que sou uma boa mãe. Muito pelo contrário. A culpa me alcança diversas vezes por dia, dezenas de vezes por semana e algumas centenas em um mês. Mas, mesmo não sendo uma “full time mom” (expressão estranha, já que ninguém pode ser mãe só em parte do tempo, né?), eu tive alguns meses de experiência nessa “profissão” e sei que mesmo as mulheres que passam o dia inteiro com seus filhos não vivem livres da culpa.

Na minha época antes de trabalhar, me sentia mal porque achava que estava sempre cansada e estressada demais, não tratando como devia a Manuela nem meu marido. Além de tudo, me sentia sempre em débito com as tarefas domésticas…

Mas como já falei algumas vezes, acho que a culpa de mãe não está ligada às nossas atitudes. É algo inerente que nasce junto com nosso primeiro filho e vai nos acompanhar por todos os dias das nossas vidas. A questão é aprender a lidar com ela, manter nossa auto-estima em alta e receber cada sorriso, beijo ou abraço do nosso pequeno como um “muito obrigada, você está fazendo um bom trabalho”.

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Quem Sou

Sou Melina Pockrandt Robaina, filha de Deus, jornalista e mãe da Manuela (6 anos) e da Ana Júlia (1 ano)

Eu sou Melina, mas pode me chamar de Mel. Amo escrever, amo meu marido, amo minhas três filhas e, acima de tudo, amo Jesus. Moramos na Pensilvânia, nos EUA, e, sempre que consigo, gosto de falar sobre minhas experiências, aprendizados e desafios seja na maternidade, na vida cristã ou como imigrante.

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