Muita gente me pergunta como eu lido com o fato de minhas filhas estudarem em uma escola católica sendo que eu não sou católica. Então, vamos lá falar sobre isso.
Na hora de escolher a escola das minhas filhas, eu levei em consideração alguns aspectos como a localização e, principalmente, a qualidade pedagógica. Não podemos ignorar que hoje nosso sistema de ensino afunila no vestibular e isso é, sim, uma preocupação para mim.
Além disso, queria uma escola que as crianças pudessem ficar da educação infantil ao ensino médio. E, por fim, queria uma escola confessional por acreditar em alguns valores universais ao cristianismo que não saberia se estariam/ estão presentes em escolas sem nenhum vínculo religioso.
Dentro de todos os critérios que importavam para mim, na minha realidade, a melhor opção era uma escola católica.
Uma coisa muito certa para mim é que religião a gente ensina em casa. Nossos princípios e valores da família, sejam quais forem eles, são transmitidos dentro de casa – pela fala e pelo exemplo.
Então, acredito que aquilo que a gente ensina em casa, principalmente pelo exemplo, tem que ser mais forte do que é transmitido na escola.
Claro que eu perguntei na hora de conhecer a escola como era a aula de religião. Eu estudei numa escola católica, no Sion, e na época a aula de religião era catequese. Tanto que na 4ª série a gente já fazia primeira comunhão.
Na escola das minhas filhas, a aula de religião é uma aula sobre religiões. Explica-se sobre origens, culturas, tradições de diferentes religiões do mundo. Algo, inclusive, que acho muito válido saber.
Dito tudo isso, eu ainda tenho algumas atitudes do dia a dia quanto à escola e às aulas de religião:
Oração: Eu oro (sou cristã protestante/ evangélica) pedindo que Deus guarde a mente e o coração de minhas filhas contra influências contrárias à fé delas. Peço que tudo aquilo que elas estão aprendendo sobre outras religiões sirva somente para fortalecer a fé que elas já têm e mostrar para elas sobre tanta gente que ainda não conhece o amor de Jesus.
Questionamento: Eu procuro sempre perguntar para minha filha sobre o que elas aprenderam na aula de religião. Elas me contam e eu explico como a gente crê dentro daquele mesmo assunto. Por exemplo: aprendemos sobre o hinduísmo, que eles acreditam em vários deuses. “Ah, filha, que interessante. Diferentemente deles, a gente acredita que só existe um Deus. A gente só adora e ora para um Deus.”
Respeito: Mesmo assim, a gente sempre reforça. A gente tem que respeitar as pessoas que acreditam diferente da gente. A gente pode e deve falar das coisas que acreditamos – já que elas nos fazem tão bem e queremos que outras pessoas se sintam como nós! Porém, não falamos mal do que os outros acreditam porque a gente não gostaria que falassem isso para nós.
Eu sou Melina, mas pode me chamar de Mel. Amo escrever, amo meu marido, amo minhas três filhas e, acima de tudo, amo Jesus. Moramos na Pensilvânia, nos EUA, e, sempre que consigo, gosto de falar sobre minhas experiências, aprendizados e desafios seja na maternidade, na vida cristã ou como imigrante.
Saiba mais
Estou em um dilema parecido em relação à minha filha. Matriculei ela em uma escola cuja dona é católica, mas pelo que entendi a escola em si não ensina religião, apesar de o catolicismo ser bem presente através de algumas imagens e músicas que vi na escola.
Sendo assim, acabei um pouco insegura em o quanto isso teria a capacidade de influenciar minha filha (também somos evangélicos), mas pela distância, valores e projeto pedagógico foi a melhor opção para mim.
Ouvir o depoimento de outra pessoa na mesma situação ajuda bastante a sabermos como lidar em situações assim.