Não foram uma nem duas vezes que chorei de cansaço. Que passei a noite em claro ou que orei para que uma doença passasse.
Mas também foram muitas as vezes que ri loucamente, fiz e recebi cócegas, fiquei olhando apaixonada para a criança dormindo no berço.
Mais de um vez parei e pensei “será que vou dar conta?”, “será que estou no caminho certo?”, “será que está gostosa essa papinha?”. Mas já comemorei muitos processos bem-sucedidos! Sobrevivi a fases difíceis e cheguei a outras que me surpreenderam com novos desafios.
Mudei de ideia, refiz combinados, passei tardes de domingo de sol em casa e outros dias nublados no parquinho. Fiz torta de legume integral com bolo de chocolate de sobremesa.
Passei por uma fase em que acreditei que a maternidade real era sofrer, chorar, reclamar de cansaço e não encontrar luz no fim do túnel. Mas descobri que só estava sendo (mal) influenciada.
Decidi viver a minha maternidade real. Ainda que, por isso, ouça gente me dizer que eu falo de “teorias irreais”. A minha maternidade real tem alegria no meio do caos, a paz em meio a brincadeiras barulhentas, a capacidade de curtir o silêncio da madrugada – ainda que caindo de sono.
Parei de ver o copo meio vazio, mas também não o vejo meio cheio. Eu decidi que o copo é meu e, por isso, está sempre completo.
Onde faltam horas de sono, forças ou paciência, eu encho com resiliência, gratidão e café. A minha maternidade real é minha, e eu sei bem como ela é!
Leia também:
Eu sou Melina, mas pode me chamar de Mel. Amo escrever, amo meu marido, amo minhas três filhas e, acima de tudo, amo Jesus. Moramos na Pensilvânia, nos EUA, e, sempre que consigo, gosto de falar sobre minhas experiências, aprendizados e desafios seja na maternidade, na vida cristã ou como imigrante.
Saiba mais