Para Mães e Pais educação emocional

Compreender não significa aceitar o comportamento errado

12 de abril de 2019

O fim da tarde foi tenso ontem. Ana Júlia estava com sono e começou as cenas dois minutos após sair da escola. Coisas bobas a fizeram gritar, chorar, brigar, ser grosseira e desrespeitosa.

Sem brincadeira, gente, foram umas 15 cenas (no mínimo) no período de 1 hora e meia entre a saída da escola e a hora que ela dormiu. Ela entrou no quarto (na hora que foi para o castigo) e dormiu em cima da cama com a luz acesa.

É claro que era sono. A razão de todas as cenas. Todas as reações exageradas. Era muito sono!

E eu entendo isso. Eu fico meio mau humorada com sono (antes ficava completamente, mas tenho conseguido melhorar nessa área). Eu compreendo. E acho MUITO importante que nós, pais, saibamos discernir as causas por trás das cenas: sono, fome, tédio, cansaço são sensações que todo ser humano sente que podem levar a reações exagerada por parte das crianças ainda sem maturidade emocional.

Porém, COMPREENDER não significa ACEITAR e “deixar rolar”. É nessas horas que precisamos promover a educação emocional:

– Ajudar a criança a identificar o sentimento. “Filha, você está tendo essas reações porque está com sono”.

– Oferecer a alternativa: “Quer ir dormir agora?”

– E SEMPRE fazê-la corrigir a atitude errada: “Mesmo com sono a gente não pode gritar com a irmã, peça desculpas a ela”, “Mesmo com sono, a gente não pode jogar os brinquedos. Então, eu vou guardá-lo e você não poderá brincar com ele amanhã”, e assim por diante.

No nosso caso ontem, na primeira cena, eu repreendi. Na segunda cena, eu identifiquei o cansaço e falei para ela que não deveria ter reações como aquelas porque estava cansada. Na terceira cena (não tinham passado nem 10 minutos entre elas, gente), eu precisei estabelecer uma consequência caso aquilo se repetisse.

A gente tinha combinado de ver filme juntos, em família. Eu disse que se ela continuasse tendo atitudes desrespeitosas e grosseiras, não poderia assistir o filme conosco. Ninguém gosta de ficar perto de quem é grosseiro e rude. Ela fez de volta e perdeu o filme.

Na hora, ficou super revoltada, mas estava com tanto sono, que quando foi para o quarto capotou na cama antes mesmo de que eu pudesse ir fazê-la dormir.

Hoje cedo fiz questão de falar que sentimos falta dela ontem no filme. E ela disse: – Então, por que não me deixou assistir?.

Eu perguntei: “fui eu que não deixei ou foi você que escolheu não obedecer?”.

A resposta: “Eu que escolhi.”

Compreender as causas do comportamento nos faz ser mais empático e mais paciente. Mas se não corrigimos a atitude errada, não estamos cumprindo a nossa função de educar. A compreensão nos faz agir de maneira diferente, mas nunca deve nos fazer NÃO AGIR.

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Quem Sou

Sou Melina Pockrandt Robaina, filha de Deus, jornalista e mãe da Manuela (6 anos) e da Ana Júlia (1 ano)

Eu sou Melina, mas pode me chamar de Mel. Amo escrever, amo meu marido, amo minhas três filhas e, acima de tudo, amo Jesus. Moramos na Pensilvânia, nos EUA, e, sempre que consigo, gosto de falar sobre minhas experiências, aprendizados e desafios seja na maternidade, na vida cristã ou como imigrante.

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