Durante a Gravidez

Não sabote a amnésia biológica

10 de junho de 2013

Definitivamente nós, mulheres, somos programadas para sentirmos todo tipo de dor – como a do parto -, amarmos incondicionalmente – mesmo quando o bebê morde o seio – e esquecer, num piscar de olhos, o sofrimento da maternidade.

Outro dia comentei aqui que eu lembro vagamente que, quando a Manuela nasceu, eu estava sempre cansada e exausta, mas não consigo me lembrar bem ao certo o porquê. Mesmo que ela acordasse à noite, lembro que ela dormia um monte e eu dormia também. Lembro que não tinha que ficar correndo atrás dela de dia e de noite nem tinha ainda que ficar dizendo “não” e ensinando coisas mais complexas.

Um dia alguém me falou que essa era a amnésia biológica, que toda a mãe tem porque, se não tivesse, não iria nunca querer ter outro filho. E acho que é verdade porque até a Manuela completar uns 2 anos, eu sequer pensava na hipótese de começar a planejar a ideia de ter um outro bebê.

Nesses dias, depois de 4 anos de maternidade, resolvi sabotar a minha amnésia biológica. Fui visitar a minha cunhada e o meu sobrinho lindo de 8 meses, que moram no Rio de Janeiro. Ele é a coisa mais fofa, deliciosa e risonha desse mundo.

Mas ele é um bebê e, como todos os bebês, acorda de noite, tem crise de cólica e chora porque é a única forma de se comunicar. Assim, lembrei bem como é dormir pingadinho – isso que eu nem precisava levantar, né?, trocar fralda fedida e tentar fazer um bebê parar de chorar quando a gente não tem a menor ideia do que está incomodando!

Minha cunhada brincou que eu não ia querer mais voltar na casa dela. Eu disse que voltar eu ia, afinal depois era só ir embora. O que eu não ia querer era ter outro filho, rs. Mas, no dia seguinte, a crise tinha passado e ele estava ótimo novamente. Risonho, brincando comigo, todo fofo, como sempre. Minha cunhada me olhou e perguntou: “Já se esqueceu de ontem, né?”. E tem como não esquecer olhando para aquele sorriso lindo?

A verdade é que esquecemos do “sofrimento” do primeiro filho. Nos lembraremos após o nascimento do segundo filho e voltaremos a esquecer. E, se bobear, até iremos querer um terceiro (calma, eu disse se bobear, rs). Isso porque podem haver dias ruins, mas sempre há e haverá os dias bons – e eles são muitos!

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Quem Sou

Sou Melina Pockrandt Robaina, filha de Deus, jornalista e mãe da Manuela (6 anos) e da Ana Júlia (1 ano)

Eu sou Melina, mas pode me chamar de Mel. Amo escrever, amo meu marido, amo minhas três filhas e, acima de tudo, amo Jesus. Moramos na Pensilvânia, nos EUA, e, sempre que consigo, gosto de falar sobre minhas experiências, aprendizados e desafios seja na maternidade, na vida cristã ou como imigrante.

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