Para Mães e Pais sono das crianças na quarentena

Quarentena e o sono das crianças

13 de abril de 2020

Com o isolamento social, uma das queixas dos pais tem sido acerca do sono dos filhos. Afinal, a quarentena realmente tem afetado o sono das crianças? Como e por quê?

Conversei com a Renata Bermudez, da Sosseguinho Consultoria Familiar (que ajuda muito os pais nas questões do sono infantil), e ela trouxe ótimos esclarecimentos sobre o tema.

Sim, o isolamento social/ quarentena está afetando o sono das crianças

Com as escolas fechadas e as crianças ficando em casa o dia todo, está sendo bastante comum a queixa dos pais em relação ao sono dos filhos. E isso é normal, especialmente, porque muitas famílias moram em apartamento e a criança não tem a opção de brincar em espaços amplos.

Assim, ela não gasta a energia que normalmente gastaria na escola, brincando com os amigos. “Está sendo bem comum os mesmos sintomas do inverno, época em que as crianças saem menos de sala de aula para brincar em espaços externos. Ou seja, elas estão indo dormir mais tarde, dormindo menos horas por noite e, no caso dos menores, estão tendo dificuldade para fazer a soneca do dia”, comenta Renata.

E o que fazer se meu filho não quer dormir?

Se a criança está tendo dificuldade para dormir no horário de sempre, não adianta forçar. Isso só vai gerar estresse. É importante olhar o que está acontecendo com seu filho e reavaliar a rotina, horários, expectativas etc. Tentar manter as coisas da maneira que estavam só vai gerar estresse.

“Os pais podem flexibilizar a rotina nesse momento. Entenda que eles estão gastando menos energia e, portanto, terão dificuldade de dormir a mesma quantidade de horas. Nós, adultos, podemos ser proativos e flexibilizar um pouco, aceitando a mudança momentânea.”

Isso não significa deixar a criança dormir a hora que quiser

Flexibilizar não significa deixar a criança dormir a hora que quiser. Significa rever os horário. Por exemplo, ela não pode ir dormir uma hora mais tarde? Reveja os acordos e horários com seu filho, mas mantenha os limites que são bons para ele. Lembre-se de que ele continua tendo uma rotina – ainda que mais flexível – em relação aos estudos e precisa estar descansado para isso.

Renata lembra que podemos acolher a emoção da criança sem precisar concordar com ela. Seu filho pode dizer que não quer ir dormir, mas o novo horário é inegociável, portanto deverá ir para a cama. Se ele ficar bravo, é importante que os pais reafirmem a emoção, mas orientem o comportamento: “filho, eu sei que você está zangado porque não queria ir para a cama nesse momento. Porém, será necessário. Você tem o direito de ficar bravo, mas deverá ir dormir mesmo assim.”

O que os pais podem fazer para ajudar as crianças?

Na medida do possível, tente ajudar seu filho a gastar energia. “Uma criança com energia acumulada será mais irritadiça, agressiva e com dificuldade para dormir”, salienta Renata, por isso indica algumas atividades:

– Faça circuitos para seu filho em casa: passar por baixo da cadeira, subir no sofá, pular três vezes no tapete etc – tipo uma corrida de obstáculos dentro de casa.

– Ache canais Just Dance no YouTube para dançarem juntos.

– Deixe a criança pular e correr pela casa.

– Faça atividades como mestre mandou ou morto-vivo – Brincadeiras que envolvem o corpo.

Uma sugestão é fazer um momento do dia que temos chamado aqui em casa de “hora da educação física”. Separe todos os dias 20 minutos para fazer exercícios com as crianças. Ligue uma música alta, faça brincadeiras, ria bastante e eles vão amar imitar os pais no polichinelo, flexão, abdominal… O que você conseguir fazer, eles vão amar.

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Quem Sou

Sou Melina Pockrandt Robaina, filha de Deus, jornalista e mãe da Manuela (6 anos) e da Ana Júlia (1 ano)

Eu sou Melina, mas pode me chamar de Mel. Amo escrever, amo meu marido, amo minhas três filhas e, acima de tudo, amo Jesus. Moramos na Pensilvânia, nos EUA, e, sempre que consigo, gosto de falar sobre minhas experiências, aprendizados e desafios seja na maternidade, na vida cristã ou como imigrante.

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