O último dia de parque na nossa primeira viagem para a Disney foi no Epcot (2016). O cansaço já estava batendo forte e o grupo (leia-se, meu marido) decidiu acordar mais tarde. Pior erro da vida. Como eu falei lá no post sobre evitar estresse na Disney, quanto mais tarde você chegar no parque, mais tumulto vai enfrentar logo na entrada. Enfim, mesmo assim deu para salvar nosso dia de Epcot com bebê (mais uma criança e uma adolescente).
Houve outro problema de chegar tarde. Havia um brinquedo relativamente concorrido para o qual não tínhamos FastPass, então, a ideia era ir logo no começo da manhã (nossa experiência tinha provado que as filas eram menores nesse momento). Não deu. Aliás, demoramos tanto para entrar no parque (fila na revista das bolsas) que, quando conseguimos, já era hora do nosso FastPass no Spaceship Earth, que é o brinquedo dentro da bola (símbolo do parque).
Esse brinquedo é bem bacana e a Ana Júlia pôde ir. É o primeiro brinquedo que você pode escolher a narração em português. Ou seja, todos se envolvem. O carrinho passeia por momentos da história que mostram a evolução do conhecimento e a inovação. No final, a tela interativa do carrinho permite que você escolha várias opções e mostra uma história personalizada sobre o seu futuro, usando uma foto que tiraram lá no começo. É muito bacana!
Depois, nós fomos para o Mission: Space, que é um simulador de uma missão à Marte e tem duas opções de intensidade. A minha amiga Tayana disse que foi no mais intenso e quase vomitou. Mas, ao mesmo tempo, os simuladores da Disney eram tão leves (comparando com os da Universal) que eu fiquei na dúvida. Então, pensei: “vou no mais light com a Manuela, se for muito tranquilo, depois meu marido vai com ela no mais intenso”. Eu sabia que a Manuela aguentaria a intensidade sem problemas, mas tinha esquecido do fator Júnior de passar mal.
Obviamente, a Ana Júlia não podia ir, então fizemos o child swap. Entramos, eu e a Manuela e, gente, na hora que a cabine fechou, eu comecei a ficar claustrofóbica. O pior é que a introdução não acabava nunca e a atração parecia que não ia começar. Me deu dez tipos de desespero e eu respirando fundo para não fazer vergonheira, hahahaha. Graças a Deus, começou e terminou e era muito, muito, muito sossegado. Sério, até demais!
Saí de lá e falei para meu marido que eu achava que eles poderiam ir no mais intenso. Eles foram. E ele passou o tempo todo com o saquinho de vômito na mão. Saiu de lá passando mal e ficou assim por quase uma hora. A Manuela falou que ficou com dor de cabeça, mas 5 minutos já estava ok, fazendo selfie.
Ah, dentro do prédio, bem na saída do Mission: Space, tem um parquinho. A indicação é para crianças de 5 a 12 anos, mas a Ana Júlia brincou um pouquinho por ali.
Depois de aguardarmos alguns minutos de recuperação, a gente foi para o nosso FastPass no brinquedo The Seas with Nemo & Friends, que é um brinquedo bem tranquilo que os bebês também podem ir. Você entra em um carrinho que te leva pelos cenários do filme Procurando Nemo no fundo do mar, como o brinquedo da Ariel e do Pooh lá no Magic Kingdom.
Saindo dali, a gente passava por vários aquários com muitos animais: peixes diversos, tartarugas, arraias, tubarões, golfinhos, tudo muito legal. As meninas adoraram. Mas não ficamos muito. Nós tínhamos FastPass no Test Track, então, tínhamos que partir.
No caminho, a gente encontrou o Baymax (de Operação Big Hero) e a Manuela quis tirar foto (e abraçar e fazer soco-bate). Mentira, todos nós queríamos!. Ficamos numa fila de uns 20 minutos e fomos para o Test Track.
O Test Track é um brinquedo bem legal. Você entra e pode personalizar o seu carro num computador, considerando o visual, tamanho, acessórios e outros detalhes. Claro que seu carrinho do brinquedo não é personalizado, mas as “respostas” aos testes são personalizadas. Ou seja, de acordo com o que você escolheu, seu carro vai ter uma performance melhor ou pior – e o você vê os resultados lá no final.
A Ana Júlia não podia ir, então, fizemos child swap. Começamos eu e a Manuela. Ao entrar no carrinho, você passa por uma pista de testes, então tem freadas bruscas, curvas em aceleração e outros cenários. No fim, você vai para uma área fora do prédio e acelera, acelera, acelera… É muito legal! A gente chegou a uns 130 km/h. Na saída, há vários computadores e jogos para interagir. Você pode brincar e até montar um comercial para o carro que você criou.
Como nós fomos as primeiras, queria ir logo liberar o resto do grupo e falei para a Manuela fazer essas coisas depois com meu marido. Foram eles e a Gabi e eu fiquei com a Ana Júlia. E ainda disse: “tomem o tempo que precisar porque ainda demora a nossa reserva de almoço”.
Estava lá, às 12h45, esperando com a Ana Júlia dormindo no carrinho (graças a Deus), quando resolvi confirmar a nossa reserva, que na minha cabeça era 12h50. Quando abri o app, vi que nosso almoço estava marcado para 12h30!! Saí desesperada, entrei no prédio e corremos para o restaurante. Graças a Deus, não houve nenhum problema por causa do atraso. Almoçamos com as princesas no Akershus, que é um castelo norueguês lindo demais.
Na hora do almoço, nós já tínhamos ido em todos os brinquedos que nos interessavam. Até tinha outros dois ou três que não fomos e o Soarin – simulador de asa-delta que a gente queria muito ir – estava em reforma.
Assim, depois do almoço, nossa programação era passear pelo World Showcase, a imensa área do parque dedicada a diferentes países. Eu não me lembro quantos são, mas o que eu posso afirmar: é tudo LINDO! A perfeição dos detalhes, as construções, o paisagismo. É demais. China, Itália, Alemanha, França, Canadá, Inglaterra… são cenários apaixonantes. E cada área dessa tem alimentação temática também.
Ah, e não posso esquecer. Assim que saímos do almoço, fomos para a China encontrar a Mulan. Essa era a única princesa que a Manuela fazia questão de encontrar. Existia uma chance pequena de ela estar lá no nosso almoço, mas não aconteceu… Então fomos e eu fiquei numa fila, sob o sol, para alegrar a criança, já que a Mulan só aparece no Epcot, por uns 40 minutos.
E a Manuela amou tirar foto com ela. Ficou super feliz. Ah, mas uma coisa interessante é que ela sempre diz que queria ver a Mulan com a roupa de guerreira e não de princesa. Acho fofo!
Enfim, o parque é lindo, mas gigante e, do meu ponto de vista, as crianças (pelo menos as minhas) não curtem tanto. Tem como você ir coletando carimbos de todos os países num passaporte, o que deixaria as crias mais animadas, mas eu não fiz isso porque esqueci.
Outro ponto a destacar é que o Epcot estava no festival da primavera, então estava super maravilhosamente florido e tinha estátuas de personagens feitas de arbustos e flores espalhadas por todo parque. Um presente para os olhos.
Depois que demos a volta no parque imenso, voltamos para o início, perto da bola. Eu, a Manuela e a Gabi fomos novamente no Test Track porque a Manuela queria fazer um carro só dela e montar o comercial, que não tinha tido tempo antes. A fila durou uns 15 minutos. Elas também foram de volta no Spaceship Earth, enquanto o Jr ficava com a Ana Júlia e eu ia atrás de comida. Comprei salgados e doces na boulangerie, lá na França. Tudo delicioso!
Comemos e fomos para perto do lago, pois às 21h começaria o Illumination: Reflections of the earth, que é um show que mistura fogo, luzes nas construções e no lago, projeções e fogos de artifício. Como ainda era cedo, ficamos num parquinho muito bacana que tem como tema “música”. Além de escorregadores e brinquedos de escalar, há instrumentos musicais gigantes para as crianças brincarem. Manuela e Ana Júlia curtiram bastante! Gastamos uma hora mais ou menos lá enquanto aguardávamos.
Depois nos posicionamos perto do lago. É importante que você consiga ver o lago porque a água faz parte do show. O problema é perdemos parte das projeções que ficaram bem atrás de uma construção na nossa frente. Mas eu já estava tão cansada que nem me animei de mudar de lugar. Mesmo assim, o show é lindo e vale muito a pena ficar até tarde no parque para assistir!
Fomos embora e eu, novamente, com aperto no coração porque desta vez não voltaríamos mais a nenhum parque. Mas muito agradecida por tudo que vivemos!
OUTROS DETALHES
Por que essa ordem dos parques? Eu quis começar com a Universal e terminar na Disney, tipo “fechar com chave de ouro”. Com a ajuda da minha agente, a Lu Misura, vi qual era a previsão de lotação para os parques da Disney e selecionamos cada parque no melhor dia.
App MyDisneyExperience. Se você está programando ir para a Disney, você pode baixar o aplicativo para celular que te permite reunir ali todas as informações da sua viagem, reservas de restaurantes, hospedagem, fastpass etc. Ele também tem os horários de shows, locais para encontrar os personagens e os tempos estimados de fila por atração. Eu usei muito para confirmar os horários dos meus fastpasses e para confirmar os horários das aparições de personagens. Os parques da Disney têm WiFi grátis, então, fica fácil usar o app.
Além disso, o seu aplicativo serve para reunir as fotos que os fotógrafos oficiais tiram de você ou aquelas que você “marca como sua” na saída dos brinquedos. É claro que se você quiser salvar essas fotos, paga uma taxa “módica” de US$ 169 (era o que estava quando eu fui). Não fiz o download, mas claro que dá uma vontadinha poque você mal sai da atração e já está a foto no seu celular…
Sobre FastPass. Posso falar sobre isso especificamente na Disney, porque não usei na Universal (mas sei que tem). O FastPass é o conhecido fura-fila. Cada pessoa pode selecionar três atrações por dia para obter o passe. Você seleciona o horário e tem uma janela de tempo de uma hora para usar no brinquedo que escolheu. Hóspedes do hotel Disney podem reservar o FastPass com 60 dias de antecedência. O restante dos visitantes do parque, com 30 dias.
Isso é significativo principalmente na alta temporada e para alguns brinquedos bem concorridos. Depois de usar os três FastPass (esses você pode reservar no site ou no app), você pode no parque procurar um quiosque e obter mais um passe. Mas nem sempre tem disponível para os brinquedos mais concorridos.
FastPass é ótimo e torna o passeio muito mais agradável. Tem atrações que são tão concorridas que até como passe a gente espera uns 10 minutos.
Sobre child swap. Também não usei na Universal, mas sei que tem. O child swap é o sistema para revezar a entrada no brinquedo sem perder a fila. Isso é para quem vai com bebê ou criança que não tem altura suficiente para entrar na atração.
Como funciona: o grupo chega no brinquedo e pergunta para o primeiro funcionário da entrada do child swap. O adulto que vai entrar primeiro ganha um crachá e entra na fila (pode ser a tradicional ou no FastPass). Quando chegar lá na entrada do brinquedo mesmo, outro funcionário vai pegar esse crachá e trocar por um ticket que vale para aquele brinquedo, para até três pessoas. Com esse ticket, as pessoas que vão na vez seguinte entram diretamente na fila do FastPass. Esse segundo grupo pode passear, não precisa dicar esperando na frente do brinquedo.
Nós, geralmente, fazíamos assim: eu ia com a Manuela e depois o Júnior ia com a Gabi. No começo, a gente não estava fazendo o child swap porque tínhamos FastPass e as filas estavam mínimas. Depois, quando fizemos a primeira vez e vi que valia para três pessoas, começamos a fazer sempre para a Manuela poder repetir o brinquedo.
Eu sou Melina, mas pode me chamar de Mel. Amo escrever, amo meu marido, amo minhas três filhas e, acima de tudo, amo Jesus. Moramos na Pensilvânia, nos EUA, e, sempre que consigo, gosto de falar sobre minhas experiências, aprendizados e desafios seja na maternidade, na vida cristã ou como imigrante.
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