Durante a Gravidez como evitar a violência obstétrica

Como evitar a violência obstétrica?

29 de novembro de 2018

Você já deve ter ouvido falar do termo “violência obstétrica”. Esse assunto vem ganhado espaço nos últimos tempos junto com as discussões acerca do respeito à gestante – a seus direitos e desejos durante o parto. Vamos falar sobre o que é e como evitar a violência obstétrica?

O que é violência obstétrica?

A violência obstétrica é qualquer tipo de violência contra a mulher durante o processo de gestação, com ou sem o seu consentimento. E pode ser de natureza física, psicológica ou institucional.

Incluem-se nessa categoria: indução de cesárea, impedir que a gestante seja acompanhada durante o parto, sofrer exames desnecessários, ter seu bebê afastado nas primeiras horas de vida, entre outros procedimentos.

Sim, há procedimentos que a gente nem imaginaria que são violência obstétrica, já que são tão comuns. Mas são! E é importante a gente começar a conscientizar a população para mudar esse cenário. Você pode ver mais de 20 tipos de violência obstétrica na cartinha disponível nesse link.

Violência obstétrica é comum?

Sim! Só que muitas vezes a gente nem sabe que está sofrendo porque não conhece todos os nossos direitos. Eu, por exemplo, não pude amamentar após o parto e sofri também de violência verbal.

Morrendo de dor (contrações com cerclagem) não conseguia subir na maca. Uma médica passou e perguntou se eu não iria deitar. Disse que estava com muita dor, então ela respondeu rispidamente: – Quando você subir na maca, eu venho te examinar. Virou as costas e foi embora! (Você pode ler o meu relato do parto da Ana Júlia).

Estima-se que uma em cada quatro mulheres sofre de violência obstétrica no Brasil, antes, durante ou depois do parto.

Quais são as consequências da violência obstétrica?

Especialistas afirmam que um procedimento desrespeitoso na hora do parto é tão sério que pode provocar nas mulheres sequelas semelhantes às de vítimas de estupro: rejeição ao próprio corpo, medo de relações sexuais, complicações de saúde, medo ou ansiedade de engravidar novamente, depressão pós-parto.

Como evitar a violência obstétrica?

Um dos primeiros passos para evitar a violência obstétrica é fazer um plano de parto, dizendo claramente quais são os seus desejos, o que você quer ou não durante o seu trabalho de parto, entre outros detalhes. Apresentar isso na maternidade já mostra que você e seu companheiro são pessoas informadas!

Entenda quais são seus direitos: informe-se ao máximo! Para isso, participe de cursos de gestante (e o companheiro também), rodas de conversas sobre parto, grupos de apoio, conheça doulas.

O que fazer em caso de violência obstétrica?

Denuncie! Só assim podemos diminuir os casos de violência obstétrica. Existem alguns passos que podem ser tomados. Você pode verificar quais deles tem disposição de assumir nesse momento delicado:

  • Reúna toda documentação possível, principalmente prontuário da mãe e do bebê. É direito do paciente ter acesso a esse documento.
  • Escreva um relato detalhado e, junto com os documentos, envie à Ouvidoria do Hospital, à Ouvidoria do SUS, à Secretaria Municipal de Saúde da sua cidade e ao Ministério da Saúde.
  • Ligue para 180 e denuncia: a violência obstétrica é crime contra a mulher.
  • É possível entrar com uma representação administrativa junto ao CRM contra o médico e equipe.
  • É possível denunciar o hospital junto ao Ministério Público.
  • Contar com a ajuda de um advogado ou defensor público contribui para garantir seus direitos.

Contatos úteis

Como evitar a violência obstetrica

 

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Comentários

  1. A única saída para evitar e prevenir contra este tipo de violência é nos munirmos com informação! Muita leitura e quem sabe até mesmo um curso para grávidas ou algo assim! Mas atualmente, com internet tudo ficou mais fácil, a informação é gratuita inclusive! É uma pena que muitas mulheres ainda nao saibam exatamente o que é a violência no parto!

  2. Ana Paula disse:

    Nós somos plenamente a favor do Parto Natural (Humanizado)!!

    Inclusive indicamos categoricamente a nossas Gestantes clientes!!

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Quem Sou

Sou Melina Pockrandt Robaina, filha de Deus, jornalista e mãe da Manuela (6 anos) e da Ana Júlia (1 ano)

Eu sou Melina, mas pode me chamar de Mel. Amo escrever, amo meu marido, amo minhas três filhas e, acima de tudo, amo Jesus. Moramos na Pensilvânia, nos EUA, e, sempre que consigo, gosto de falar sobre minhas experiências, aprendizados e desafios seja na maternidade, na vida cristã ou como imigrante.

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