Para Mães e Pais como ter mais paciência com os filhos

Como ter mais paciência com as crianças?

28 de setembro de 2018

Quem tem filhos deve pensar nisso 25 vezes por dia: como ter mais paciência com os filhos? Há também aqueles que já chegaram à triste constatação “não tenho paciência com meu filho!”. E aí, o que fazer?

Paciência é uma virtude que todo mundo deseja, mas ela não vem numa caixa de presente. É necessário compromisso, autodisciplina e exercício diário para desenvolver o compromisso de ser compreensivo com os outros e entender que todo mundo erra. Paciência é dar ao outro o direito de ser humano!

Como ter mais paciência com os filhos?

No caso dos pais, deveria ser ainda mais simples, afinal aquela criança que está ali é SÓ uma criança. Ela está aprendendo como o mundo funciona, o que pode e o que não pode, como controlar seus impulsos e vontades quando eles contrariam os limites imposto pelos pais. Os pais, aliás, que são as pessoas mais importantes do mundo para ela e as últimas pessoas que ela gostaria de magoar.

Sendo assim, não deveríamos nos esforçar ao máximo para oferecer a paciência que nossos filhos merecem? Eu sei EU SEI que é desafiador. Mas é um desafio que devemos nos esforçar para vencer todos os dias.

Você tem que saber quem você quer ser como mãe e pai!

Exato!! Não adianta você querer ser igual a mim ou igual à vizinha. Você tem que parar e pensar: que tipo de mãe eu quero ser? Eu quero gritar menos? Quero ter mais paciência? Quero manter o clima da casa agradável? Quero ter tudo organizado?  Não sei quais são as suas pretensões, mas você não vai conseguir chegar em lugar nenhum se primeiro não pensar qual é seu objetivo.

Por que digo isso? Porque muita gente já comentou que acha que não tem problema gritar com os filhos, que não concorda em demorar muito para fazer as coisas e que criança tem que obedecer e ponto final não importa o método ou a ordem.

Então, se você tem alguns conceitos muito diferentes dos meus, o que eu vou falar nos sobre o assunto não farão sentido nenhum, entende?

COMPROMETA-SE COM SUA EVOLUÇÃO PESSOAL

Todos nós somos adultos e temos a capacidade de tomar decisões de mudanças. Para isso precisamos entender que temos responsabilidade sobre a mudança que queremos. Você não pode mudar o ambiente ou as coisas que acontecem a seu redor, mas tem o dever de controlar suas emoções e reações diante dessas situações.

Assim, o segundo passo para alcançar a paciência e parar de gritar com as crianças é assumir que é a sua responsabilidade ter mais paciência com os filhos e não função das crianças “não te tirar do sério”. Seja o líder das suas emoções, tenha autocontrole, coloque suas reações e atitudes no caminho que você já decidiu trilhar. A responsabilidade é sua! Assuma o compromisso com essa jornada de mudanças.

O problema não está nas crianças

Elas têm atitudes que nos irritam? Sem dúvida. Elas choram, gritam, respondem de maneira grosseira… Porém, a gente não pode esquecer: são crianças e estão aprendendo a viver nesse mundo, a se relacionar e a lidar com suas emoções.

Isso já deveria ser o suficiente para a gente decidir lidar com elas com mais paciência. Afinal, a paciência dá ao outro o direito de errar. E quem tem mais direito de errar do que uma criança que ainda está em fase de desenvolvimento e aprendizado?

Não digo isso para minimizar o nível de irritação que o comportamento errado do seu filho provoca. Eu sei que é desafiador! Eu tenho duas filhas. Uma delas tem quatro anos e hoje teve um pití porque pediu para eu cortar o empadão e eu cortei em quadradinhos: “eu não queria quadradinhos”.

Eu sei o quanto uma criança pode ter um comportamento irritante. Porém, eu sei – por experiência própria – que a nossa reação não se baseia no comportamento errado, mas em como nós estamos nos sentindo naquele momento. O comportamento errado ou irritante do seu filho vai acontecer mais algumas vezes porque as crianças aprendem por repetição – ou seja, não mudam de uma hora para outra.

Se entendemos que elas têm direito de errar – e vão errar, porque são crianças – não seremos pegos de surpresos por situações potencialmente irritantes. Assim, poderemos controlar melhor nossas emoções e reações.

Ache sua válvula de escape

Eu sempre brinco: quando eu durmo bem, sou uma mãe melhor. A minha impaciência não é resultado do comportamento do meu filho, é consequência de como estou na hora em que ele se comporta dessa maneira.

Se está muito difícil de manter a paciência, você precisa avaliar o que te faz viver à beira de um ataque de nervos, o que te mantém no limite… é o estresse, é o cansaço físico, ansiedade?

Encontre meios de desestressar, realize atividades que te dão descanso mental, ache maneiras de relaxar o físico, organize seu dia para realizar as tarefas necessárias, dispense o que não é prioridade.

Antes que você me diga que não tem tempo, já parou para contar quantos minutos ou horas você perde nas redes sociais que poderiam ser usados para tornar sua vida melhor, mais descansada e mais produtiva?

Viver de maneira mais leve nos levará a lidar melhor com os desafios da vida com filhos. Mas não nos garante que a paciência não chegará ao limite eventualmente.

Identifique quais são os seus gatilhos!

Quais são os momentos que te fazem surtar? Existem alguns momentos em que estamos mais impacientes e isso varia de pessoa para pessoa. Então, você precisa identificar: fico mais irritado quando estou com sono? Com fome? Tenho muita tarefa de casa ou trabalho acumulado? O tempo está curto e estamos com pressa? Na TPM?

Existem alguns desses gatilhos que podemos prevenir ou evitar – e vamos falar sobre eles abaixo. Mas há alguns sobre os quais não temos o menor controle. Você não pode evitar que um bebê pequeno acorde de madrugada, não controla seus hormônios nem define se seu chefe vai te tratar bem ou te sobrecarregar com trabalho.

Mas se você sabe que há situações que te deixam potencialmente mais estressado e com mais chances de brigar com as crianças, você passa a ficar mais atento.

Quando eu durmo mal, por exemplo, logo pela manhã eu já avalio o meu nível de sono e SEI que naquele dia precisarei ter mais atenção com as minhas atitudes e reações. Porque eu me conheço e sei que tenho mais chance de sair do sério O mesmo acontece na minha TPM.

Em qualquer momento-gatilho que eu vivo (sono, trabalho acumulado, TPM etc), eu me policio. Eu me afasto de situações potencialmente estressantes, eu evito cenários que podem levar à crises de birra. Eu tento fazer algo que me ajude a “despressurizar” (dormir, ler um livro, fazer uma atividade física). Eu explico para meu marido que estou mais estressada naquele dia e peço para ele resolver algum conflito eventual que normalmente eu resolveria. E até mesmo falo para as crianças: “mamãe dormiu pouco essa noite e hoje estou meio irritada. Eu não quero brigar com vocês. Então, me ajudem!”.

Experimente fazer isso. Como o autoconhecimento, vem também o autocontrole!

Faça escolhas melhores na sua rotina

Na busca por paciência, é importante entender quais são as situações que nos deixam potencialmente irritados e com o pavio mais curto. Há alguns sobre os quais temos mais controle do que imaginamos. Vou citar só alguns.

Pressa: se você fica mais impaciente quando está com pressa, que tal controlar melhor o seu tempo? Você quem saber ver as horas e controla a agenda, não seu filho.

Comece antes a preparar as coisas para sair, dê mais tempo para as refeições e evite fazer as coisas com pressa. As crianças não têm o mesmo ritmo que você – nem precisam ter.

Acúmulo de trabalho e tarefas ou pouco tempo para dormir: já pensou em organizar melhor a sua rotina? Você pode cozinhar um dia e congelar comida para o resto da semana, por exemplo. Também pode limitar o tempo que você gasta em redes sociais para que tenha disponibilidade para outras tarefas ou mesmo para dormir mais cedo.

A gente reclama de falta de tempo, mas não paramos para pensar em quanto desperdiçamos.

Discussões com as crianças: existem alguns momentos em que o relacionamento com os filhos são desafiadores, como em momentos de birra ou argumentação. Em vez de continuar discutindo e inflamando a briga com grosseria, gritos ou falta de controle, que tal mudar de foco, tirar a criança da situação, oferecer uma distração? Existem tantas técnicas para aplacar uma discussão. Não se entregue à raiva.

Seja o adulto da relação e faça melhores escolhas no dia a dia com seus filhos.

Respire fundo

E quando a vontade de estourar bater à porta, conte até 10, 50, 300, se afaste da situação se não puder lidar com ela com calma, busque ao máximo manter a paz dentro de si e para todos ao redor.

Acredite, todo mundo merece e ganha com a paciência. Especialmente VOCÊ! ❤️

Leia também: Meu filho me tira do sério! O que fazer?

Perdi a paciência. E agora?

Nesses dias, só há uma coisa a fazer: pedir perdão para as crianças e decidir mudar para que o amanhã seja diferente. Volte “à sanidade” no segundo seguinte que perceber que errou. Tropeços fazem parte!

 

como ter mais paciência com os filhos

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Comentários

  1. Núbia Maria Pereira da Silva disse:

    Gostei das dicas. Parabéns pelas informações. Afinal, qual mãe ou pai não passa por isso hj em dia!!!
    Nub

  2. Cintia Balbino disse:

    Maravilhoso!Tudo que nós pais precisamos saber e praticar !

  3. Thais disse:

    Você resumiu minha vida. Eu amo meu filho de 1 ano mais q tudo na vida. Eu quis tê-lo e tal. Mas eu tô detestando a maternidade, que antes pra mim era um sonho. Tem dias q tô uma pilha de nervos e grito com ele diversas vezes. Minha paciência está cada dia mais curto. O arrependimento de ter filho bate. Eu sonhei tanto com isso. Mas eu tô vivendo a realidade e digo: ter um bebê em casa pode ser fofo, mas é extremamente irritando e desgastante. Eu sei q eles não têm culpa. Mas nós mães, somos humanos e erramos também, eu já nem me culpo mais, afinal, quando ele crescer ele também vai fazer e falar coisas que eu não vou gostar, então tá certo. Mães, não se culpem. Se puderem ter paciência, tenham. Caso contrário, explodam mesmo.. Crianças pequenas as vezes são insuportáveis, e isso ninguém fala

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Quem Sou

Sou Melina Pockrandt Robaina, filha de Deus, jornalista e mãe da Manuela (6 anos) e da Ana Júlia (1 ano)

Eu sou Melina, mas pode me chamar de Mel. Amo escrever, amo meu marido, amo minhas três filhas e, acima de tudo, amo Jesus. Moramos na Pensilvânia, nos EUA, e, sempre que consigo, gosto de falar sobre minhas experiências, aprendizados e desafios seja na maternidade, na vida cristã ou como imigrante.

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