Há algum tempo fiz um vídeo sobre sono do bebê, mas por diversas questões precisei tirar do YouTube. Entretanto, seguem alguns pontos que acredito serem bem relevantes sobre o tema e algumas dicas sobre o sono do bebê.
Dormir bem é necessário para os adultos e também para as crianças. Os bebês precisam de uma boa noite de sono para crescimento e fixação de aprendizado. E nós, adultos, precisamos dormir para sobreviver, rs.
Eu li um pediatra dizendo que a partir de dois meses a mulher PRECISA voltar a dormir! Não conseguimos ser mães felizes e plenas se não dormimos há três, quatro, cinco meses (às vezes até mais!). Por isso, busque achar uma maneira que funcione na sua casa.
A criança só quer dormir no carro, no colo, andando… Hábitos são péssimos de serem tirados. O melhor é que a gente não os coloque, mas eu entendo completamente quem faz. Afinal, no meio da madrugada, no primeiro mês do bebê, caindo de sono, a gente faz qualquer coisa para a criança dormir. Mas não deveríamos.
Criar rotina de sono é ótimo para ajudar o bebê a entender que está chegando a hora de dormir. No vídeo, eu conto que a Manuela não tinha isso. Mas com a Ana Júlia, a partir do segundo mês, quando as mamadas estavam espaçando mais, comecei a criar uma rotina de banho + mamadeira (eu parei de amamentar cedo) perto do horário em que ela iria dormir.
No início, o banho era dado perto da hora da mamada mais tarde do dia. À medida que ela ia espaçando o tempo de sono noturno e eu ia conseguindo antecipar esta última mamada, fomos adequando o horário da rotina, que hoje pode ser entre 19h e 20h.
O pai tem papel fundamental nessa jornada. Primeiro, porque ele precisa ser apoio para a decisão tomada. Vai deixar a criança no berço? Vai compartilhar cama? Mãe e pai precisam estar de acordo com o plano escolhido. E. em segundo lugar, porque o pai pode ser o instrumento de atender a criança de madrugada, levar a chupeta, colocar no berço, pois quando a mãe vai, há mais chance de a criança pedir um mama ou não querer largar…
Nós, mães, somos tudo de bom para o nosso bebê e, às vezes, ele prefere estar conosco (mamando mesmo sem fome ou apenas no nosso colo) do que dormir. Por isso, o pai pode tentar fazer essa transição quando for a hora do sono do bebê!
A gente precisa estar atento aos sinais de que, talvez, a criança não esteja mais tendo fome à noite. O pai atender de madrugada (como falado acima) já ajuda.
No caso da Ana Júlia, como ela usava chupeta, eu percebi que a fome noturna estava passando quando, um dia, eu dei a chupeta para ela acalmar na madrugada, fui fazer a mamadeira e quando voltei ela já estava dormindo. Assim, a chupeta era minha aliada. Se eu desse e ela não acalmasse, então era fome mesmo.
A Ana Júlia acordava muitas vezes na madrugada pedindo a chupeta. Às vezes, era uma vez; mas tinha dias que era cinco!! Até que um dia minha babá eletrônica estragou e eu percebi que aquela resmungadas da noite, que me faziam acordar correndo e dar a chupeta, não chegavam a despertar a Ana Júlia e ela conseguia dormir sozinha novamente.
Se ela acordava chorando, eu levantava. Mas se só resmungava, ela conseguia pegar no sono e eu nem precisava levantar. A quebra da babá eletrônica foi minha libertação. Comecei a dormir a noite toda e feliz!
Mesmo com a rotina estabelecida, o bebê pode voltar a acordar à noite por três motivos:
1) doença: a criança acaba comendo mal e dormindo mal.
2) dia agitado: se o bebê tiver um dia muito agitado, tiver dormido pouco e, à noite, estiver muito agitado ou cansado, pode ter dificuldades para pegar no sono, além de dormir mal.
3) picos de crescimento ou saltos de desenvolvimento: a criança tem fases em que passa por aprendizados e mudanças profundas. Estas fases variam de bebê para bebê, mas tem uma média de faixa etária comum em que aparece.
Um exemplo é a fase da ansiedade/ angústia da separação, que acontece por volta dos 8 meses e que leva a criança a ficar mais apegada à mãe. Mas há também a agitação por conta de novos aprendizados – como sentar e engatinhar – que a criança quer reproduzir à noite, mesmo dormindo.
É importante frisar que não existe fórmula certa. Eu sempre digo que maternidade não é matemática, em que 2+2=4. Você precisa encontrar a fórmula que funciona para você. E com isso, não quero dizer apenas uma fórmula que faça seu filho dormir a noite toda.
Seu filho, você, seu marido, todos da casa precisam estar bem, satisfeitos, saudáveis e felizes com a fórmula escolhida. De que adianta seu bebê dormir bem se, para isso, você mandou seu marido para fora da cama e ele está super chateado? Ou se você colocou o bebê para dormir no berço, mas ficou a noite inteira acordada e insegura do lado da babá eletrônica? Ou, ainda, está criando atrito com o filho mais velho por causa da rotina do mais novo… É difícil ser mãe, mas temos que considerar tudo isso na hora de pensarmos nesta fórmula de sono para nossa família!
Por fim, a velha máxima materna “vai passar”. Vai mesmo! Os primeiros meses, até o bebê completar 2 ou 3 meses, são caos mesmo. A criança precisa mamar com frequência e não há muito o que possamos fazer.
Se você está bem nesse olho do furacão, eu te afirmo: fique firme, tenha fé, vai passar. Nunca ouvi ninguém falando “meu filho de 10 anos acorda de três em três horas para comer”, né? Então, acredite, vai passar e você sequer vai lembrar dessa fase ruim!!
Eu sou Melina, mas pode me chamar de Mel. Moro em Curitiba (PR), sou jornalista, empresária e mãe de duas meninas maravilhosas: Manuela, 11 anos, e Ana Júlia, 6 anos. Um dos meus maiores alvos é tornar a vida mais simples e leve todos os dias.
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